O conflito Israel -árabe, desenvolveu numa região que localiza se na junção da eurásia, da África, do mar mediterrâneo e do oceano Índico.
O conflito foi de carácter religioso, devido a posição do judaísmo e do islão, um conflito étnico pelo antagonismo dos judeus e dos árabes, é ao mesmo tempo um conflito local, devido a presença de palestina, regional pelo jogo de solidariedade entre árabes, e um conflito internacional pela intervenção das grandes potências (estados unidos, Rússia, Inglaterra), contudo, a principal causa deste conflito diz respeito ao território ao verificar-se que os israelenses lutavam para assegurar terras sobre as quais segundo eles tem direito milenar, outra causa tem a ver com a economia onde as potências capitalistas desejam estabelecer um ponto estratégico na mais rica região petrolífera.
E a nível político a explosão deste conflito deu – se com o retorno dos judeus a palestina, e a promessa das grandes potências após a primeira guerra mundial de criarem um estado para o povo judeu, mas somente após a segunda guerra mundial este acontecimento foi concretizado pois só no ano 1947 foi elaborado o estado Israel e 1948 foi fundado. E isso ocasionou vários problemas daquela região pois o território seria dividido em dois estados independentes – Israel e palestina.
Etapas do Conflito Israel – árabe
Esse conflito desenvolveu se em 4 etapas distintas: etapa da independência, ataques de Israel ao Sinai, a guerra dos seis dias e a guerra de Yom Kippur.
1ª Etapa: Guerra pela independência
A 15 de Maio de 1948, dia da proclamação da independência de Israel, os exércitos regulares do Egipto, Transjordânia, da Síria, do Iraque e do Líbano invadiram a palestina. Apesar da sua superioridade numérica, não conseguiram vencer e de Maio a Junho de 1948, o hagana ajuda em armas na Checoslováquia estabiliza as frentes. A guerra da independência de Israel tinha começado com o exército egípcio tomou posição a norte de negative, o exército sírio no galileu, a região árabe comandada pelo inglês Glubb e que formou o exército transjordanio. Depois de algumas escaramuças foi imposto primeira trégua a 10 de Junho a 19 de Julho que permitiu hagana reorganizar se tomando de seguida a ofensiva na frente do centro em Jerusalém. Este movimentos provocou um êxodo maciço de palestinos a transjordanio depois de uma segunda trégua, de Agosto a Outubro, as forças islâmicas afastaram, os egípcio no neuave ali se instalados e desbarataram os sírios que foram evacuados da Galileia. Foi imposta um cessar-fogo em 7 de Fevereiro de 1949, e Israel assina acordos de armistício separados em rodes, sucessivamente com o Egípto, o Líbano, a Transjordânia e a síria, partir de 13 de Janeiro. O Iraque recusou-se a participar nas conversações.
Após as conversações, o Egípto obteve um mandato sobre as planícies de Gaza que ocupa Israel, consequentemente conserva o território que lhe tinha calhado oficialmente na partilha, mais com um estreito corredor para Jerusalém oeste. Conserva igualmente a galileia mais as colinas que rodeiam o lago Kinnernt continuam sírias. A ONU atribui igualmente a Israel a maior parte de negative, em Elat, com uma abertura de 7 km para o mar vermelho. A Transjordânia ocupa a Samaria e grande parte da Judeia, bem como a cidade velha de Jerusalém e os bairros orientais.
2ª Etapa: Ataques de Israel ao Sinai
Em 1956 os israelitas lançaram um ataque relâmpago contra o Egípto. As colunas brindadas israelitas avançaram toda violência em direcção ao canal de Suez. Quando presidente do Egipto, Ganal Abdel Nassir, ordenou o bloqueio de estreito de tiram em 1965 impedindo assim o comércio marítimo israelita pelo mar vermelho, a sua decisão baseou-se numa análise favorável da situação internacional, mais menos proseou o carácter de Bem Gurio (primeiro ministro israelita), e as eficiências do Tsaha (exército israelita) comandado por Moshe Dayan.
A companhia de Sinai, cujo nome do código foi operação Kadessh termo bíblico que recorda as peregrinações de Moisés e povos judeus no Sinai, começou a ser estudado seriamente pelos estado-maior israelita em 1955, quando o Egípto e a síria aos quais se juntou em 1956 a Jordânia criando um comando supremo único e abrandam três frentes potências simultâneas. Além disso desde 1955 feddayin palestinianos, formados e agrupados pelos egípcios no Sinai infiltraram se em Israel onde sabotagens e atentados fizeram centenas de vítimas.
