Idade Antiga

Nas origens da humanidade, a viagem estava unida ao comércio, à procura de bens para a subsistência, à necessidade de melhorar as condições de vida, aos desejos políticos de expansão territorial e aos desejos de descanso e saúde que moviam as classes privilegiadas aos centros termais.

Segundo o escritor grego Heródoto, que pode ser considerado um dos primeiros viajantes da história, para acomodar os viajantes que se deslocavam tanto por negócios como por prazer são criados e desenvolvidos centros de acolhimento e de atenção nos principais caminhos e cidades. O autor também afirma que as cruzadas geraram grande movimento de viajantes pela Europa medieval (soldados, peregrinos e mercadores).

Idade Média

A idade clássica do turismo, que se prolonga até ao século XVIII, caracteriza-se pelo facto das viagens serem individuais e se realizarem, predominantemente, por necessidades fundamentais como o comércio, as peregrinações religiosas, a saúde ou por razões políticas e de estudo. As mais célebres viagens por motivo religioso eram as que se dirigiam a Santiago de Compostela, na Espanha; Canterbury, na Inglaterra; à Terra Santa, na Palestina e à Meca, na Arábia.

Idade Moderna

Na idade moderna, os diplomatas, estudantes e membros de famílias ricas Inglesas faziam a Grand Tour (viagem de três anos, pela Europa, com paragens obrigatórias em Paris, Florença, Roma ou Veneza).

Thomas Cook inventou o turismo organizado. A primeira viagem organizada foi num comboio alugado por Thomas Cook, entre Leicester e Loughborough, destinada aos participantes de um congresso de médicos. As viagens organizadas de Thomas Cook marcaram uma das mais importantes etapas na história do turismo e estão na origem do turismo dos nossos dias.

A actividade turística pode ser compreendida como uma actividade complexa que se originou pela necessidade de deslocamento das populações dentro do espaço físico mundial por diversos motivos. O turismo se tornou um verdadeiro fenómeno de massa a partir dos anos 50 do século XX, acessível às classes médias dos países desenvolvidos e, algum tempo depois, também às classes mais favorecidas dos países em desenvolvimento. Hoje o turismo é bastante acessível a várias camadas da população através de pacotes, financiamentos e empresas que operam com baixo custo.

A expansão do fenómeno do Turismo está directamente ligada ao progresso económico, à concentração urbana, às facilidades de comunicação e ao desenvolvimento dos transportes, dando um posicionamento de destaque à actividade, que passou a ser objecto de atenção pública e privada devido a sua importância ecológica, cultural, política e socioeconómica. Passou-se a tratar o turismo de forma mais profissional e científica. Várias ciências fizeram da actividade turística um objecto de estudo e agora o próprio turismo vem se desenvolvendo no meio académico, com cursos, estudos e pesquisas científicas, o que contribui para o seu desenvolvimento de forma mais planejada e sustentável.

 

Ficha Bibliográfica

MOTA, Keila Cristina Nicolau. Marketing Turístico: promovendo uma actividade Sazonal. São Paulo: Atlas, 2001.

ORGANIZACION MUNDIAL DE TURISMO – Organização Mundial do Turismo (www.world-tourism.gov).

TOMÉ, Marcello. A Evolução Contraditório do Turismo. Tese de Doutoramento. Niterói-RJ: PPGE/UFF, 2006.