A indústria é uma actividade económica que surgiu na Primeira Revolução Industrial, no fim do século XVIII e início do século XIX, na Inglaterra, e que tem por finalidade transformar matéria-prima em produtos comercializáveis, utilizando para isto a força humana, máquinas e energia.

A partir do estabelecimento da indústria como novo ramos de actividade económica, níveis diferenciados de tecnologia foram empregados no processo fabril em diferentes países. De acordo com o nível tecnológico, a actividade industrial está classificada em:

Indústrias tradicionais – são indústrias pouco automatizadas, que utilizam máquinas pesadas e, muitas vezes, ainda empregam grande número de operários. São exemplos de indústrias tradicionais as têxteis, de vestuário e de calçados, as moveleiras, as metalúrgicas e as siderúrgicas.

Indústrias modernas – caracterizam-se pela utilização de recursos tecnológicos mais avançados e por um nível de automação maior que o das indústrias tradicionais; tal fato fez com que o número de funcionários deste segmento diminuísse nas últimas décadas. São exemplos de indústrias modernas as petroquímicas, as fábricas de papel e celulose e as montadoras de automóveis.

Indústrias de tecnologia de ponta – produzem recursos tecnológicos altamente sofisticados, resultantes da aplicação imediata das descobertas científicas no processo de produção. São exemplos de indústrias de tecnologia de ponta, as de informática (que produzem computadores e softwares), as de produtos electrónicos, a aeroespacial (que produz aviões e satélites artificiais) e as de biotecnologia (que produzem medicamentos, alimentos e herbicidas a partir de organismos geneticamente modificados).

Também é possível classificar as indústrias levando em consideração a função que cada segmento fabril desempenha na economia das atuais sociedades capitalistas. Podem ser:

Indústrias de bens de produção ou de capital – também chamadas de indústrias de base ou indústrias pesadas, realizam a produção de máquinas e equipamentos que serão utilizados em outros segmentos da indústria e em diversos sectores da economia. São exemplos desse tipo de indústria: as mecânicas (motores automotivos, máquinas industriais, colheitadeiras, tractores, arados e semeadoiras mecânicas) e de autopeças (pneus, rodas, bancos automotivos).

Indústrias de bens intermediários – transformação de matérias-primas brutas (minérios e recursos de origem fóssil e vegetal) em matérias-primas processadas, base para outros ramos industriais. São exemplos desse tipo de indústria: químicas (pesticidas, fertilizantes, fibras artificiais, cimento), refinaria (querosene, óleo diesel e lubrificantes, gasolina), siderúrgica (ferro-gusa, coque, aço) e de papel e celulose.

Indústria de bens de consumo – fabricação de bens ou produtos que são consumidos pela população em geral. Está dividida em:

a) Indústria de bens de consumo duráveis– produz bens ou produtos de maior duração, que são utilizados por um período relativamente longo como electrodomésticos (geladeiras, televisores, condicionadores de ar, DVDs), automobilística (carros e motocicletas) e moveleira (móveis comerciais e residenciais).

b) Indústria de bens de consumo intermediário– produzem matérias-primas para outros setores industriais. É o caso da indústria de extracção e transformação de minérios, que produz matéria-prima para as indústrias siderúrgicas, químicas, entre outras.

c)Indústria de bens de consumo não duráveis– fabrica produtos de consumo menos duradouros ou que são utilizados e consumidos apenas uma vez, como a têxtil (vestuário, tecidos, toalhas), alimentícia (doces, lacticínios, bebidas), e cosmética (cremes dentais, sabonetes, xampus)