No início do século XVI a Inglaterra estava sobre o governo da parlamentarista Isabel, posteriormente ela morre sem deixar descendência onde sucede-lhe o seu primo Jaime rei da Escócia a por sinal um Stuart (absolutista). Este visando aumentar seu poder começou perseguir os católicos e os puritanos que queriam limitar a autoridade real. O rei inglês era chefe da Igreja Anglicana e se todos fossem anglicanos seriam mais facilmente controlados. De um lado estava o rei, a nobreza da corte, a burguesia mercantil das companhias de comércio,n todos anglicanos. Do outro estavam os calvinistas, divididos (apoio da gentry) e os presbiterianos o rei começou a financiar os militares e as perseguições.
A Reforma de Henrique VIII
A luta do rei e o parlamento teve um aspecto religioso muito forte, visto que o rei começou a financiar a área militar e as perseguições dos que não fossem anglicanos o que diz que ele privilegiava a sua religião como sendo a mais forte e este devia decidir no parlamento. A introdução da Reforma por Henrique VIII, significou expropriação das terras da Igreja Católica (cercamentos), que muitas vezes eram vendidas pela Coroa, provocando um golpe na estrutura feudal, pois as terras passaram a ser propriedades privadas, assim a agricultura foi abandonada, pois o preço da lã estava em alta, daí o interesse na criação de ovelhas.
Os cercamentos provocaram o encarecimento do preço dos géneros alimentícios, causando fome e protestos sociais, pois como houve uma transição do modo de produção feudal para o modo de produção capitalista, os senhores feudais começaram a cercar suas terras para criação de ovelhas e expulsar os camponeses que ali moravam.
A Reforma de Henriques VIII, além de mexer com a estrutura social, apresentava bastantes tendências absolutistas ou seja acumulação dos reinos;
Problemas religiosos entre o rei e os protestantes
Este por seu turno impôs regras violentas a dos nativos ingleses (parlamentaristas), onde houve uma petição dos direitos rejeitados claramente por Jaime. Com o não comprimento das leis ingleses pelo rei Escócio os burgueses optaram por reorganizarem-se promovem uma revolução com o objectivo de repor os valores da pátria desde eles estavam insatisfeitos com o governo de Jaime rei da Escócia que havia acumulado os reinos.
O Estado absolutista inglês (desde 1603 o governo estava nas mãos da dinastia Stuart) era, apesar disso, tremendamente frágil: não possuía exército permanente nem uma burocracia organizada, além de possuir rendimentos financeiros pouco expressivos; as tentativas dos reis Jaime I e Carlos I em aumentarem os impostos e terem um exército à sua disposição, eram vistas com desconfiança pelo Parlamento.
As condições económicas da Inglaterra, devido ao período mercantilista. Sob o governo da dinastia Tudor (1485-1603), a Inglaterra tornou-se uma grande potência marítima. Foi também neste período que o sistema de “putting-out” ou indústria doméstica surgiu, determinando mudanças na estrutura da produção.
A Reforma religiosa na Inglaterra determinou a perda das terras da Igreja, que foram tomadas pelo Estado e vendidas para a burguesia e para a nova nobreza (gentry) que estavam preocupadas com o cercamento das terras para a criação de ovelhas, cuja lã atendia às manufacturas. Assim, passou a haver uma estreita associação de interesses entre a burguesia mercantil e a gentry.
As transformações na estrutura social, derivadas das transformações económicas citadas acima. A diferenciação social entre cidade e campo era bastante nítida, no campo estavam os Pares (aristocracia, ou alta nobreza, essencialmente feudal); a gentry (nobreza de status); os yeomen (pequenos e médios proprietários rurais); os arrendatários e os jornaleiros. Havia ainda, nas cidades, os elementos ligados 1as corporações de ofícios.
De salientar que o rei ou monarca estava patente na organização social do campo assim como da cidade. Partindo das classes sociais acima descritas, fez-se a adaptação da hierarquia da sociedade Inglisa nas vésperas da revolução através da construção de dois pirâmides que agrupa os dois grupos (da cidade e do campo).
Hierarquia da sociedade inglesa nas vésperas da Revolução
No campo:
- Monarca (Cidade e Campo);
- Pares (nobreza tradicional);
- Gentry (nova nobreza que tinha interesses semelhantes da burguesia),
- Yeomen (pequenos e médios proprietários rurais),
- Arrendatários (aqueles que aplicavam seu capital nas terras, mesmos não sendo os proprietários)
- Jornaleiros (antigos servos expropriados, viviam de jornal, vendiam seu dia de trabalho).
Hierarquia da sociedade inglesa nas vésperas da Revolução
Meio Urbano:
- Monarca (Campo e Cidade);
- Burguesia Mercantil, sectores da gentry (relacionados com o comércio e as manufacturas);
- Burguesia Manufactureira e os jornaleiros (trabalhadores que recebiam por dia de trabalho);
- Na periferia das cidades se estabeleciam as indústrias domésticas (Artesões). Os trabalhadores eram muitas vezes, donos dos instrumentos de trabalho. Contudo, em muitos casos, os instrumentos eram fornecidos por quem contratava seus serviços.
Referencia
SCHNEEBERGER, Carlos Alberto. Historia geral, teoria a pratica, Editora Rideel, 1ª edição, São Paulo, 2006, p.170-173;
AQUINO Ruben Santos Leão, JACQUES, Francisco Jacques Moreira de Alvarenga, DENIZE, de Azvedo Franco, ÓSCAR, Guilherme Pahi Campos Lopes. Historia das sociedades modernas as sociedades actuais, Editora Livro Técnico S/A 1ª edição, rio de Janeiro 1978.