Reforço de Pastagens Naturais

A fertilização da pastagem natural enfatiza a limitação genética no aumento do rendimento. Onde as espécies que têm maior rendimento que as existentes. Só dá resultados onde a precipitação e o regime de humidade do solo não sejam limitantes. Raramente se encontram pastos naturais em solos muito férteis em zonas de alta precipitação. Por isso a fertilização da pastagem tem que se combinar com rega (zonas áridas) ou adubação (zonas de alta precipitação). A rega não é normalmente económica em pastos naturais. Neste caso, fertilização é normalmente praticado em zonas de alta precipitação, com adubação.

  • Zonas aptas para reforço são as que recebem no mínimo 500–600 mm/ano, dependendo da evapotranspiração.

Procedimentos de sementeira:

  • Não há um procedimento padrão, mas em todos os casos a semente deve ser de uma espécie superior, quer a sementeira seja a lanço, quer seja por “drilling”.
  • Quando a semente é lançada sobre a vegetação existente o processo chama-se “overseeding” (sobressementeira).
  • Quando a sobressementeira é feita por “drilling”, o processo chama-se “overdrilling”.
  • O “overdrilling” sobre pasto chama-se “sodseeding”.

sobressementeira pode ser manual, em que se pode usar vários implementos, incluindo distribuidores de adubo mecânica ou aérea quando se esta em zonas de difícil topografia.

sobressementeira pressupõe o uso de queimadas, monda ou pastoreio e requer muita semente. Pode também requerer uma preparação especial da semente (“pelleting”) e perturbação do solo. O sodseeding pode envolver maquinas que combinam a perturbação da vegetação com o lançamento da semente.

Qualquer dos métodos de sementeira resulta em problemas de maneio por estarem envolvidas espécies nativas (pouco produtivas) e espécies melhoradas. Os animais tendem a seleccionar as espécies introduzidas por estas serem geralmente palatáveis. Por isso o maneio de pastoreio tem de recorrer a sistemas que permitem optimizar a utilização destas espécies.

Adubação de Pastagens

A fertilização em pastagens visando corrigir ou melhorar teores de elementos como Nitrogénio, Fósforo e potássio nos solos é uma questão bastante delicada e às vezes controversa. Esse facto é devido à grande diversidade de forrageiras existentes que diferem sobremaneira entre si, não permitindo que somente uma recomendação geral seja válida para qualquer espécie. Outra causa é a grande variação no maneio utilizado em cada local que tende a modificar os teores dos elementos no solo.

A forma de aplicação de adubos depende do método de sementeiro adoptado. No caso de sobressementeira, o adubo é aplicado através de um distribuidor. Se a semente for embalada com adubo, a aplicação do adubo pode ser retardada. Porem, em gramíneas não é possível fazer o “pelleting” por este afectar a germinação. No caso de sodseeding a aplicação da semente e do fertilizante são simultâneas.

Independentemente do método de sementeira a pastagem resultante é de relativamente de baixa produção. Por isso o reforço tem que ser o mais barato possível.

Alguns procedimentos aplicados no reforço das pastagens podem apresentar alguns efeitos não benéficos para a vegetação e para solo:

  1. Adubação azotada pode enfraquecer as espécies pioneiras;
  2. A queimada retarda o crescimento da vegetação existente;
  3. escarificação do solo e o sodseeding perturbam a vegetação existente e o solo.

 

Referencia bibliografia

TAINTON, N. Veld Management in South Africa.University of Natal Press. South Africa. 1999. pp. 61-62