Os Pastos Cultivados complementam os Naturais, contribuindo para: Produção animal (carne, leite, fertilidade, lã, etc.): Jogam papel estratégico na época seca e para certas classes de animais. Rotação com culturas (exemplo capim Rhodes/tabaco, no Zimbabwe) Reciclagem de nutrientes, melhorando a fertilidade do solo; Protecção do solo (exemplo, gramíneas de época fresca em campos de amendoim em Alabama, várias gramíneas usadas na protecção de zonas declivosas); Provisão do habitat para a fauna bravia. Melhoramento da qualidade de água Fixação do CO2 (atenua o efeito de estufa).Estética paisagística.

Pastagem cultivadas são pastagens estabelecidas é a arte e ciência de produzir pastos no campo de produção. A produção de pastos envolve altos custos, e para maioria dos criadores Moçambicanas, não seria seria sustentável, porque não estão voltados para o negócio.

Os cuidados da selecção das espécies tolerante a pragas e doenças, que se adaptam a qualquer clima, e que apresentam um bom desenvolvimento no seu ciclo.

Características de estabelecimento: facilidade de setabelicimento, palatabilidadede, duração da fase vegetativa, resposta a adubação, tolerante a seca, uma boa resposta de adubação, rendimento da matéria seca, um valor nutritivo alto. Adubação espécie melhorada eles vão se desenvolver melhor e rápida enquanto as naturais não vão se desenvolver.

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Pastos Cultivados em Moçambique:

Época seca em Moçambique limita a produtividade das pastagens naturais

  • Animais perdem a condição e a produtividade nesta época (perdas de peso, baixa produção de leite, mortalidade dos animais, baixas taxas de concepção e baixos rendimentos nos animais de tracção).
  • Muitos animais são criados no sector familiar, mas este não tem a tradição de cultivar pastos (economia de subsistência!).
  • A Área de criação de gado é a Zona Sul do País (Maputo, Gaza e Inhambane)
  • Historicamente os pastos cultivados foram para o gado leite, mas agora houve uma queda do sector leiteiro.
  • Existe potencial para engorda estratégica com base em gramíneas de época fresca, mas ainda há necessidade de estudos.
  • Há necessidade de avaliar o potencial das culturas de múltiplo propósito

Amanhos culturais são todas as práticas actividades fitossanitárias que são feitas numas determinada produção deste a sementeira ate a sua recolha.

Principais amanhos culturais: rega, poda, desbaste, monda, controlo de infestante, pragas, doença, sancha, adubação, controlo fito-sanitario, eliminação de infestantes, dormência é um período no ciclo devida de um organismo no qual o desenvolvimento é temporariamente suspenso ou dormência da semente é o tempo que a semente leva para germinar e mesmo assim. Não germina mesmo tendo todas as condições necessárias para a sua germinação ela não germina.

Semente de gramínea: semente é composta de endosperma e embrião. O último é que se desenvolve em planta adulta. A camada mais externa do endosperma, a camada de aleurona, contém lípidos e reservas de proteínas.

Estabelecimento de um programa de pastos cultivados e forragens

Como estabelecimento, entende-se a concretização efectiva da pastagem no campo. Deve-se ter sempre como base de todas as considerações a serem feitas, que a pastagem constitui uma unidade dinâmica e que 103 todos os processos realizados para sua formação, maneio e manutenção são determinados por este dinamismo.

Numa pastagem, estabelecida ou em processo de estabelecimento, em relação ao crescimento, habito, aceitabilidade, diferenças de fertilidade do solo, etc., praticamente não existem duas áreas idênticas. Assim sendo, a fertilidade do solo é um factor dos mais importantes que determina o crescimento das forrageiras. A região ecológica onde vai ser implantada uma pastagem é outro ponto relevante e nele devem serconsideradas, além de outros factores, a temperatura, a pluviosidade, a altitude e a latitude locais. A temperatura é um dos tópicos principais a serem considerados aquando da escolha das forrageiras e como uma ela muda tanto em função da altitude como latitude do local, tais factores também aparecem como ecologicamente significativos para a eleição das plantas que formarão o complexo “pastagem”. Portanto, o estabelecimento de pastagens é arte e ciência ao mesmo tempo. Por isso, não há uma receita universal.

