Existem dois grandes tipos de silogismos: categóricos e hipotéticos. Os silogismos categóricos compreendem dois tipos: regulares e irregulares. Os silogismos regulares são aqueles cuja estrutura apresenta três proposições e três termos.

Os silogismos que ate até agora estudámos são categóricos regulares. Vejamos, então, os silogismos categóricos irregulares e os hipotéticos.

Silogismos irregulares

Dá-se o nome de silogismos irregulares a todo silogismo que na sua estrutura e matéria apresentam mais ou menos do que três termos e mais ou menos do que  três premissas. Trata-se de estruturas argumentativas que, embora validas, não obedecem a uma forma canónica dos silogismos categóricos.

Vejamos alguns silogismos categóricos irregulares ou derivados.

Entimema

É um silogismo, ou argumento, em que uma das premissas, ou inclusive as duas (ou mesmo a conclusão), não estão expressas por poderem ser subentendidas.

Ex: ora, a sida é transmitida por vírus

Portanto, a sida é uma doença infecciosa

Neste caso, falta a premissa maior “ as doenças infecciosas são transmitidas por vírus.

Epiquerema é um silogismo em que uma ou duas premissas apresentam asrespetivasdemostrações. As premissas demostrativas são acompanhadas, em geral, pelo termo “porque” ou por um outro com a  função justificativa ou demostrativa.

Ex:É permitido matar um injusto agressor emlegitima defesa, a lei, os costumes, permitem o direito á legitima defesa.

Ora, Massingue era um injusto agressor, quer pelos seus antecedentes, quer pelas circunstancias da sua morte.

Logo, era permitido tarar Massingue

Polissilogismos

São silogismos agrupados, de tal modo que a conclusão do primeiro se torna premissa maior ou menor do silogismo seguinte. Por isso, os polissilogismos podem serprogressivos (quando a conclusão de um silogismo é premissa maior do silogismo seguinte) ou regressivo (quando a conclusão de um é premissa menor do silogismo seguinte).

Exemplo de um polissilogismo progressivo:

Tudo quanto é nutritivo (A) é saudável (B)

A fruta (C) é nutritiva (A)

fruta (C) é saudável (B)

O citrino (D) é fruta (C)

citrino (D) é saudável (B)

A laranja (E) é um citrino (D)

Portanto, a laranja (E) é saudável (B)

Exemplo de um polissilogismo regressivo

Tudo que é nutritivo (A) é saudável (B)

A toranja (C) é nutritiva ( A)

A toranja (C) é saudável ( B)

As coisas saudáveis (B) são apetitosas (D)

A toranja (C) é apetitosa ( D)

Tudo o que é apetitoso (D) agrada ao paladar ( E)

A toranja (C) é agradável ao paladar ( E)

Sorites

São espécies de polissilogismos abreviados em que o sujeito da primeira premissa se torna o predicado da segunda, o sujeito da segunda premissa se torna o predicado da terceira e assim sucessivamente até a conclusão, que une o sujeito da ultima premissa ao predicado da primeira premissa (soritesprogressivos). Quando o predicado da primeira premissa é sujeito da segunda, o predicado da segunda premissa é sujeito da terceira e assim sucessivamente até á conclusão que une o sujeito da primeira premissa ao predicado da última premissa (soritesregressivo). O sorites conte, no mínimo quatro proposições.

Exemplo de sorites progressivos

As doenças infecciosas (A) são parasitárias (B)

As viroses tropicais ( C) são doenças infecciosas ( A)

A malaria (D) é uma virose tropical (C )

Portanto, a malaria ( D) é parasitaria (D )

Exemplo de um sorites regressivo

As vacinas previnem (A ) as doenças(B )

Quem se previne das doenças ( B) tem mais saúde( C)

Quem tem mais saúde(C ) mais alegre é ( D)

Quem mais alegre é (D ) ganha mais longevidade (E )

Portanto, as vacinas ( A ) garantem maior longevidade (E)

Silogismos hipotéticos

Contrariamente ao que acontece nos silogismos categóricos, a premissa maior de um silogismo hipotético não afirma nem nega de forma absoluta ou categórica, mas sob uma condição ou estabelecendo alternativas. A premissa maior de um silogismo hipotético é sempre constituída por uma proposiçãomolecular ou porduas ou mais proposições simples cujas ligações são feitas por conectores, isto é, partículas de união, tais como “ se…então”, “…e…”, “… ou …”.

