Previsão

Segundo Garcez (1988), Previsão é a antecipação de algo que ainda não aconteceu, é o efeito do prever.

Propagação

Na óptica do Pinto (1976), Propagação è ação ou efeito de propagar, de multiplicar por meio de reprodução.

Enchentes

A Defesa Civil de São Bernardo do Campo – SP (2015) define Inundação,
como sendo o transbordamento das águas de um curso d’água, atingindo a planície
de inundação ou área de várzea.

Enchentes são aumentos anormais de escoamento superficial decorrente do excesso de chuvas podem resultar em inundações ou não.

São também entendidos como elevações do nível de água que não ultrapassam a meta máxima do canal. É o resultado de uma chuva que não foi suficientemente absorvida pelo solo e outras formas de escoamento.

Elas acontecem de forma constante quando chega ao tempo chuvoso, no qual a chuva aumenta o volume de água nos canais dos rios. Os enchentes se diferem das inundações e alagamentos porem todos possuem um factor em comum: as ações humanas descontroladas.

Previsão de enchentes e inundações

Como forma de prever os eventos de inundação, a utilização de modelos hidrológicos tem se mostrado bastante eficiente. Estes modelos apresentam grande versatilidade e facilidade na modificação de sua lógica (TUCCI, 2005). Entre os mais utilizados podemos destacar o SCS (Soil Conservation Service) e o Muskingun- Cunge.
As enchentes vêm ganhando atenção especial das autoridades e população no geral, inclusive no Vale do Taquari, onde diversos estudos foram e vêm sendo desenvolvidos. Recentemente, a Univates esteve envolvida no projeto SPAE (Sistema de Previsão e Alerta de Enchentes), que consistia na utilização de modelos matemáticos para estimar o nível do rio Taquari com algumas horas de antecedência.

Fatores que causam enchentes, inundações e alagamentos

Os rios formam as planícies de inundações, uma área natural reservada nos estremos das margens para aguentar a invasão de aguas nos períodos das chuvas.

No entanto, o principal problema reside no facto do crescimento urbano sem controlo e sem panejamento ambiental. Dessa maneira as áreas deveriam ser preservadas para suportar o transbordamento do rio, são ocupadas por inúmeras construções civis.

Causas Gerais das enchentes, inundações e alargamentos

De forma simples, as acções antrópicas são o factores decisivo para os problemas causados nos períodos de chuvas. Pois a intensa actividade humana na natureza sempre engloba os impactos naturais.

Assim sendo temos as seguintes causas gerais:

  • Ocupações inadequadas: construções civis próximo ou mesmo na beira de leito de rios;
  • Falta de infraestruturas em drenagens: as cidades são sempre em constante crescimento, entretanto a ampliação do urbanismo costuma passar por uma politica ambiental, resultando em áreas impeneabilizadas, sem sistema de drenagens e com frágil estrutura de escoamento;
  • Poluição, desmatamento e queimadas: talvez esses sejam o maior mal no que diz respeito ao meio ambiente;
  • Compactação e Impemiabilizacao do solo;
  • Pavimento de áreas e construção de calcados reduzindo a superfície de infiltração;
  • Desmatamento de encostas e assoreamento dos rios que se desenvolvem no espaço urbano; e
  • Insuficiência de rede de galerias fluviais.

Diferença entre enchentes, Inundações e Alagamentos

Segundo Márcio Fernandes AEL(1500, p.999)há uma linha tênue que diferencia enchentes, inundações e alagamentos. Exemplo: estamos diante de um quadro de enchente quando temos o aumento do nível de agua, porem sem que isso gere o transbordamento. A enchente é causada sobretudo pela elevada vasão de chuva.

Quando a inundação é caraterizada pelo transbordamento, esse transbordamento inunde a região quando o sistema de drenagem não dá conta da vasão da chuva.

Formas de evitar propagação das inundações e enchentes

  • Criar conservatórios artificiais;
  • Evitar o lixo nas ruas;
  • Manter lixo na própria porta;
  • Construir e preservar as arvores verdes;
  • Captar e reaproveitar aguas;
  • Não jogar lixo no vaso sanitário’.

Tipos de Inundações

  • Inundação fluvial: Ocorre quando há grande precipitação causando esta o transbordamento de rios e lagos.

Inundação de origem:

  • A inundação de origem marítima, que è causada por grande ondas (ressacas) que invadem os poldeiros;
  • Inundação artificiais: são causadas por falhas humanas na operação de diques, comporta, rompimento de barragens;
  • Inundações repentinas, bruscas ou enxurrados: são aquelas que ocorrem em regiões de relevo acentuado montanhoso, como na região sul do paìs. Sãos causadas pela presença de grande quantidade de água num curto espaço de tempo;
  • Inundações em cidades ou alargamento: são aguas acumuladas no leito das ruas e nos perímetros urbanos, por forte precipitações fluviométricos em cidades com sistemas de drenagem deficientes;
  • Inundações lentas ou de planícies: nas enchentes, as agua elevam se de forma paulatina e previsível em mantem- se em situação de cheia durante algum tempo e a seguir escoa-se gradualmente.

