Para construção da identidade Social do aluno, se privilegia uma perspectiva construtivista na aprendizagem da didáctica, o que remete para o papel do professor concebido não como mero transmissor do saber, mas como facilitador e gestor das aprendizagens e mobilizador dos recursos. Esta concepção exige dos alunos uma participação activa na construção do seu conhecimento, o que tem levantado algumas reacções iniciais.

Portanto, percebe-se que o autor faz referência à prática pedagógica do educador transformador, que adopta uma metodologia construtivista em sala de aula possibilitando aos alunos uma interacção dialógica, favorecendo um ensino aprendizagem mais dinâmico e inovador. Espera-se que o professor seja capaz de atribuir aos discentes um carácter crítico e reflexivo a partir do seu papel individual e social.

A educação por meio de seu carácter formador consegue de certa forma dominar a sociedade, que está cada vez mais exigindo da população qualificação, mas para que esses objectivos sejam alcançados é fundamental que todos tenham acesso a essa educação e aqueles que já têm esse acesso não fique na mera reprodução desses conhecimentos. Desse modo torna-se necessário que os profissionais, principalmente os professores dêem continuidade a sua formação para que esses possam contribuir significativamente na formação do educando.

Recursos didácticos que auxiliam o desenvolvimento das Capacidades no Ensino de História:

Os recursos didácticos (ou de ensino) são componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem à estimulação para o aluno. Tradicionalmente esses recursos são classificados da seguinte maneira:

  • Recursos visuais – projecções, cartazes, gravuras;
  • Recursos auditivos – rádio, gravações;
  • Recursos audiovisuais – cinema, televisão.

Porém, nem essa, nem outra qualquer classificação é universalmente aceita. Todas são muito arbitrárias, pois sabemos que as expressões sonoras, verbais e visuais se complementam. Uma classificação que, apesar de muito ampla, se aproxima mais da realidade é a seguinte:

Recursos humanos:

  • -Professor;
  • -Aluno;
  • -Pessoal escolar;
  • -Comunidade.

Recursos materiais:

-Do ambiente natural – água, rocha, etc;

-Do ambiente escolar – lousa, giz, cartazes, etc.;

-Da comunidade – bibliotecas, indústrias, lojas, etc. Essa classificação tem a vantagem de incluir os recursos da comunidade, o que contribui para diminuir a distância entre a escola e a realidade em que ela se insere.

O uso adequado dos Recursos Didácticos

De acordo com LIBÂNEO (1994), o uso adequado dos recursos didácticos ajudam o professor/a a:

  • Motivar e despertar o interesse dos alunos;
  • Desenvolver a capacidade de observação nos alunos;
  • Aproximar o aluno da realidade; 
  • Visualizar conteúdos da aprendizagem;
  • Facilitar a fixação da aprendizagem;
  • Ilustrar noções abstractas;
  • Desenvolver a experimentação concreta.

Relação Professor – aluno no desenvolvimento das Capacidades no Ensino de História:

O processo educativo esta relacionado aos conhecimentos individuais e colectivos, levando em consideração a realidade social do aluno na construção de um ensino aprendizagem qualitativa, a fim de proporcionar aos mesmos uma utilização desses conhecimentos no seu quotidiano. Actividade docente requer do professor compromisso e reflexão de sua prática, onde o mesmo faça uma relação entre conhecimento e à realidade social do aluno, sabemos que a escola é o principal ambiente de ensino sendo o professor o facilitador no processo educativo.

Portanto, é fundamental que a interacção entre professor e aluno seja agradável e com respeito mútuo, facilitando assim o desenvolvimento cognitivo dos alunos respeitando o conhecimento que elas apresentam, fazendo com que os mesmos se sintam motivados a aprenderem de uma maneira dinâmica e prazerosa. O ensino e aprendizagem de História estão voltados, inicialmente, para actividades em que os alunos possam compreender as semelhanças e as diferenças, as permanências e as transformações do modo de vida social, cultural e económico de sua localidade, no presente e no passado, mediante a leitura de diferentes obras humanas.

Contudo, a relação professor/aluno depende, fundamentalmente, do clima estabelecido pelo professor, de sua capacidade de ouvir, reflectir e discutir o nível de compreensão dos alunos, deixar que os mesmos contribuam com opiniões, pontos de vista durante as aulas, gerando uma ponte entre ambos os conhecimentos. Nesta relação, o professor deve buscar, também, educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade de expressão numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão consciente de seus deveres e de duas responsabilidades sociais.

O bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas.

A actividade de ensino e aprendizagem consiste na apropriação dos conhecimentos pelos alunos, como realizar o ensino de forma que os alunos compreendam/aprendam a estruturação das tarefas de aprendizagem e os contextos socioculturais e institucionais onde se realiza o ensino. É necessário que o professor tenha conhecimento e domínio da matéria a ser ministrada, a relação entre prática e teoria que lhe proporcione um suporte e conhecimentos das realidades particulares de seus alunos e de suas práticas socioculturais e institucionais.