3ª Etapa: A guerra dos seis dias
Na óptica Rowley (1999:542) a guerra dos seis dias decorre de 5 a 10 de Junho de 1967, foi objecto de múltiplas publicações, e pôr em evidências a superioridade do exército israelita e a excelência do seu serviço de informações e revelou as graves carências do comando egípcio e a pusilanimidade dos dirigentes sírios e que depois de terem contribuído para fazerem subir a tensão se mantiveram numa posição defensiva indo ao ponto de anunciar a tomada de kuneitra; para impor o cessar-fogo a Israel.
Para Tembe (2003:108), guerra de Junho de 1967, conhecida como guerra dos seis dias dividiu-se em três distintas fases: A campanha contra o Egipto (5 a 7de Junho). A campanha contra a Jordânia 5 a 7 de Junho e a campanha contra a síria 9 a 10 de Junho. As nações unidas aprovaram um cessar-fogo no dia 7 de Junho supostamente com efeitos mediatos, mais os maiores combates entre israelitas e sírios só começaram dois dias depois.
Consequências da guerra dos seis dias
Para os árabes esta guerra è desastrosa militarmente, politicamente e economicamente. Significa a perda de 70 mil quilómetros quadrados distribuídos entre Sinai e a faixa de Gaza e Cisjordânia, sem contar com Jerusalém pois a cidade foi reunificada e anexada por uma votação de knesset a 28 de Junho, a outra consequência os dados do problema palestiniano transformaram se, por outro lado a presença do exército israelita nos territórios ocupados do seu pleno significado a libertação da palestina, para todos os efeitos a guerra estava terminada três horas, pois seu início, uma vez que a superioridade árabe pertencia aos israelitas.
4ª Etapa: guerra de Yom Kippur
Yom Kippur significa o dia de perdão para os judeus. Este conflito Israel árabe de 1973 foi o mais mortífero do que a guerra pela independência, foi caracterizado por combates terríveis, envolvendo muitos soldados. O assalto dos egípcios e sírios nas frentes do Sinai e do Golan, encontrou os israelitas desprevenidos, tendo estes últimos atravessaram o canal de Suez, tomaram a linha bar leve. No norte os sírios avançaram rapidamente, e os israelitas mobilizaram todos recursos, expulsaram os sírios de Golan, não conseguiria transpor os combates.
Assim, a força israelita escolheu como alvos os radares e baterias de mísseis e os resultados não foram agradáveis, visto que foram desastrosos, perderam muitos aviões e tripulantes. As forças israelitas, ajudando as aéreas, avançaram no terreno até Suez, montes Golan, abriram corredores através do espaço aéreo árabe registando a partir desta altura resultados positivos.
Para Tembe (2003:113), em Outubro a situação no teatro das operações modificou se com a deterioração da capacidade egípcia na margem ocidental, a Arábia Saudita declarou um embargo a exportação do petróleo para os Estados Unidos, o Egipto aceita o cessar-fogo, a 25 de Outubro o norte-americano receando a intervenção soviética tornam efectivo o cessar o fogo.
Implicações dos conflitos
Rowley (1999:364), para Israel a guerra consolidou aceleração da emigração, pela criação de um exército nacional.
As leis institucionalizaram a prática do parlamentarismo de câmara única, com predomínio de partido trabalhista socialista (Mapai);
Mas dramática foi o problema dos palestinos, vítimas de segregação, considerados de refugiado, privados de matérias e frustrados;
Houve troca de prisioneiros entre egípcios e israelitas, retirada de Israel do canal de Suez, assinatura de acordo Israel egípcio, na síria os israelitas retiraram se da cidade de kuneitra;
Crise do petróleo, já que os Estados árabes membros da organização dos países portadores de petróleo (OPP) boicotaram os Estados Unidos da América e os países europeus que apoiavam a sobrevivências de Israel;
Surgimento do Estado judáico;
Destruições de infra-estrutura, de edifícios, perdas humanas;
Incorporação de 1,5 milhões de árabes que nunca poderiam aceitar o domínio israelita.
Bibliografia
ANTHONY, Rowley. História do século XX. 3ª Edição, Lisboa, Edições Dom Quixote, 1999, 598 p.
DANTAS, Max. História Geral.
MINED, Atlas Geográfico, 2ª Edição, Maputo, Instituto Nacional do desenvolvimento da educação, 1986, 49 p.
TEMBE, Carlos Filipe, A questão da Palestina e a comunidade internacional: Uma retrospectiva (1879- 1991). Matola, Edição Bokota, 2003, 120 p.