Previsão das enchentes e inundações

A previsão de enchentes e inundações è feita através de monitoria constantes às medições de nível de água dos rios de modo a fornecer dados de sistema de alerta.

Forma de prevenção de enchentes inundações

Boa parte de problema tem interferência humana, dessa forma as soluções também partem da mesma fonte.

Modos de prevenção

  • Campanha de conscientização sobre os impactos no meios ambiente
  • Dar atenção a informação meteorológica diária e os avisos da proteção civil;
  • Construção de sistema eficiente de drenagem;
  • Desocupação de arias de risco;
  • Criação de reservas florestais na margem dos rios;
  • Diminuição de índice de poluição e criação de lixo ;
  • Panejamento urbano que consiste em construções cumprindo as normas de política ambiental.

Formas de prevenção de enchentes e  alagamento 

Áreas verdes: quando mas espaço coberto por vegetação melhor e, o solo não pavimentado absorve mas água de chuva permitindo que a Água penetre no solo;

  • pavimento sustentáveis que deixa água das chuvas infiltrar em sua estrutura, isso ajuda na redução das ilhas de calor, recarga de aquíferos subterrâneos;
  • lixo no seu divido lugar: o descarte de lixo muitas das vezes contribuem para que ocorram alagamentos, pois o lixo acaba sendo direccionado para os rios fazendo com que eles venham trasbordar.

Métodos de controlo de enchentes e Inundações

  • Planeamento urbano mais consistente;
  • Diminuição de índice de poluição e geração de lixo;
  • Criação de reservas florestais nas margens dos rios;
  • Construção de sistemas eficientes de drenagens;
  • Construção de terraços em encostas para diminuir o fluxo em declives;
  • Construção de edifícios acima dos níveis de inundações;
  • Introduzir melhores sistemas de alerta de enchentes;
  • Desocupação de áreas de risco.

Medidas de controlo de enchentes

As enchentes podem ser controladas através de mecanismos que reduzam o excesso de escoamento pluvial ou amorteçam as ondas de cheias em rios urbanos.

Segundo Tucci(2001), agencia de proteção ambiental dos Estados Unidos (EPA) e Canholi (2015) mencionam que se utilizam as denominadas medidas de controlo de enchentes em áreas urbanas que são de dois tipos:

  • Estruturais: extensivas e intensivas e as
  • Não estruturais.

O autor ainda define as medidas estruturais extensivas como aquelas que visam modificar os processos de chuva- vasão na bacia hidrográfica ou na zona urbanizada, implementando se ao longo da sua extensão, e incluem o controlo da abertura vegetal e da erosão do solo.

Medidas estruturais intensivas: são as mais utilizadas e são definidas como obras de engenharia implementadas para reduzir o risco de enchentes. Podem ser três tipos dependendo da sua função:

  • Aceleração de escoamento (diques e canalização) aumento da capacidade de rios e corte de meandros;
  • Retardamento de escoamento (reservatório e bacias de amortecimento);
  • Desvio de escoamento (canais de desvio).

Tocci define medidas de controlo de enchente não estruturais como medidas de proteção que procuram evitar ao máximo e mitigar os prejuízos das enchentes, agrupando-se em:

1° Regulamentação de uso de terra, nas zonas de risco;

      2° Sistemas de previsão e alertas de inundações;

      3° Proteção económica frente a eventuais perdas.

Transporte de sedimentos

Segundo (Mecheiros, Et, a/2008), transporte de sedimento são pequenas partículas dentro de um escoamento qualquer, são erodiolas ou sedimentam-se, a situação intermediária é o transporte para jusante.

O transporte de sedimento tem origem na erosão da bacia e erosão do leito e margens dos rios. As partículas erodidas que chegam ao rio podem ser transportadas em suspensão no meio liquido ou pelo leito, as partículas em suspensão se movimentam com, a velocidade da corrente de água, as partículas do leito deslocam-se por arraste, ou seja, pela velocidade da corrente, mas também sofrem resistência de atrito, o que resulta numa velocidade menor que queles em suspensão. Dependendo da velocidade da corrente e do efeito de turbulência as partículas podem entrar no meio liquido e ficarem em suspensão ou voltar ao leito, quando as forças atuantes se reduzem.

Sedimentos são partículas sólidas que através de um processo físico ou químico desprendem-se das rochas, e que ao interagir com agentes dinâmicos externas transportam-se ou depositam-se.