Os silogismos hipotéticos classificam-se em: condicional, disjuntivo, conjuntivo e dilema.

Condicional

É aquele em que a premissa maior estabelece uma condição, dividida em duas partes: condição e condicionado.  Estas duas proposições que formam a premissa maior, estão ligadas entre si pelas partículas “se…então…”

Exemplo:

Se Deus existe, então a vida faz sentido

Ora Deus existe

A vida faz sentido

O silogismo condicional compreende dois modos validos

Modusponens ( afirmação do antecedente)

Se P, então Q.                                                        P->Q

 

Ora, P.                                                                    Ora,     P

Logo, Q.                                                                  Logo,  Q

Exemplo

Se me amares, então casarás comigo

Ora, me amará

Logo, casará comigo

Modustollens (negação do condicionado)

Se P entao Q, P->Q

 

Ora não Q.                                          ~Q

Logo não P.                                                                            ~P

Exemplo

Se tenho malária então estou doente

Ora, não estou doente

Logo não tenho malária

A operacionalização dos silogismos hipotéticos condicional obedece aquatroregras.

  • Da afirmação do antecedente resulta, necessariamente, a afirmação do consequente;
  • Da afirmação do consequente nada se pode concluir necessariamente;
  • Da negação do consequente ou condicionado resulta, necessariamente, a negação do antecedente;
  • Da negação do antecedente nada se pode concluir necessariamente.

Silogismo hipotético disjuntivo

É aquele em que a premissa maior apresenta alternativas. A premissa menor afirma ou nega um dos membros. A conclusão afirma ou nega o outro membro. Este tipo de silogismo assume duas formas:

Modus ponendo- tollens (afirmando, nega)

Ou está do meu lado ou está contra mim

Ora, está contra mim

Logo não está do meu lado

Modus tollendo-ponens (negando, afirma)

Ou está do meu lado ou está contra mim

Ora, não está do meu lado

Logo está contra mim

Silogismo hipotético conjuntivo

É um em que a premissa maior não admite que dois termos opostos sejam aplicados simultaneamente a um sujeito. Este silogismo assume dois modos validos.

Modus ponendo-tollens (afirmando – nega)

A água não pode ser simultaneamente quente e fria

Como a água é fria

Entao não é quente

Modus tollendo- ponens (negando, afirma)

A agua não pode ser simultaneamente quente e fria

Como a água não é quente

Então, é fria.

Dilema

É um raciocínio hipotético e disjuntivo que, em termos estruturais, é formado por uma proposição disjuntiva e por duas proposições condicionais, uma para cada alternativa, de tal forma que, qualquer que seja a opção escolhida, a consequência é sempre a mesma.

(Exemplo do dilema do solteirão)

Ou caso com mulher bonita, ou caso com mulher feia.

Se ela for bonita serei atormentado de ciúmes, por isso não devo casar

Se ela for feia a sua companhia será insuportável, por isso não vou casar

Portanto, de qualquer das formas não devo casar.

 

Tecnologias da informação e comunicação (TICs) é uma expressão que se refere ao papel da comunicação (seja por fios, cabos, ou sem fio) na moderna tecnologia da informação. Entende-se que TICˈs consistem de todos os meios técnicos usados para tratar a informação e auxiliar na comunicação, o que inclui o hardware de computadores, rede, telemóveis.

Em outras palavras, TIC consistem em TI bem como quaisquer formas de transmissão de informações e correspondem a todas as tecnologias que interferem e medeiam os processos informacionais e comunicativos dos seres. Ainda, podem ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam, por meio das funções de hardware, software e telecomunicações, a automação e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica, de ensino e aprendizagem entre outras.

O surgimento da tecnologia da informação e comunicação

A descoberta da electricidade por Talles de Mileto 700 anos antes de Cristo foi o ponto de partida para o desenvolvimento da TI. Depois surgiu a prensa topográfica no século XIV e as calculadoras e caixas registadoras no século XIX.

No final do século XIX, surgiram os programas de computador, revolucionando a transmissão de informações. Durante a Segunda Guerra mundial, aconteceu a transição para os computadores electrónicos modernos. Então, essas enormes máquinas foram evoluindo e hoje movimentam o mundo.

