BRITO (2014) diz que, o Acordo geral da Paz (AGP) foi Assinado em Roma, ao 4 de Outubro de 1992, que envolveu Joaquim Alberto Chissano, Presidente da República de Moçambique, e Afonso Macacho Marceta Dhlakama, Presidente da RENAMO, encontrando-se em Roma, sob a presidência do Governo italiano, na presença do Ministro dos Negócios Estrangeiros da República Italiana, Emílio Colombo entre outros.

Durante muitos anos o Acordo Geral de Paz (AGP) foi considerado um bom acordo e Moçambique um caso exemplar de pacificação. Porém, esta visão optimista foi construída ignorando uma série de sinais e acontecimentos que ameaçavam a estabilidade precária vivida durante um pouco mais de vinte anos e, de alguma maneira, prenunciavam o retorno a uma situação de violência.

A primeira tentativa de resolver o conflito armado que opunha o governo da Frelimo à Renamo não teve sucesso e aconteceu em 1984, quando foi negociado o Acordo de Nkomati com o governo sul‑africano.

Depois de várias tentativas de aproximação e mediação, particularmente intensas durante o ano de 1989, foi só no ano seguinte que se iniciaram as conversações directas que iriam culminar com a assinatura do Acordo Geral de Paz em Roma.

 A cronologia é fundamental para se compreender que as conversações e o acordo foram em grande medida determinados pelo contexto internacional e regional e que o AGP foi mais o fruto do esgotamento das duas forças e da sua incapacidade para continuar a guerra no contexto do fim da guerra fria, do que o resultado de uma vontade genuína de negociação e de criação dos mecanismos para a solução das diferenças.

Referencias Bibliográficas

ASTILL-BROWN, Jeremy. Moçambique Equilibrando o Desenvolvimento, a Política e a Segurança. 2010

BRITO, Luís de. Uma Reflexão Sobre o Desafio da Paz em Moçambique. 2014.