Constituem questões centrais da ética as seguintes:

  • Virtude e vicio;
  • Felicidade e prazer;
  • Liberdade e determinismo;
  • A questão do bem e do mal

Virtude e vicio

Entende-se por virtude a disposição reflectiva e voluntário e tem em vista praticar o bem e evitando o mal, virtude é pois, a capacidade ou habilidade de dominar situações da vida e os problemas que provem da acção.

A virtude é adquirida na prática da vida, constituem virtudes a: justiça, coragem, prudência e temperança.

Para Platão, a virtude é o conjunto de disposições que continuem para uma vida boa e para ele, a virtude é mesmo que sabedoria, só existe uma virtude ‟a sabedoria” e os restantes são derivados.

A virtude sem sabedoria é acessível a todos, daí o postulado segundo o qual, quem conhece o bem, fará o bem, o vício é uma forma de ignorância, a virtude segundo Platão não se enuncia, ela é descoberta pela reflexão.

Felicidade e prazer

O conceito de felicidade desempenha na ética um papel preponderante como o princípio de bem-aventurança, entendendo o bem-aventurado a perfeição última do ser intelectual, a felicidade espiritual do homem.

Por natureza o homem aspira a felicidade, daí surgem as seguintes questões:

  • Será que o homem deve aspirar a felicidade?
  • Em que consiste a felicidade?

Em resposta a estas perguntas, os representantes da ética utilitarista, afirmam que a aspiração do homem a felicidade é o sentido de toda a acção humana e o bem-aventurança, constitui o mais alto principio normativo de toda a acção humana.

Platão e Kant reconhecem a precedência e virtude à moralidade sobre a aspiração da felicidade e subordinam a bem-aventurança ao princípio de dever.

Jhoston, explica que a felicidade é o único fim da acção humana, a promoção da felicidade é o critério em que toda acção humana deve ser medida, mais afinal, o que é felicidade do homem e em que consiste?

Muitos homens apontam como referência da felicidade, o dinheiro, a riqueza, o prazer, a fama, alegrias espirituais, o gozo, mais Aristóteles entende que o prazer e o gozo, não são virtudes ou felicidade no verdadeiro sentido da palavra.

Liberdade e determinismo

A ética Kantiana, aborda a problemática da liberdade e do determinismo partindo do princípio de que o homem é um ser vivo racional, nisto, a natureza e a razão são 2 (dois) aspectos que o integram. Como ser natural, o homem está como tal como qualquer ser vivo sujeito as condições de espécie (psicológico, geográfico, biológico) que lhe provam da sua auto-disposição, isto é, depende das determinações necessárias causais.

A determinação alheia existe quando o homem se deixa impor no seu querer e se entrega a uma total dependência à factores não determinados por se, de certa forma não é possível ao homem suprir as leis da natureza, determinantes da sua natureza sensorial. Com tudo, é lhe muito bem possível reconhecer esses determinantes como tal e reagir perante eles, ele pode a partir de uma distancia crítica decidir se aquilo que por força da natureza deseja também pode desejar por força da razão, assim sendo, o homem estabelece uma diferença na sua vontade, deixando-se determinar por factos externos ou a de se determinar por se próprio.

Deverá o homem obedecer exclusivamente e cegamente as expressões da sua natureza e as das relações em que vive? Por tanto, é necessário que haja o princípio que exige a cada um a tomar em primeiro lugar contas em relação à satisfação dos seus desejos.

O homem emprega a sua liberdade moral na medida em que se livra das pressões das forças externas e determinar por se o que deseja, assim o homem nem é absolutamente livre no sentido em que não existe uma causa externa que determina a sua vontade e nem é absolutamente determinado no sentido de que a sua vontade seja determinada exclusivamente por factores externos.

O bem e o mal

Moralmente bom é algo que seja bem em se mesmo e não em função a algo deferente.

Como é que o homem na presença do bem pode escolher o mal?

Sempre se procura interpretar a origem do mal a partir das múltiplas formas em que se manifesta como (criminalidade, crueldade, morte, opressão), assim as circunstancias, a sociedade ou diabo, tem sido o tomados como a fonte do mal, mais o autor do bem e do mal é sempre o individuo que deseja o bem ou mal, mas o realiza como um bem para ele. Por tanto, todos as estruturas que procuram transformar a humanidade através da eliminação das condições do mal, isto é, procurando as condições do mal fora do homem, estão eticamente falhadas pós deve-se eliminar o mal a partir do elo humano e podem inverter os princípios à condição do bem e do mal, é a liberdade do homem.

Então, uma mudança para um estado melhor só será possível através da educação moral do homem.