Conceito de movimentos tectónicos

Movimentos tectónicos – são movimentos muito lentos e prolongados que produzem deformações estruturais na crusta terrestre.

Os movimentos tectónicos classificam-se em movimentos epirogénicos ou verticais e orogénicos ou horizontais.

Movimentos epirogenéticos (do grego épeiron, continente) são movimentos diastróficos verticais com longa duração geológica que afecta a maior parte da porção continental do planeta. Gera o rebaixamento ou levantamento dos litorais e consequente transgressão.

Graben ou fossa tectónica é a designação dada em geologia estrutural a uma depressão de origem tectónica, geralmente com a forma de um vale alongado com fundo plano, formada quando um bloco de território fica afundado em relação ao território circundante em resultado dos movimentos combinados de falhas geológicas paralelas ou quase paralelas.

Movimentos orogenéticos são movimentos horizontais com curta duração geológica mas com grande intensidade, gerando dobramentos (quando exercidos sobre terrenos incompetentes ou plásticos), fracturas e falhas (quando sobre camadas de rochas rígidas que oferecem resistência às pressões tectónicas). A orogênese ocorreu em apenas quatro períodos na Terra. O Huroniano, no final do Pré-Cambriano, o Caledoniano, no início do Paleozóico, o Herciniano, no fim do Paleozóico e o Alpino que ocorreu do fim do Mesozóico ao começo do Cenozóico, originando os dobramentos modernos.

Origem dos movimentos tectónicos

A teoria de que os continentes não estiveram sempre nas suas posições atuais foi conjecturada muito antes do século XX. Este modelo foi sugerido, pela primeira vez, em 1596 por um fabricante holandês, Abraham Ortelius. Ortelius sugeriu de que as Américas “foram rasgadas e afastadas da Europa e África por terremotos e inundações” e acrescentou: “os vestígios da ruptura revelam-se, se alguém trouxer para a sua frente um mapa do mundo e observar com cuidado as costas dos três continentes.”

A ideia de Ortelius foi retomada no século XIX. Entretanto, só em 1912 é que a ideia do movimento dos continentes foi seriamente considerada como uma teoria científica designada por Deriva dos Continentes, escrita em dois artigos publicados por um meteorologista alemão chamado Alfred Lothar Wegener. Wegener, argumentou que, há cerca de 200 milhões de anos, havia um supercontinente – Pangeia=Pangea – que começou a fraturar-se. Alexander Du Toit, professor de geologia na Universidade de Joanesburgo-África do Sul, foi um dos defensores mais acérrimos das ideias de Wegener, propôs que a Pangeia, primeiro, se dividiu em dois grandes continentes, a Laurásia no hemisfério norte e a Gondwana no hemisfério sul. Laurásia e Gondwana continuaram então a fraturar-se, ao longo dos tempos, dando origem aos vários continentes que existem hoje.

Causas dos movimentos tectónicos

Os movimentos tectónicos são causados por movimentos oriundos naturalmente do interior da Terra, ocasionados pelas altas temperaturas, pressões, movimentos orogenéticos e epirogenéticos ou seculares.

Consequências dos movimentos tectónicos

O movimento das placas tectónicas têm várias consequências, dentre elas: a formação de cadeias montanhosas, movimento conservativo, movimente convergente, de vulcões, de movimento divergente e formação de falhas.

Relação com a tectónica global

Os movimentos tectónicos, deformam a crusta terrestre na medida em que se movimentam. Sendo assim, pode se diz que, a criação de cadeias montanhosas quanto a formação de bacias, são respostas a movimentos de placas tectônicas ou deformações que ocorrem no interior das placas. A depender da característica predominante do regime tectônico, tem-se, respectivamente, a subsidência dos terrenos a nível global.

 

Referências bibliográficas

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