Modelo Da Estrutura Interna Da Terra”

Os cientistas, estabeleceram correlação entre os dados reunidos através da Planetologia e da Sismologia, assim como os contributos de outras ciências, como matemática, elaboraram um modelo sobre a estrutura Interna da terra.

Este modelo apresentaa síntese das pesquisas feitas até ao momento e poderá ser alterado e aperfeiçoado no caso em que novos dados forem aparecendo.

De acordo com este modelo, que é o mais aceite, a TERRA É CONSTITUÍDA POR TRÊS ZONAS CONCÊNTRICAS – CROSTA TERRESTRE, MANTO E NÚCLEO – SEPARADAS ENTRE SI POR SUPERFÍCIE DE DESCONTINUIDADES, REVELADAS PELA VARIAÇÃO BRUSCA DA VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DAS ONDAS SÍSMICAS.

A elaboração do referido modelo, baseou-se no comportamento das ondas sísmicas ao atravessarem o planeta terra. Esses dados foram comparados com os da Astrogeologia, visando caracterizar as diferentes zonas estruturais do globo terrestre, sob o ponto de vista da composição e condições físicas. Como foi referido anteriormente, os geólogos baseiam-se em métodos directos e indirectos para o estudo da estrutura Interna da terra.

Até então, acredita-se que a terra está dividida em três zonas principais e com diferentes características: Crosta Terrestre, Manto e Núcleo.

CROSTA TERRESTRE: É a zona externa ou superior da terra. Apresenta características diferentes nos oceanos – Crosta oceânica e nos continentes – Crosta continental.

CROSTA CONTINENTAL – Com uma espessura média de 35 Km, podendo medir 70 Km nas cadeias montanhosas, é constituída principalmente por granitos, gnaisse, argilas e micaxisto. Todos são rochas siliciosas de densidade média de 2,7.

Com a velocidade de propagação das ondas sísmicas aumenta na crosta continental profunda, concluiu-se que os seus materiais devem ser mais rígidos. Por outro lado, deve existir uma crosta continental superior separada da crosta continental inferior por uma superfície de descontinuidade designada DESCONTINUIDADE DE CONRAD, cuja existência é discutível ou problemática.

CROSTA OCEÂNICA; Tem uma espessura de 5 a 10 Km. É de natureza basáltica. Tendo densidade um pouco superior a 3,0. Nas regiões próximas dos continentes, a crosta oceânica está coberta por um fina camada de sedimentos.

A crosta terrestre é separada do manto por uma superfície de descontinuidade conhecida por DESCONTINUIDADE DE MOHOROVICIC OU MOHO.

Nesta se refractam as ondas sísmicas, é irregular e mergulha sob as grandes cadeias montanhas.

MANTO: Estende-se da base da crosta terrestre até à profundidade de 2900 Km – DESCONTINUIDADE DE GUTENBERG.

É constituída pó rochas sólidas, acredita-se do tipo dos peridotitos, rochas ultrabásicas muito rica em Olivina. O seu volume é cerca de 80% do volume do planeta terra e a sua densidade varia entre 3,3 a 5,5.

A propagação das ondas sísmicas no interior da terra permitiu distinguir diferentes zonas no manto tais como: Manto Superior e Manto inferior.

MANTO SUPERIOR; Estende-se até 700 Km de profundidade. Nos primeiros quilômetros possui uma zona rígida que constitui, com a crosta terrestre suprajacente, a litosfera, cuja espessura é de cerca de 100 Km.

A partir dos 100 Km até, aproximadamente, a 250 ou 350 Km, observa-se uma diminuição da velocidade de propagação de ondas sísmicas.

Admite-se que, a temperatura e a pressão podem contribuir para a fusão parcial de alguns minerais dês zona, tornando a referida zona menos rígida, apesar de ser sólida. Está camada, ou zona, denomina-se ASTENOSFERA.

MANTO INFERIOR; Esta compreendida entre os 700 Km e os 2900 Km. Devido às pressões das camadas suprajacentes é rígida e densa.

NÚCLEO:  Estende-se desde os 2900 Km até ao centro do globo terrestre. É constituído por 28% de ferro, níquel e sulfuretos. Está subdividido em núcleo interior e núcleo externo.

Núcleo externo; Encontra-se entre os 2900 Km e os 5170 Km. A este ponto ou profundidade ocorre a DESCONTINUIDADE DE LEHMANN.

A velocidade de propagação das ondas P diminui e as ondas S não atravessam o núcleo externo pois pensa-se que seja fundido..

NÚCLEO INTERNO: Tem início a partir dos 5170 Km de profundidade até ao centro da terra. A velocidade de propagação das ondas P aumenta ao atravessá-lo, o que leva a sugerir que se encontra no estado sólido.