Autor: Franklim de Manguião As queimadas descontroladas no caso Moçambique tem sido uma preocupação gigantesca que até de certa forma alimenta imensos debates. Entende-se por Queimadas descontroladas um tipo de actividade que envolve o uso de fogo sem controlo sobre qualquer forma de vegetação. Entretanto, sabe-se muito bem que mais de 90% dos incêndios florestais em Moçambique são causados pela força humana, isto é, uma prática consumada pela população local. Segundo o projecto de Competências Técnicas para o Emprego em Moçambique (CTEM) defende que estima-se que entre 6 a 10 milhões de hectares de florestas são queimadas anualmente a nível nacional. Adicionalmente, muita praticas desta natureza tem acontecido principalmente nas épocas de verão em que muitas áreas extensas e árvores são devastadas pelo fogo. Uma Agência de noticiosa Alemã, conhecida como DW em 2018 anunciava que no ano passado as queimadas descontroladas destruíram 10.000 hectares de florestas na província de Sofala, província de Inhambane e igual número considerável na província da Zambézia. Tais praticas, além de aumento de zonas habitadas pelo homem, também são motivadas por fins agro-pecuárias por um lado, como exemplo concreto, a população por possuir áreas extensas para cultivo e por incapacidade de força de cultivo opta por queimar como forma de facilitar o processo ou mesmo para a prática da caça furtiva e isso faz com que devaste várias áreas florestais provocando prejuízos. E por outro lado, por fins económicos, por exemplo o desmatamento ou abate das árvores, como referenciava no ano de 2015 a DW também informava que os ambientalistas consideravam que 40 mil hectares estavam a desaparecer nos distritos de Nicoadala, Namacurra e Mocuba por causa de fabrico de carvão vegetal como sendo uma alternativa rentável para jovens e adultos desempregados, como estudo feito na província da Zambézia em particular. No entanto, as florestas constituem um tesouro enorme para as comunidades locais – de modo específico - sendo um lugar onde se pode praticar actividades sustentáveis a população, isso implica dizer que a não valorização e conservação pode acarretar consequências nefastas que pode serem notáveis ao andar do tempo. Numa outra perspectiva, a CTEM considera que as queimadas descontroladas são fontes de emissão de gases que contribuem para as mudanças climáticas global e degradação dos recursos naturais. Portanto, a falta de chuva origina um fenómeno de seca prologada que pode provocar perca de área de cultivo (campos agrícolas), pastagem de Gado ou mesmo o fenómeno de fome. Pode também provocar o empobrecimento do solo, perecimento de várias zonas de conservação da biodiversidade (Florestas e Faunas) que são grandes zonas de concentração turísticas e arrecadação de fundos para o desenvolvimento local assim como do país. [Queimadas descontroladas in textos expos