A agricultura surgiu em tempo histórico em resultado de fenómeno demográfico. Ficou mais trabalhoso e arriscado a disputa de terras, começou a exigir a demarcação e defesa de território, a sedentarização criou raízes e suscitou uma mudança de paradigma, através da agricultura e domesticação de animais.
Á medida que a população mundial crescia (também em resultado de dietas mais ricas, proporcionadas pela agricultura),a própria agricultura teve que acompanhar os ritmos de crescimento, através de melhoramento genético para aumento da productividade, introdução de novas tecnologias productivas (adubação) para a eficiência e eficácia de processos productivos, conservação e processamento de alimentos para melhorar a sua durabilidade transporte e consumo.
O maior potencial agrário das zonas Centro e Norte de Moçambique não é ainda devidamente explorado; além das infraestruturas, há características e dinâmicas sociais e económicas que afectam e constrangem, ou impulsionam, a incapacidade de aproveitamento e desenvolvimento do potencial agrário natural dessas zonas.
Zonas verdes
As zonas verdes ajudaram e continuam a ajudar a solucionar os problemas de fluxo migratório, do crescente índice de desemprego urbano, inflação de preços de alimentos e carências alimentares.
Paralelamente e, com uma extensas zonas verdes, a produção nos quintais e terrenos baldios, ajudou a minimizar as crises sociais, económicas das famílias, promovendo o cultivo de hortaliças, frutas, milho, mandioca e feijão e a criação de animais de pequeno porte, para consumo domestico e mercados próximos.
Hoje a agricultura urbana e praticada por cerca de 800 milhões de pessoas por todo mundo em horticultura, pecuária, aquacultura, floricultura e silvicultura, comprimindo uma complexa e diversificada rede de responsabilidades como segurança alimentar, economia, lazer, educação socialização, ordenamento urbano e ambiental.
Na projecção que se faz do futuro dos sistemas alimentares, a agricultura rural é colocada numa posição promissora os espaços urbanos mereceram uma melhor qualificação e utilização, sendo alguns espaços nobres destinados a agricultura. As novas revolucionariam técnicas de agriculturas ganharam.
Para além de ajudar a aumentar a disponibilidade de alimentos, permite um melhor aproveitamento de mão-de-obra ociosa urbana, gera economias altamente remuneradoras, favorece o aparecimento de economias de proximidade, melhora a eficiência na utilização de insumos, facilita o transporte e armazenamento, promove um melhor aproveitamento dos espaços e regista índices de productividade inalcançáveis em ambientes menos controlados. Ajuda também na gestão de resíduos urbanos que amontoam em ritmo galopante, Possibilita a reciclagem de matéria orgânica através da compostagem.
Agricultura antes da independência
A agricultura no período colonial manteve-se subdesenvolvida pois a grande maioria da população manteve-se no campo produzi do apenas com enxadas de cabo curto. No entanto o subdesenvolvimento da agricultura fora planificado para servir os interesses da acumulação primitiva de capital através da extração do excedente económico dos camponeses, sob forma de forca de trabalho para produção de mais-valia, ou sob forma de produção de produtos dos camponeses comprados a preços de “banana” muito baixos.
A agricultura no período colonial era praticada de uma forma muito precária, em condições completamente desumanas. Eram utilizados instrumentos rudimentais tas como a enxada de cabo curto, e para mais e eficiência eram obrigados a recorrer a atracão animal. Na falta destes animais os próprios homens eram obrigados a desempenhar o papel dos animais “eles próprios eram obrigados a puxar charrua”. E para irrigação dos campos agrícolas os camponeses dependiam somente da chuva, utilizavam a irrigação a sequeiro. Por falta de fertilizantes a única opção que eles tinham era a adubação verde.
Agricultura depois da independência
O Governo de Moçambique, tendo em conta as lições do passado tomou medidas concretas de suporte ao sector agrário, optando em apostar no potencial existente, de modo a transformá-lo em fonte de riqueza, com vista à melhoria do bem-estar da população e do desenvolvimento sócio-económico do País.
No período pós-independência, o País apostou na intensificação e modernização da produção agro-pecuária e florestal com o uso de fertilizantes, pesticidas, semente melhorada, inseminação artificial e maquinaria, tendo realizado as seguintes acções:
1) Criação de empresas estatais de produção agro-pecuária tais como (CAIA, CAIL, CAPEL, Avícola E:E, Gado de Corte e Leite, IFLOMA e Mecanagro.);
2) Criação de empresas especializadas para a comercialização (Agricom, Gapecom, Hortofrutícola, etc.);
3) Movimento das cooperativas de produção agrícola;
4) Desenvolvimento do sector nacional de sementes (SEMOC);
5) Contratação de técnicos estrangeiros;
6) Envio massivo de estudantes nacionais para formação especializada no estrangeiro (Cuba, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, Bulgária, Alemanha entre outros países);
7) Reforma dos curricula do ensino técnico agrário orientada para responder às necessidades do sector produtivo;
8) Forte investimento público na irrigação (hidráulica agrícola) – Hidromoc e Secretaria de Estado de Hidráulica Agrícola.