Considerações sobre semente e sementeira

Sementes de forrageiras: são, geralmente, pequenas e com poder germinativo baixo. Impõem-se cuidados especiais na preparação da cama de sementeira, a fim de assegurar uma boa
germinação e estabelecimento.

Data de sementeira: As datas de sementeira podem variar consoante a zona agro-ecológica. Condições de tempo podem contribuir para o atraso da sementeira. É sempre recomendável fazer a sementeira o mais cedo possível dentro do período recomendado.

Preparação final da cama de sementeira: Para além de aplicar calcário e adubos, a cama de sementeira deve ser relativamente firme. Isto é particularmente importante para leguminosas de pequena semente como a luzerna e estilosantes. A preparação pode envolver lavouras, gradagens, nivelamento (já sabem da cadeira de Agricultura Geral ou Introdução à Agricultura).

Técnica de Sementeira: Pode-se usar vários meios como semeadoras giratórias, semeadoras de grão, semeadoras em faixas, enxadas, etc., dependendo do tamanho da semente e da topografia do terreno. Seja qual for o meio usado, deve se assegurar que a semente seja colocada a devida profundidade. Em sementes de leguminosas inoculadas deve se tomar o cuidado de o inóculo não ficar exposto ao ar ou em contacto com o adubo para evitar que seja danificado.

Estabelecimento por via vegetativa: Usa-se para espécies que não produzem semente viável como os híbridos do capim bermuda (Cynodon dactylon) ou que a produzem em pequena quantidade, como o capim elefante (Pennisetum purpureum). Para este método, é necessário que haja um viveiro mantido livre de ervas infestantes, pragas e doenças. Muitas das causas para o fracasso na sementeira por via vegetativa, tanto no viveiro como no campo, são as seguintes:

  • Plantação quando a humidade do solo não é adequada;
  • Uso de material vegetativo de baixa qualidade (seco);
  • Densidade de plantação baixa;
  • Plantar à alta profundidade;
  • Falta de bom contacto do material vegetativo com o solo;
  • Controle inadequado de ervas infestantes.

Semente de relativamente boa qualidade deve ser sempre usada. Os custos de semente são uma pequena porção dos custos totais de estabelecimento. Por isso, uso de semente barata e de baixa qualidade não é economicamente viável.

Qualidade de semente

Germinação: Percentagem de sementes capazes de produzir plantas sãs quando postas em ambiente favorável Semente pura: Representa a espécie e a variedade indicada na etiqueta. Semente de outras culturas: Percentagem de sementes que são de outras espécies. Sementes de ervas infestantes.

Preparação da semente

Escarificação: É geralmente feita em leguminosas para remover a capa que impede a absorção de água, com vista a iniciar a germinação. Pode se fazer por meios químicos, físicos e mecânicos.
Inoculação: É um tratamento que é feito com bactérias do género Rhizobium à semente de leguminosas, para aumentar a modulação.

Sementeira: apesar das recomendações gerais sobre as taxas de sementeira poderem estar disponíveis, circunstâncias há que podem ditar que estas sejam alteradas. Uma das causas pode ser a qualidade da semente. Muitas taxas de sementeira são feitas assumindo que o poder germinativo é alto, isto é, baseadas em semente de boa qualidade. O método de sementeira é dos factores que determinam o sucesso no estabelecimentoEm geral usa-se um pouco menos de semente quando a sementeira é a jorro, do que quando é a lançoSementeira aérea (por avião ou helicóptero) pode justificar que se duplique a taxa de sementeiraQuando se faz sementeira de espécies em mistura é recomendável que se use, para cada espécie, metade ou dois terços das quantidades recomendadas em cultivo puro.

 

Referência bibliográfica

VALLENTINE, J.1990. Grazing Management. 2ª edition. Academic Press. 102 -108.