Os Bantu, possuem uma dezena de variantes, com centenas de subgrupos, a sua distribuição abrange a totalidade do nosso território.

Basicamente os Bantu em Angola dividem-se da seguinte forma:

Os Bakongo

Ocupam a maior parte do norte de Angola, limitados pelo mar e pelo rio Kwanza especificamente em Cabinda, Zaire e Uíge.

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Povos agricultores, praticam a escultura concretamente no fabrico de máscaras coloridas, entres eles existem subgrupos que são bons no fabrico da arte sacra e mestres nas manufacturas da mabula, esses povos são conotados como sendo propensos ao misticismos[4], bons no lado do comercial. São povos que as terras encontram-se protegidas pelo espírito dos seus antepassados, Mfumu a Ntota.

Os Kimbundu

Ocupam também uma grande extensão do território nacional, limitados pelo mar e pelo rio Kwanza, localizando-se na parte mais a Leste do Norte de Angola para o Sul médio do Kwanza concretamente nas províncias de Luanda, Bengo, Kwanza Norte, Malange, e partes de Kwanza Sul.

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De uma maneira geral são bons agricultores de subsistência, são bons no domínio dos instrumentos musicais como é o caso do Xilofones[, instrumentos construídos de cabaças. Estes também dominam o artesanato, escultura e em algumas regiões existem povos que são bons arquitectos de obras fúnebres, como campas feitas de pedras.

Na região costeira como é o caso da Ilha de Luanda o povo dedica-se a actividade pesqueira ligado a crenças religiosas como a da Kyanda. Por tanto também foram bons guerreiros, prova disso são os vários Estados que chegaram a constituir.

Os Lunda Tchokwé

 Igualmente vão ocupar um grande e vasto território deste país, estes povos englobam as seguintes províncias Lunda Norte e Sul, Moxico e partes do Kuando-Kubango.

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  Descendentes de caçadores, são povo com uma inclinação para a escultura, bons empreendedores na construção de habitações. Estes tinham um modo de educar um pouco diferente em relação aos outros povos, os rapazes eram educados na Mukanda e as meninas eram educadas na Cikumbi. Este tipo de educação ajudava na transmissão dos valores culturais de geração a geração, caso característico em África. Povo este que conserva acultura na linhagem matrilinear. Este povo também leva jeito para o lado comercial.

Actualmente estão a desenvolver a agricultura e a exploração dos recursos minerais como é o caso do Diamante. Têm como actividade principal a pesca artesanal e a caça.

Os Ovimbundu

Uns dos povos com uma das línguas mais faladas em Angola, estes estendem-se pelas seguintes províncias: Huambo, Bié, Benguela e parte Norte da Huíla.

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Estes povos são bons caçadores em savanas, criador de gado, agricultores com a técnica da charrua puxada pelos bois. Com inclinação na construção de fornos para a fundição cobre, principalmente em Benguela.

Artisticamente eram bons, pois que possuíam escolas de escultura animalista e de múltiplas máscaras utilizadas na iniciação masculina – evamba ou circuncisão. Os Ovimbundu foram também bons construtores de embalas ou muralhas defensivas.

Os Nganguela

Estes encontram-se divididos em dois territórios: na fronteira da bacia do Zambeze até ao Kubangu, mais a maior parte encontram-se no Kuando Kubango.

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Descendentes de caçadores, hoje dedicam-se a agricultura no período chuvoso assim como a pecuária a sua base económica. Também praticam a extracção do mel, pesca fluvial como sustento da sua economia.

Este povo domina a metalurgia com a fundição do ferro, bons na cerâmica negra. Socialmente também possuem os seus ritos de iniciação, para os homens sem este rito não possui o estatuto de Homem.