A distribuição das espécies faunísticas em vegetais na superficial terrestre depende em grande medida dos factores climáticos, edaficos e topográficos.

Tendo em conta o clima e a latitude podem distinguir se regiões bicromáticas da zona Intel tropical, temperada, fria e de altitude.

Região intertropical

Compreende a região do clima equatorial, tropical e desértica, onde se registam as mais altas temperaturas médias do globo, contrastes pluviométricos, contribuindo para as diferenciações das espécies vegetais e animais.

Região equatorial

A floresta densa localiza-se nas bacias de Congo, Amazonas, Filipinas Indonésia.

É uma floresta sempre verde, com vários estratos: possui árvores de grande porte (atingem 60m de altura e 6m de diâmetro), com raízes curtas e frágeis. Nos trocos desenvolvem-se trepadeiras. Há também espécies de lianas, edificas.

A fauna desta região é constituída por uma variedade de formigas, mosquitos, serpentes, lagartos, cobras, gorilas, chimpanzés, roedores, carnívoros e marsupiais.

Região tropical húmida

Estende-se entre 5o-15o latitude norte e sul, na Venezuela, Colômbia, interior do Brasil, parte oriental de África e Ásia das moções

As formações vegetais caracterizam-se por: pouco denso). A floresta densa é uma floresta de difícil penetração, que se estende aos longos dos rios, atingido algumas vezes não menos de 100 metros de largura.

As árvores são de menor porte e mais distanciadas umas das outras.

As plantas perdem folhas na época seca e as gramíneas desaparecem.

No período das chuvas reaparecem as folhas, a floração e as gramíneas.

A vegetação é exuberante com grandes árvores e lianas. Toma o nome de galeria por o seu aspecto ser parecido com um túnel.

Região de savana

A medida que altitude vai aumentando, o período das chuvas vai diminuindo, bem como, a quantidade de precipitação, condicionando assim repartição da vegetação surge a savana.

Região temperada

Na zona de clima mediterrâneo já não existem formações vegetais naturais, primitivas, dado que desapareceram devido á secular intensa ocupação e acção humana (pastoreio, incêndios e desflorestamento constante) o que deu lugar a garrigue  e maquis.

O garrigue existe em solos pobres e calcário. É mais degradado do que o maquis e constituído por uma formação arbustiva, de pequeno porte, dispersa, constituída por espécies xerófilas.

O maquis existe em solos graníticos ou silenciosos. É uma formação baixa, densa, constituída basicamente por arbustos, muitos deles aromáticos.

Regiões desérticas

O Saara, Austrália, Kalahari e outras, onde praticamente não há nenhuma cobertura vegetal, são alguns exemplos das regiões de clima desértico no mundo.

Em algumas áreas onde o solo permite a infiltração da água, formam-se toalhas de água, possibilitando assim a formação de oásis.

Os oásis são as únicas áreas onde possível uma vida um pouco estável, no interior dos desertos. A água é fornecida por poços e nascentes, criando inesperados jardins nas paisagens mais áridas. A vegetação desértica está adaptada para sobreviver a longos períodos de secura.

A fauna é constituída por mamíferos nómadas, nomeadamente camelos, insectos e répteis; gafanhotos, formigas, tartarugas e aves como falcão, galo silvestres e cuco mexicano.

Florestas de folha caduca

Ocorre no clima temperado marítimo. Nesta floresta podemos encontrar a floresta caducifólia ou de folha caduca. As folhas caem no inverno são pequenas e finas e as copas grandes.

A floresta caducifólia (folha caduca) é constituída por uma variedade de espécies de árvores: carvalhos, falas, choupos, bétulas, etc. Onde se desenvolvem também espécies helióficas (vegetação rasteiras de pequenas gramíneas).

Pradaria e floresta mista

No clima temperado continental, na transição para os climas temperado continental e temperado marítimo localiza-se a floresta mista, constituída pelas florestas de folha caduca e de coníferas (folhas persistentes) e lugares onde se pode verificar uma relativa humidade.

Região fria

A Tundra

A Tundra é uma extensão de terno que só recentemente se libertou dos gelos glaciais, numa época que remonta há 8,000 anos, seja, que corresponde ao fim do último período glaciário.

As condições climatéricas mas amenas das regiões meridionais, que com ela confiam, permitiram o desenvolvimento associação florestal em que a actividade do homem ameaça cada vez mais muito o seu equilíbrio ecológico.

Nesta região, com temperaturas muito abaixo de 0 ⁰C durante o longo inverno, aflora apresenta características próprias tais como:

  • Ausência de árvores ou arbustos, porque o solo permanece com gelo abaixo da superficial da terra, razão que justifica a não formação de raízes, logo a não absorção de nutrientes.
  • A fotossíntese não se realiza devido à ausência de raios solares por longos períodos do ano.
  • A sua superficial é de cascalho, lamacenta ou turfosa, embebida de água ou cheia de acidez sobre a qual aparecem colónias de formação vegetal de vida curta.
  • A vegetação típica é constituída por musgos, líquenes urzes e plantas dos pântanos.

Taiga

A taiga é uma floresta de coníferas caracterizada por uma grande densidade de árvores de grande porte, de folhagem persistente, que dão pinhas com forma de agulhas (xerofitismo) praticamente sem estrato arbustivo e com um espesso estrato de musgos líquenes. É uma vegetação característica do norte da América e Europa, constituída principalmente por pinheiro, aberto, lárice, pinus, picea.

É a floresta mais extensa e contínua do mundo, estendendo-se do continente asiático à Escandinávia, Canadá e ao Alasca, acompanhado os paralelos circundastes.

São poucos os animais que vivem na tundra.

Um exemplo típico é raposa branca.

Na taiga pode destacar-se animais como ursos, texugos, castores, esquilos, alces, renas e lobos. Algumas Alves também se adaptam a estes ambientes, tais como as perdizes, bufos-nivais, cruza-bicos e calhandras.

Nas regiões geladas, a fauna é essencialmente marinha, destacando-se o urso polar, a lontra, a foca e amarsa. Muitos realizam migrações constantes.

Regiões de grandes altitudes

Nas grandes montas, como é o caso dos montes Kilimanjaro, Kénia, Futa, Jalon, Andes e outros encontramos climas de altitude com uma vegetação cujas características variam em função da altitude. Assim, as montanhas apresentam vários andares de associações vegetais.

1 Na base até uma altitude de 1300 metros encontra-se a floresta densa, com dois estratos. As espécies já não são muitas, mas abundam as lianas e epifitas e de forma caduca.

20 – Dos 1300 aos 2800 metros de altitude, predominam uma floresta húmida, constituída por árvores de folha persistente e caduca com apenas um estrato arbóreo. O solo é coberto por musgos e líquenes, na zona temperada (abertos e pinheiros).

3– Entre os 2300 e 3800 metros aparece um matagal. O matagal é constituído por árvores com uma grande concertação nas zonas temperadas que, por vezes, atingem 10 metros de altura. O solo é coberto totalmente por musgos muito altos, com vários metros de altura e nas zonas temperadas por arbustos.

4– Dos 3800 aos 5000 metros de altitude, predominam pradarias, onde existem várias espécies de gramíneas, alguns murgos e líquenes e nas zonas temperadas ocorrem também gramínea rasteiras.

5– Para alem dos 5000 metros nas zonas quentes e 2300 metros nas temperadas, praticamente não existe vegetação. O que predomina são rochas sem nenhuma cobertura vegetal e neve.

Referência bibliográfica

WILSON, Felisberto. Pré-Universitário Geografia 11ª Classe. 2ª Edição. Texto Editores, Maputo, 2017.