Corrente Afrocentrista:
Esta corrente nega a história de África, afirmando que a história de África inicia com a chegada dos Europeus no litoral a partir do século XVI e passou a ser classificada como tempo do período colonial.
Nega a soberania e a independência de África, porque os africanos aceitaram os colonos facilmente e os chefes africanos foram colaboradores directos.
Os defensores da corrente Afrocentrista negam a possibilidade dos Africanos terem contribuido para a historia da humanidade.
Hegel (1830), declara que a África não é uma parte da história do mundo não tem movimento e progressos históricos.
Gaxotte (1957) escreve que estes povos nada deram ao mundo. Alguns Europeus até hoje afirman que “os Africanos vivem em cima das arvores como selvagens, são inferiores a outras raças, preguiçosos e subdesenvolvidos”. Estas expressões são sustentadas por correntes racistas que apoiam o xenofobismo, podendo se destacar algumas figuras geopolíticas tais como: Julio Ferry, Joseph Chansberlin, Poulleuroy-Beanlin.
Segundo Basil Davidson, “os Europeus que conquistaram África frisaram que o modo de vida era selvagem e deploráveis”.
Apesar de vários preconceitos os Eurocêntricas deram o seu contributo na introdução dos conhecimentos científicos comprovados, introdução de novas culturas e especie animal, invenção de maquinas, introdução de novos grupos linguísticos, também a introdução da escrita, e como desvantagem desta corrente foi em não abordar os problemas africanos numa perspectiva africana, humanista e cientifica, extinção de algumas culturas africanas.
Corrente Afrocentrista:
Defende que a África tem a própria história diferente dos Europeus.
Os africanos antes da chegada dos Europeus tinham a sua soberania e independência e estes reagiram ao colonialismo.
Esta corrente historiografica surge ligada oa nacionalismo africano, e discursos politicos, tais como, Kwame Nkrumah e Julius Nhyerere.
Esta corrente peca quando diz que os Europeus não contribuiram para o desenvolvimento do continente africano, também um dos problemas desta corrente foi em a creditar no espírito dogmático ou espírito dos antepassados que tudo tinha de ser feito devia se consultar o espírito dos antepassados.
As vantagens desta corrente era que usavam dois tipos de fontes para elaboração da história, a valorização das culturas nativas africanas embora algumas fossem deturpadas.
Nas desvantagens abordavam a história no contexto universal, a má distribuição dos documentos escritos influenciou a narração dos acontecimentos históricos no continente.
Corrente Progressista:
Afirma que o passado africano através da investigação, a partir de Metodologias Científicas deve recorrer a todas as fontes, pela não existência de fontes escritas, em África abrem-se campos a outras fontes de investigação tais como fontes escritas Árabes, Arquilogicas, Linguísticas ou Etnologia, Metadisciplinaridade e fontes orais.
Esta vem apaziguar as duas antecessoras, dizer que ambas contribuíram para o desenvolvimento da humanidade embora de maneira diferente os africanos formularam ideias, os Europeus pegavam-na e desenvolviam estas ideias porque possuíam meios mais adequados para tal.
Os principais precursores da Historiografia Africana
A historiografia africana teve que desenvolver uma série de novos instrumentos e técnicas para abordar novas questões que os historiadores começaram a defrontar-se. A historia africana pulou da situacao mais atrasada do estudo historiografico para se tornar a pioneira de novos metodos e esta historia so foi possivel a grandes figuras tais como: Joseph Ki-Zerbo, A. Ajauy, B. Ogot, T. Obenga, Tamsir Niane, Cheick Anta Diop.
Bibliografia
KI-ZERBO, Joseph. História da África Negra. Vol I. Publicações Europa – America. 1999.
MUSSA, Carlos. História e Historigrafia: Breve Introdução ao estudo da História (Sebenta de História), Maputo, 2006.Wikipedia.com.br. acessado dia 05 de Maio de 2018 pelas 20: 30h.