Mapas

Segundo Penteado (1994) os mapas são a mais antiga representação do pensamento geográfico. Registros que mostram que eles existiam na Grécia antiga e no Império Romano, entre outras civilizações da Antiguidade. Os primeiros eram feitos de madeira, esculpidos ou pintados, ou desenhados sobre a pele de animais. Suas funções incluíam conhecer as áreas dominadas e as possibilidades de ampliação das fronteiras, demarcar territórios de caça e representar a visão de mundo que esses povos tinham. “Desde sempre, o homem regista o espaço onde vive. Trata-se de uma necessidade social”.

Mapas históricos

Para Pesavento (2005) os Mapas Históricos são mapas antigos, geralmente com uma aparência mais rústica, envelhecida. A maioria deles foi elaborada quando não existiam as tecnologias que temos hoje em dia, por isso alguns são muito imprecisos. Mesmo assim, foram muito importantes em suas respectivas épocas. São muito utilizados, actualmente, para descobrir como as pessoas em outros tempos concebiam o seu espaço. Também são chamados de mapas históricos aqueles que foram produzidos no presente, mas que representam um acontecimento no passado.

Em meio aos documentos visuais disponíveis, podemos considerar os mapas como testemunhos concretos de mentalidades, enfeixando elementos referentes ao imaginário e a cultura de uma época em seu carácter administrativo, político, estratégico e científico. Enquanto uma construção social, ou seja, um documento elaborado com determinado objectivo, os mapas históricos estão permeados por interesses económicos e políticos.

Função Didática dos Mapas Históricos

De acordo com Molina (2005) utilizar mapas históricos em sala de aula envolve o diálogo e o trabalho conjunto com os colegas da Geografia, em que estes aplicariam noções de escalas e representações cartográficas, discutindo sua função e confecção, bem como, sua utilização para esta ciência. Amplia-se esta discussão ao indagar como os mesmos dados são utilizados diferentemente pelo geógrafo, pelo viajante, pelo engenheiro, pela administração política. As representações gráficas indicam não somente os aspectos económicos, políticos e naturais de uma região, mas, podem ser lidas a partir da perspectiva humana utilizada para o levantamento destes dados e principalmente, a ausência de referências, naturais ou humanas, nos chamados “vazios”. Esta consideração nos leva a reflectir sobre o que havia naqueles lugares, quais povos ou pessoas ali habitavam e porque não foram assinaladas.

 As possibilidades de uso dos mapas históricos em sala de aula envolvem não somente lidar com um documento que tem “leituras” de uma época a apresentar, mas também, com os limites de seu próprio traçado: as ausências, as mudanças e as permanências.

Conceito

João (s/d) Etimologicamente a palavra cronologia vem do grego chronos, que significa tempo, mais logos, que significa estudo. A cronologia é uma ciência que tem como finalidade determinar as datas e a ordem dos acontecimentos históricos, descrevendo e agrupando-os numa sequência lógica. No mundo antigo, diferentes sistemas de contagem do tempo foram utilizados, segundo as regiões e a época. Segundo) ʺUma cronologia é uma representação de factos históricos por ordem no tempo.ʺ

Tipos de Cronologia

Para João (s/d) a Cronologia sendo uma representação de factos históricos por ordem no tempo, surgem varias formas de representação dos acontecimentos no tempo das quais, os mais importantes são: Cronologia linear Simples, Barra cronológica e Gráfico do tempo.

Barra cronológica

Segundo João (s/d) ʺChama-se de Barra cronológica, a listagem dos factos por ordem numa tabela que figura o tempoʺ

Exemplo: Europa nos séculos XVII e XVIII

De acordo com Ausabel (1967) a barra da cronologia pode ser mais simples ou mais complexa consoante os factos que se pretendem representar. A sua construção deve obedecer os seguintes critérios:

  • Estipular uma escala por exemplo: 1cm=1 século, consoante os factos que se querem representar
  • Não sobrecarregar o espaço disponível de palavras, espaçar oque se escreve para ser legível
  • Escrever com letras de imprensa
  • Colorir com cores diferentes os vários períodos ou etapas históricas representadas. Usar o preto para linhas e corres contrastantes para indicar o período.

Gráfico do tempo

  • Gráfico de tempo é a representação do tempo e factos numa recta graduada monodireccional. A representação no gráfico de tempo deve obedecer os seguintes critérios:
  • Estipular uma escala por exemplo: 1cm=1 século, consoante os factos que se querem representar

Função didática da cronologia

João (s/d) afirma que ʺA importância dos quadros sincrónicos é de possibilitar o aluno a conjugar e coordenar os acontecimentos no tempo, apercebendo-se sua simultaneidade ou distânciaʺ:

O professor elabora cronologia para:

  • Ajudar a exposição do tema
  • Servirem de guia do tempo para um trabalho dos alunos
  • Serem consultados pelos alunos

Ilustrações

Segundo Guimarães (2004) ilustração é uma imagem utilizada para acompanhar, explicar, interpretar, acrescentar informação, sintetizar ou até simplesmente decorar um texto. Embora o termo seja usado frequentemente para se referir a desenhos, pinturas ou colagens, uma fotografia também é uma ilustração.

São comuns em jornais, revistas e livros, especialmente na literatura infanto-juvenil (assumindo, muitas vezes, um papel mais importante que o texto), sendo também utilizadas na publicidade e na propaganda. Existem também ilustrações independentes de texto, onde a própria ilustração é a informação principal. Um exemplo seria um livro sem texto, não incomum em quadrinhos ou livros infantis.

Função didática das ilustrações

Para Guimarães (2004) Aprender a interpretar símbolos torna-se cada dia mais importante afinal, vivemos na era da tecnologia um tempo em que as informações são constantes, e a todo momento somos bombardeados por notícias e imagens de todos cantos do mundo, nesse contexto ensinar história não pode resumir-se a análises simples e descontextualizada de figuras de livros didácticos, devemos levar nossos alunos a questionar e desconstruir aquilo que eles vêem. Enquanto educadores devemos analisar como o conteúdo que trazemos pode ajudar nossos alunos, procurando saber como eles interpretam a realidade que o cercam.

 

Referencias Bibliográficas

ARENDS, R. I. (2008). Aprender a Ensinar. (7ª edição), Mc Graw-Hill, p. 129

Proença, Maria Cândida (1989).Didáctica da História, Universidade Aberta, Lisboa. P.174-191

CLARK, C. M., & Peterson; P. P. (1986). Teachers’ thought and processes. In M. Wittrock  Ed. Hanbook of Research on Teaching 1986, p255.

FERREIAR. A. Manual da disciplina de Metodologia de ensino e treinamento Universitário,2007.

GONÇALVES. Ana Lavínia da Silva, Ir para fora cá dentro (de casa), a importância das visitas de estudo na aprendizagem de história, Universidade do Porto, 2020.

LEAL. Daniela Filipa Ruas. As saídas de estudo na aprendizagem da Geografia e da História, Porto, 2010.