A ilha da Irlanda, sob domínio britânico desde o século XVI, foi integrada ao Reino Unido no começo do século XIX. As lutas pela independência da ilha intensificaram-se no começo do século XX, culminando com a constituição do Estado Livre da Irlanda, em 1922. Esse Estado, que acabou dando origem à República da Irlanda, era composto pelos condados (unidades administrativas) situados na porção meridional da ilha, nos quais a grande maioria da população era e é até hoje católica romana.

A Irlanda foi a colónia inglesa que mais contribuiu para a grandeza da metrópole. Os irlandeses, junto com os negros que eram vendidos como escravos, foram vítimas do sistema que levou a Grã-Bretanha hegemonia mundial. Os ciclos económicos da Irlanda variavam segundo as necessidades dos colonizadores ingleses. A maior contradição estava no fato de que, apesar de a Irlanda ser uma exportadora de alimentos, uma grande parcela de sua população morria de fome. A opressão do povo irlandês motivou a organização de movimentos populares nacionalistas durante o século XIX.

A organização secreta Sinn Fein lutou pela independência. Em 1921,a Irlanda declarou sua separação, só foi reconhecida em 1937. Mas a Inglaterra conservou um pequeno território no norte da Irlanda, onde estavam concentradas todas as indústrias. Ainda hoje, a IRA (foi um exército republicano Irlandês, que tinha como objectivo manter a autonomia governamental do território, seguindo acordo anterior firmado com os britânicos. Porem o este acordo fracassou e o IRA organizou-se como um movimento armado pela independência iniciando uma serie de ataques contra autoridades e militares britânicos). Exército Republicano Irlandês, luta para expulsar os ingleses do norte da Irlanda.

A parte sul da ilha que era composta na sua maior parte por protestantes que ficaram ligados ao reino britânico, o que veio a criar um desagrado nas pessoas que estavam a apoiar a aprovação da Irlanda que sentia se separada politicamente assim como economicamente. Contudo as ideias de aprovação não foram vistas de boa forma visto que estes preferiam a união entre os dois países.

Divergência de posições entre a maioria protestante e a minoria católica acabou determinando a eclosão de uma série de conflitos na Irlanda do Norte, que se agravaram no final dos anos 60, quando o país foi assolado por graves distúrbios. Um dos principais motivos desses distúrbios foi as reivindicações da minoria católica por maiores direitos civis, reprimidas com violência pela maioria protestante, com o apoio do governo inglês.

Nos anos 70 e 80, a Irlanda do Norte foi um dos maiores palcos de violência armada de toda a Europa: por um lado, o IRA Exército Republicano Irlandês, braço armado do movimento da minoria católica; e por de outro, as forças militares britânicas e os protestantes, apoiados em suas milícias armadas. Nos anos 90 foram marcados pelo avanço das negociações visando a um acordo de paz embora a violência tenha se manifestado de forma ainda bastante expressiva.

Independência da Irlanda

Em 1829, um movimento nacionalista e popular conquistou alguns direitos políticos e civis para os católicos, que poderiam ocupar a maior parte dos cargos públicos, apesar da manutenção do voto censitário. Entre 1847-48 o país foi assolado pela fome devido à praga na cultura de batata e por uma epidemia de tifo, responsáveis pela morte de aproximadamente 800.000 pessoas, cerca de 10% da população total do País. Nas décadas seguintes a crise foi responsável pela grande imigração, principalmente para o norte dos EUA. A independência completa foi obtida a partir da Constituição de 1937, quando a Irlanda passou a denominar-se EIRE, desvinculando-se completamente da monarquia britânica. Porém essa situação somente foi reconhecida pela Inglaterra em 1949, que concedeu autonomia ao Ulster, que passou a denominar-se Irlanda do Norte.