Behaviorismo, este termo foi inaugurado pelo Americano Johon B.Watson. Esta teoria defende que determinadas condições, determinados estímulos do meio ambiente podem produzir determinados comportamentos.
Neste sentido, considera que se pode estabelecer uma ligação entre uma determinada situação, condição ou estímulo e o comportamento do indivíduo.
Percursores da teoria Behaviorista
Johon B. Watson
John B. Watson
Watson diz que a aprendizagem é o resultado de um processo de condicionamento segundo o qual determinadas respostas ou reacções são associadas a determinados estímulos e considera que todas as formas de comportamento podem ser aprendidas. Diz Watson que nós podemos observar no comportamento, o que o organismo diz ou faz.
Watson se intitula o fundador do behaviorismo, sob a influência do positivismo, rejeita a consciência e o subjectivismo e considera que a matéria de interesse da psicologia é o comportamento humano, defendendo, consequentemente, a pesquisa experimental. Watson considera ilógica qualquer tipo de introspecção e propõe, por analogia com a medicina, a química e a física, a abolição do vocabulário científico de termos tais como “sensação, percepção, imagem, desejo, propósito, e até pensamento e emoção conquanto definidos de forma subjectiva.
O principal pressuposto da teoria é que a aprendizagem em geral, é sinónimo de formação de hábitos e seus princípios que são:
- A aprendizagem acontece através da repetição a estímulos;
- Os reforços positivos e negativos têm influência fundamental para a formação dos hábitos desejados;
- A aprendizagem ocorre melhor se as actividades forem graduadas.
Ivan Pavlov (Teoria do condicionamento clássico)
Ele diz que aprendizagem é um processo de desenvolvimento de reflexos condicionados que se obtêm substituindo estímulos não condicionados por estímulos condicionados. Pavlov na sua teoria destaca alguns termos a seguir destacados:
- Eliciar: Provocar uma resposta automática. Dado um estímulo tem-se uma resposta.
- Emparelhamento: Associação de estímulos. Para o condicionamento, usa-se normalmente um estímulo aliciador em conjunto com um estímulo neutro.
- Estímulo incondicionado: Evento que elicia naturalmente uma certa resposta reflexa. Tal estímulo não necessita de nenhuma história de pareamento vivida por um indivíduo para provocar o reflexo. Por exemplo, a irritação nasal (estímulo incondicionado) causa naturalmente o espirro (resposta reflexa ou reflexo incondicionado).
- Estímulo neutro: Evento que não provoca nenhuma espécie de resposta reflexa.
- Estímulo condicionado: Estímulo inicialmente neutro, que passa a eliciar uma resposta reflexa a partir de uma sucessão bem sucedida de pareamento. Um estímulo neutro, depois de ser emparelhado um número suficiente de vezes com um estímulo incondicionado, passa a eliciar a mesma resposta que este, podendo substituí-lo.
Eduard Thorndike (Teoria da aprendizagem por ensaio e erro)
Thorndike foi o pioneiro das tentativas para compreender a aprendizagem dos animais através da realização de experimentos. Para ele, aprender consistia em estabelecer uma conexão entre uma resposta e a produção de situação agradável, e que a repetição de um ato que causava um resultado agradável aumentava a probabilidade de ocorrência deste ato, nascendo deste modo a Lei do Efeito.
Para este a aprendizagem é sinónimo de resolução de problemas de vida. Com base neste conceito de aprendizagem, ele postulou 3 leis:
A lei do efeito: a conexão entre o estímulo e a resposta é reforçada ou enfraquecida consoante a satisfação, sua ausência ou aborrecimento que acompanha;
A lei do exercício ou frequência: a repetição só conduz a aprendizagem quando acompanhada de resultados positivos;
A lei da maturidade específica: é preciso que o organismo esteja preparado para que se estabeleça uma conexão entre o estímulo e a reacção.
Burrhus Frederic Skinner (Teoria do condicionamento operante)
Considera a aprendizagem como uma forma de condicionamento que pode ser operante ou instrumental em que uma resposta a um determinado estímulo é recompensada, ele também estudou as condições em que as reacções podem ser reforçadas, e as dividiu em 4 a saber:
Reforço positivo: as reacções que são recompensadas têm tendência a ser repetidas;
Reforço negativo: as reacções que libertam o organismo de uma situação penosa têm tendência a ser repetidas;
Extinção: as reacções que não são recompensadas têm tendência a desaparecer;
Castigo: as reacções que conduzem a consequências indesejáveis ou penosas têm tendência a ser suprimidas.
Skinner por sua vez define comportamento verbal como “um comportamento reforçado pela mediação de outra pessoa”. Sua tese central diz que “Em todo comportamento verbal há três eventos importantes a serem considerados: um estímulo, uma resposta e um reforço”. Skinner fez uma distinção entre dois tipos de comportamentos:
O comportamento respondente é automaticamente provocado por estímulos específicos como, por exemplo, a contracção pupilar mediante uma luz forte;
O comportamento operante, no entanto, não é automático, inevitável e nem determinado por estímulos específicos. Assim, uma criança adquire comportamento verbal quando suas vocalizações começam a ser reforçadas ao produzirem consequências em uma dada comunidade verbal.
A essência da teoria do Skinner é o Comportamento Verbal.
Edward C. Tolman
Tolman diz que a aprendizagem pode ser classificada como uma abordagem behaviorista intencional, pois, diferentemente da linha behaviorista clássica, se ocupa muito mais de variáveis intervenientes do tipo cognições e intenções, dos chamados processos mentais superiores do que de estímulos e respostas.
Essências da teoria Behaviorista
- Comportamento humano.
Princípios Psicopedagógicos da teoria Behaviorista
- Definir com a maior exactidão possível, os objectivos finais da aprendizagem;
- Analisar a estrutura das tarefas de modo a determinar os objectivos de percurso;
- Estruturar o ensino em unidades muito pequenas de forma a permitir um melhor condicionamento do aluno e conduzi-lo através de experiências positivas de aprendizagem;
- Apresentar estímulos capazes de suscitar reacções adequadas.
Críticas da Teorias Behavioristas
- Concentram-se nos comportamentos externos, nos resultados finais obtidos e descuram os processos internos;
- Perdem a visão de conjunto da tarefa de aprendizagem, esta teoria não trás significados.
- Relegam o educando para um plano inferior, despersonalizando-o, considerando-o como um passivo, moldável, dependente do educador que o leva a atingir um fim previamente estabelecido.