À semelhança dos gregos Homero e Hesíodo, de mitos de origem recolhidos por Virgílio que os poetizou na Eneida como um elemento do programa ideológico desenhado por Augusto.  Até às guerras púnicas a recompilação dos principais sucessos ocorridos estava a cargo dos pontífices, sob a forma de crónicas anuais.

Os historiadores (quer romanos quer gregos) acompanharam os exércitos nas campanhas militares, com o objectivo declarado de preservar a sua memória para a posteridade recolhendo informações úteis e justificando as suas acções de uma forma cronica.

Cícero (106-43 AC) defendeu a incorporação de elementos retóricos às narrativas históricas, sem os quais o registro dos acontecimentos passados não teria utilidade pública.

Júlio César com o seu “Commentarii Rerum Gestarum”, acerca de duas das maiores operações militares que conduziu, as Guerras da Gália (58–52 a.C.) (De Bello Gallico) e a guerra civil (49–48 a.C.) (De Bello Civili).

Políbio (203-120 aC), representa na historiografia Romana, o prolongamento das tendências racionalistas da Historiografia grega. Político e militar de origem grega, Políbio foi levado para Roma no âmbito das conquistas romanas. Quando o mar mediterrâneo parra a ser um lago romano e o contacto que este mar permite e ao mesmo tempo suscita entre as populações ribeirinhas assim como a vastidão do mundo politicamente integrado pelos romanos, forneceram a Políbio o primeiro modelo de universalidade do Homem e a primeira justificação para uma história de carácter universal.

Políbio preocupou-se não apenas com aquilo que muda, mas também com aquilo que permanece, com aquilo que ciclicamente se repete. Aplicou a história de modelo de ciclo. Foi graças a concepção cíclica que a História é concebida como conhecimento do geral, daquilo que se repete e como tal daquilo que obedece as leis e é susceptível a previsão.

Tito Lívio (59 a.C.–17), com os cento e quarenta e dois livros de “Ab Urbe Condita”, divididos em grupos de dez livros, conhecidos como “Décadas”, actualmente perdidos em sua maior parte, escreveu uma grande História nacional, cujo único tema é Roma (“fortuna populi romani”), e cujos únicos actores são o Senado e as pessoas de Roma (“senatus populusque romanus”, SPQR). O seu objectivo geral é ético e didáctico; os seus métodos foram os do grego Isócrates do século IV a.C.: é dever da História dizer a verdade e ser imparcial, mas a verdade deve apresentar-se de uma maneira elaborada e literária.

Tácito (55–120), o grande historiador do Império sob os Flávios, é, acima de tudo, um investigador das causas.