Por: S.A.C.


Esta ética, tem como maior figura, o filósofo alemão Hans Jonas, díscipulo de Heidgger. Jonas posicionou-se ao favor de uma nova ética voltada para o futuro, esta, estende-se até o campo metafísico ontológico. A ética de Jonas é fundada na responsabilidade entendida como a virtude prudência.

Jonas tenta edificar uma nova ética, como resposta a ética tradicional que ficou ultrapassada. Visto que prometeu está liberto, ou seja, caminhamos para a auto- destruição com esse excesso de poder, não será necessária a entrada em vigir de uma nova ética?

As tecnologias constituem um tema de debate ardúo actualmente, elas são criadas para facilitar ou resolver os nossos problemas. Mas o seu mau uso, ou uso excesso pode deixar lacunas na humanidade. As tecnologias não são um mal para os homens, por isso não há necessiadade de abdicarmo-nos delas. Cabe a nòs saber racionalizar o seu uso. Se as usarmos de forms indevida, corremos o risco de viver numa sociedade de risco como revelenciou o Heinrich Beck.

A ética da civilização tecnológica, ou nova ética, baseia-se na prudência para com o futuro.


Hans Jonas critica as utopias baconiana e marxista, porque estas consideram a tecnologia como forma de realização dos seus ideais. Hans Jonas constata que essas ocultam o lado negativo da técnica moderna, o facto da natureza e o homem terem se tornado objectos da usa prática.

Sendo que a utopia do progresso tecnológico, constituem uma finalidade em si mesma, a humanidade enfraquece a sua capacidade de reflexão ética, porque esta reflexão pode exigir alguma prudência ou mesmo a imposição de freios voluntários.

Segundo Jonas (2006: 51), impor limites e saber mantelos inclusive naquilo do que com razão estamos mais orgulhosos, pode ser um valor completamente nulo do mundo de amanhã. Constatado isto, Jonas propõe um poder sobre o poder, ou seja, alterar a maneira como a ciência e a técnica actuam e o estilo de vida que eleas implementam.

Gilberto Dupas se posiciona de forma similar ao Jonas. Na perspectiva de Dupaz (2006: 74), nâo podemos simplismente negar os beneficios que a evolução da tecnologia ocasiona, pelo contrário, temos que comemorar seu sucesso. Mas, os seus êxitos cautela, devido à ambivalência e magnitude dos novos poderes, “ não há dúvidas que exista progresso na civilização” (JONAS, 2006: 269). Esse progresso pode ser benéfico, mas além de disto, acarreta muitos riscos.

1. Apelo ao princípio de responsabilidade.


As éticas antigas, modernas e até mesmo contemporâneas, até a publicação de “O princício de responsabilidade” não se ocupavam com o estudo dos seres futuros, com o facto de ser nosso dever e responsabilidade preucuparmo-nos com eles. A preucupação era com o que existe, ou por outrs, com o momento.

Hans Jonas propõe aos homens uma nova ética para a civilização tecnologica, que é essa em que vivemos. Busca fundamentar nesta obra, o dever do Homem modern. Para ele, a ética tradicional acontecia dentro dos parâmetros do ser humano, e não afectava as coisas fora do Homem. O Homem não se responsabilizava pela natureza, ela cuidava de si mesma.

2. Mudanças no agir humano.


No entendimento de Jonas, as acçoes do homem voltam-se progressivamento para ele próprio, por isso é importante tomarmos uma acção como mudança de atitude. Com os inevitaveis avanços da tecnologia, o homem passa a ser um mero objecto da técnica moderna.

a morte é um estimulante para a vida e o sério compreende que a ideia da morte, representa um convite à acção” (:2006: 98).


Com isto, Jonas deixa a ideia de que devemos controlar as nossas acções para que elas sejam capazes de garantir a continuidade da vida humana e preservar a natureza para as gerações futuras.
No que diz respeito à qualidade da vida do homem, Jonas diz que depende inteiramente do homens e das suas acções no presente, acções essas que repercutirão no futuro, portanto, o homem tem o dever de cuidar do mundo e não prejudicar as futuras gerações, pois o homem não tem o direito de pôr em perigo a sua própria essência.

As tecnologias, actualmente, são parte da vida humana, sendo que estas, estão quase sempre presente em tudo que o homem faz, auxiliam de modo que a execução das tarefas seja facilitada.

3. Do imperativo Kantiano ao Jonasiano.


A ética ocupava-se somente com o presente. Jonas veio introduzir uma nova visão ética, substituindo a máxima de Kant

 Age de tal maneira que o princípio da tua acção se transforme numa lei universal” (KANT,). Foi modificada para “age de tal maneira que os efeitos da tua acção sejam compatíveis com a permanência de uma vida humana autêntica” (JONAS, 2006:),


Com isso Jonas pretende chamar atenção para que a espécie humana não se auto-destrua, em outras palavras, não devemos pôr em perigo a nossa exisência na terra.

Notas conclusivas:


Chega-se a conclusão de que se pode contribuir para a preservação da nossa espécie. As nossas ações influenciam quer directa, quer indirectamente na natureza, cujas consequências serão sentidas pelas gerações vindouras.

Somente uma consciencialização implementada pela nova ética, pode fazer com que as pessoas adoptem uma nova atitude, atitude esta que é de grande relevo para a proteção do nosso planeta.

Contudo, é importante salientar e reconhecer o valor das tecnologias na vida do homem, tanto que não devemos nós distanciar delas, mas sim temos que controlar o seu uso de modo que elas, no futuro, não se tornem um grande inimigo do homem.

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