Segundo Carvalho (1994); sedimento é um turmo que compreende os processos físicos em movendo sedimentos: erosão, transporte nos cursos de água e deposição.

Os sedimentos são resultados da erosão de rochas da precipitação química a partir de oceanos, vales, ou rios. A disposição de sedimentos ocorre a partir de camadas de partículas sólidas quando diminui a energia do fluido que o transporta, agua, gelo ou vento.

As carateristicas dos sedimentos dependem da composição de rocha erodita, do agente de transporte e das condições de bacia de sedimentação.

De acordo com sua origem e local os sedimentos podem ser classificados como:

  • Sedimentos gerados pelo intemperismo dos continentes;
  • Sedimentos gerados a partir de restos de organismos que secreiam conchas minerais compostos pela precipitação de cristais inorgânicos quando são dissolvidos em água.

Tipos de Sedimentos

  • Sedimentos clásticos: são as acumulações de partículas clásticas, ou seja, aquela geradas pela fragmentação das rochas pre-existentes na superfície, sujeitas a intemperismo. Estes sedimentos são também chamados de siliciclasticos, pois são gerados a partir de rochas compostas predominantemente pôs silicados;
  • Sedimentos químicos e biológicos

O intemperismo, alem de gerar partículas minerais também gera produtos dissolvidos como iões e moléculas em solução. Estas substâncias são precipitadas a partir de reações químicas, bioquímicas, gerando sedimento. Os sedimentos químicos formam-se no local de deposição ou próximo a ele. Os sedimentos bioquímicos são minerais não dissolvidos de restos de organismos ou minerais precipitados por processo biológico;

  • Sedimentos em corpos hídricos

Em corpos hídricos os sedimentos podem ser encontrados no leito ou na coluna de corpos hídricos;

  • Os sedimentos de coluna de agua: são formados por partículas leves (como as fracoes silte e argila) que são carregadas pelo fluxo;
  • Os sedimentos de fundo (leito) são formados pela disposição de partículas orgânicas e inorgânicas que acumulam nos corpos hídricos especialmente em ambientes lênticos como lagos.

Tipos de transporte

Segundo Fernando Soares de Jesus (2017) o transporte de sedimentos pode ocorrer em três modalidades nomeadamente:

Transporte por suspensão: é o tipo de movimentação que ocorre com partículas pequenas, como areia muito fina, salte e argila;

As partículas são retiradas do seu local de origem e permanecem sendo carregadas pelo vento por longas distâncias, voltam a tocar a superfície. As partículas suspensas são depositadas quando o vento não mais consegue dar conta do transporte, seja por uma perda de sua energia, seja pelo aporte crescente de grãos no ar. É comum esta deposição ocorrer apos um obstáculo, onde ocorre turbulência e consequente perda de energia do vento.

Em termo de volume de material transportado, a suspensão è a principal modalidade de transporte.

Transporte por saltação: ocorre com partícula de tamanho compreendido entre a areia fina e areia muito grossa.

Seu deslocamento ocorre através de pequenos saltos. O grão fica em suspensão por alguns segundos, e por conta do seu peso, acaba voltando a superfície.

Corresponde a um deslocamento de massa intermediaria de massa se comprado com suspensão e o arrasto.

È a principal modalidade de movimentação da constituição de dunas e outras funções geomorfológicas de ambientes desérticos e costeiros.

Transporte por arasto: è uma modalidade de transporte muito mais restrito no que diz respeito a quantidade de material. Ocorre apenas com graus maiores, como arreia grossa, areia muito grossa e seixos.

Partículas movimentadas de outras maneiras (suspensão e saltação) aos entrarem em contacto com a superfície novamente podem acabar empurrando estes graus de maior diâmetro, provocando arrasto.

A própria velocidade do vento também pode proporcionar este deslocamento. No arrasto a partícula não perde o contacto com a superfície e tem seu deslocamento travado pelo atrito com o solo.

Segundo Silva (2003), a carga sólida do leito ou arrasto: são partículas que rolam ou escorregam longitudinalmente nos cursos de água, entrando em contacto com o leito praticamente todo o tempo.

Referências Bibliográficas

SILVA.A.M. “Erosão e Hidrossidimetologia em Bacias Hidrográficas”, 2003.

MEDEIROS.P.A…CORDEIRO.A… “Transporte de Sedimentos e Suspensão em três Postos”, 2008.

FERNANDO SURES DE JESUS (2017), 1 Comment

GARCEZ, L. N.; ALVAREZ, G. A. Hidrologia. Editora Edgard Blucher ltda, São Paulo, 1988.

BAHIA. Superintendencia de Proteção e Defesa Civil. Inundação e
Alagamento
 – O que fazer? Disponível em
http://www.defesacivil.ba.gov.br/?page_id=218, Acessado em maio de 2015