A finalidade da criação da tecnologia de informação

No final do século XIX, um cabo telegráfico foi lançado entre a Inglaterra e os EUA. Com isso, o tempo de troca de informações entre esses dois países, que antes era de cerca de 10 dias, caiu para alguns minutos.

No início do século XX outros países europeus se industrializaram impulsionando o crescimento de vários tipos de indústrias. Isso levou à optimização do uso da energia eléctrica e ao desenvolvimento da locomotiva a vapor e da química.

Com o grande aumento das relações comerciais, surgiu a necessidade de desenvolvimento e aprimoramento dos meios de comunicação e gerenciamento das informações. Desde então, a TI vem avançando com grande velocidade a fim de acompanhar as mais diversas demandas organizacionais.

Tecnologia

Tecnologia (do grego τέχνη — “técnica, arte, ofício” e –λογία — “estudo“) é o conjunto de técnicas, habilidades, métodos e processos usados na produção de bens ou serviços, ou na realização objectivos, como por exemplo em investigações científicas. O termo tecnologia pode ser usado para representar tanto o domínio de técnicas e processos, quanto a implementação de funcionalidades em máquinas para que essas possam ser operadas sem o pleno conhecimento do seu funcionamento interno.

Informação

Informação é a resultante do processamento, manipulação e organização de dados, de tal forma que represente uma modificação (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento do sistema (humano, animal ou máquina) que a recebe.

Le Coadic, pesquisador da área da Ciência da Informação, destaca que o valor da informação varia conforme o indivíduo, as necessidades e o contexto em que é produzida e compartilhada. Uma informação pode ser altamente relevante para um indivíduo e a mesma informação pode não ter significado algum para outro indivíduo.

Informação enquanto conceito carrega uma diversidade de significados, do uso quotidiano ao técnico. Genericamente, o conceito de informação está intimamente ligado às noções de restrição, comunicação, controle, dados, forma, instrução, conhecimento, significado, estímulo, padrão, percepção e representação de conhecimento.

Comunicação

Comunicação é uma palavra derivada do termo latino “communicare“, quesignifica “partilhar, participar algo, tornar comum”.

Através da comunicação, os seres humanos e os animais partilham diferentes informações entre si, Desde o princípio dos tempos, a comunicação foi de importância vital, sendo uma ferramenta de integração, instrução, de troca mútua e desenvolvimento. O processo de comunicação consiste na transmissão de informação entre um emissor e um receptor que descodifica (interpreta) uma determinada mensagem.

A mensagem é codificada num sistema de sinais definidos que podem ser gestos, sons, indícios, uma língua natural (português, inglês, espanhol, etc.), ou outros códigos que possuem um significado (por exemplo, as cores do semáforo), e transportada até o destinatário através de um tornando o ato de comunicar uma actividade essencial para a vida em sociedade

canal de comunicação (o meio por onde circula a mensagem, seja por carta, telefone, comunicado na televisão, etc.).

Nesse processo podem ser identificados os seguintes elementos: emissor, receptor, código (sistema de sinais) e canal de comunicação. Um outro elemento presente no processo comunicativo é o ruído, caracterizado por tudo aquilo que afeta o canal, perturbando a perfeita captação da mensagem (por exemplo, falta de rede no celular).

Áreas de Aplicação das TICs

As TIC podem ser aplicadas nas mais variadas áreas da actividade humana, como a informática, a comunicação, a burótica, as telecomunicações, a telemática, o controlo e automação e a robótica.

Área do Computador

O computador é uma máquina programada para receber e processar dados, gerando informação, e para armazenar e transmitir essa informação, num curto espaço de tempo, de uma forma segura e fiável. Na área do computador temos a informática e a burótica.

Informática

A Informática é a aplicação de computadores para processamento de informação. Informática é o resultado da junção das palavras Informação e Automática.

Burótica

A Burótica é a aplicação de meios informáticos no tratamento e circulação da informação em escritórios e em tarefas do tipo administrativo. Burótica é o resultado da junção das palavras Bureau e Informática.

Área da Comunicação

Na área da comunicação temos as telecomunicações e a telemática.

 Telecomunicações

As telecomunicações consistem na transmissão de sinais que reproduzem textos, imagens, sons, etc., por fio, fibra óptica, ondas electromagnéticas ou outro sistema.