Neste período, no continente Africano desenvolviam-se reinos e impérios com um dinamismo político, económico, social e cultural próprio de África, isto é, diferente de outros locais do mundo.

Até ao séc. XV, a África, a sul de Sahara era uma região habitada por vários povos, que na sua maioria tinha poucos contactos entre si. Este isolamento devia-se aos desertos, florestas e relevo que dificultavam a comunicação entre as comunidades.

Economia

A principal actividade económica era a agricultura. A mineração do ouro, o artesanato e o comércio eram actividades complementares.

 Política

A população africana neste período estava integrada em estados centralizados, dirigidos por um Rei. São exemplos de Estados: Ghana, Mali, Songhay, Etiópia, Mwenemutapa, Massina, Mandara, Núbia, Hauças e Congo, Luanda e do Congo, Zimbabwe, Manyikeni, entre outros. O poder era hereditário, isto é, passa de geração a geração na mesma família reinante e a linhagem lutava para se manter no poder.

Sociedade e cultura

A sociedade e cultura eram complexas e heterogéneas devido a diversidade cultural resultante da flexibilidade das fronteiras. A emergência do islão no século VII vai influenciar a costa e mais tarde o interior onde penetra com os comerciantes. A influência asiática, sobretudo na Costa Oriental de África, levou a surgimento e desenvolvimento da cultura e civilização Swahili como resultado da fusão entre africanos e árabes-persas.

Antes da influência árabe e cristã, a cultura africana baseava-se nos usos e costumes locais muito diversificadas. As populações africanas professavam religiões animistas. O culto aos antepassados constituía o garante do bem-estar social e económico, cujos anciãos eram intermediários entre os vivos e os mortos.