O que é Mercantilismo?

Entende-se por Mercantilismo o conjunto de medidas econômicas que foram colocadas em prática, ao longo do período da transição do feudalismo-capitalismo (século XV ao XVIII), caracterizadas pela rigorosa intervenção do Estado no plano econômico.

Causas do mercantilismo

Foram deveras as causas que impulsionaram o mercantilismo e de entre elas podemos citar: causas econômicos, razões ideológicas, étnicas. O crescimento da população europeia também contribuiu bastante “afloramento” do mercantilismo.

Objetivos do Mercantilismo

O mercantilismo tinha por objetivo fortalecer o Estado e enriquecer a burguesia, para isso, era preciso ampliar a economia para dar mais lucro a fim de que a população pudesse pagar mais impostos.

Tipos de mercantilismo

Existem vários tipos de mercantilismo dependendo das condições específicas de cada Estado. A seguir enumeramos alguns tipos:

  • Mercantilismo Francês – cobertíssimo;
  • Mercantilismo Espanhol – metalismo;
  • Mercantilismo Inglês – comercialismo, etc.

Características do mercantilismo:

Metalismo:

A acumulação de estoques metálicos, entendidos como um meio de se alcançar à riqueza e a prosperidade, e não um fim em si mesmo: O metalismo era caracterizado por:

Teoria da balança comercial favorável: os mercantilistas compreendiam a importância das trocas comerciais entre os países, favorecidas pela formação de um comércio em escala mundial. Num primeiro momento, prevaleceu a noção de controlo total sobre os contratos comerciais assinados entre nacionais e estrangeiros. No segundo momento, devido às dificuldades de controlo por parte do Estado, chegou-se “a teoria da balança comercial favorável.

Incentivo à produção manufatureira: Trata-se de uma atividade essencial à política mercantilista, sendo, portanto, incentivada em larga escala por parte do Estado, tanto através de leis disciplinadoras do trabalho, como pela facilidade de aquisição de matérias-primas. Os altos preços dos produtos manufaturados no comércio internacional explicam a importância da atividade;

Política demográfica favorável: pode se perceber que, uma população numerosa significa maior segurança do Estado e, principalmente, mais produção. Logicamente que essa política vem acompanhada de violento combate ao ócio;

Protecionismo alfandegário: Trata-se de restrição máxima a entrada de produtos estrangeiros, objetivando a proteção do artigo nacional e dos mercados nacionais;

Colonialismo:através do monopólio se garantia a exclusividade comercial sobre as colônias. O “exclusivo” possibilitava grandes lucros ao capital mercantil metropolitano, considerando-se o caráter de complementaridade que a produção colonial assume.

Formação de Companhias de Comércio: no âmbito do comércio marítimo e da produção colonial, o Estado incentiva a formação de Companhias Privilegiadas de Comércio, beneficiadas por monopólios que concorreu para a acumulação primitiva de capital na época de transição.

Consequências do mercantilismo

A política mercantilista teve diversas consequências tanto nas colônias, assim como nas metrópoles:

Nas colonias: a transferência das suas riquezas minerais e produção para a Metrópole, factores que concoreram num longo prazo para o aumento da pobreza e o subdesenvolvimento atual.

Para as colônias significou acumulação de capitais, desenvolvimento do comércio, crescimento da produção manufatureira, crescimento das cidades e atividades urbanas, fortalecimento do Estado (atraves da cobrança de impostos), da Monarquia Absoluta e crescimento da burguesia (operadores do comércio e da produção).

Maior centralização do poder nas mãos do Estado, uma vez que era o Estado quem incentivava o comércio, as manufaturas, a pirataria e determinava o que devia se produzir, a qualidade e preço.