Criação do império austríaco

Imperio Austríaco foi um estado monárquico e multiétnico europeu existente entre 1804 e 1867, e cujo núcleo é o território da atual república austríaca. Este império era uma  monarquia absolutista, sediada em Viena, era na verdade uma versão reformulada do que restou do antigo Sacro Império Romano-Germânico dissolvido em meio à Guerra da Terceira Coligação programada para bater Napoleão Bonaparte, em um processo bastante semelhante ao que aconteceu com a formação do Império Bizantino  a partir do Império Romano do Oriente.

Quando Napoleão declara o primeiro Império Francês, em 1804, a resposta da Áustria é fundar das cinzas do Sacro Império o Império Austríaco, reunindo as terras ainda sob controle da dinastia dos Habsburgo. O termo “Império Austríaco” ou popularmente “Áustria” já era na prática utilizado para se referir aos domínios de tal dinastia, mas só se tornou oficial a partir de 1804.

O império austríaco, era diversificado sob ponto de vista de povos no entanto este mesmo império localizava-se na região da actual Áustria, em torno desta diversidade que se assistia neste mesmo império, nota-se que nem todos eram autónomos e não havia igualdade entre os povos sendo que uns eram mais autónomos em detrimento de outros povos.

Seu criador foi o monarca Francisco (I da Áustria e II do Sacro Império), que pretendia evitar que Napoleão viesse a ser seu sucessor no trono do Sacro Império, pois boa parte de seu antigo território agora estava sob controle do então imperador francês. Desse modo, fundando novo império em separado, Francisco I evitava tal possibilidade. Ambos, porém, criaram uma situação em que décadas mais tarde permitira o surgimento do moderno estado alemão às custas tanto de franceses como também de austríacos.

Em 1815, em meio à Congresso de Viena, que tinha como objectivo restaurar a situação geopolítica europeia pré-Revolução Francesa, a Áustria busca o resgate do predomínio em terras do antigo Sacro Império (basicamente a atual Alemanha, ainda à época fragmentada em várias monarquias regionais) e junto com a Prússia e vários estados alemães menores passa a formar a Confederação Germânica. Assim, a Áustria passou a fazer parte ao mesmo tempo do Império Austríaco e da Confederação Germânica, exercendo papel predominante em ambas as organizações.

O Império Austríaco será reformulado em 1867, depois da derrota na Guerra Austro-prussiana, travada com a Prússia pelo predomínio político na Confederação Germânica. A derrota provoca a saída da Áustria da Confederação, fator que facilitou a unificação da Alemanha logo depois em 1871. Enfraquecida, a monarquia austríaca aceita dividir o poder com os húngaros, a segunda etnia mais importante dentro do império. Assim, nasce o Império Austro-Húngaro, uma duarquia, com duas capitais, Viena e Budapeste, ainda que com um leve predomínio político da Áustria.

Fim do império austríaco e inicio do império austro-húngaro

A partir do Congresso de Viena de 1815, o império austríaco liderou a política europeia até 1848, defendendo amonarquia absoluta e o Antigo Regime contra o liberalismo e os movimentos nacionalistas cada vez mais em voga, Simultaneamente a, tentou impedir uma reunificação Germânica ou Alemã, impondo sua vontade à confederação Germânica através da manipulação politica das dinastias locais, porem, a partir de 1848 a Prússia afastou a Áustria dos destinos Alemães.

O Império Austro-Húngaro é firmado em 1867, após os acordos para estabelecimento de uma monarquia dual entre a Áustria e a Hungria. O Império Austríaco dos Habsburgo é esfacelado por suas agitações nacionalistas e passa a ser controlado pelos alemães. A Hungria fica a governo dos magiares. Um único monarca e seus ministros representam os dois impérios e decidem a respeito da diplomacia estrangeira, da guerra e das finanças.

A monarquia dual, entretanto, acorda a permanência de constituições diferentes para ambos os países, além de governos, línguas e parlamentos distintos. O imenso Império abriga diferentes grupos étnicos e nacionalidades como os tchecos, ucranianos, poloneses, eslovacos, eslovenos, sérvios, romênios, croatas, italianos e judeus. Estes grupos étnicos, menosprezados e considerados de segunda categoria, sentem-se excluídos da política. Dessa forma, surgem conflitos políticos, principalmente nos Balcãs, à medida que cresce o antissemitismo.

 

Bibliografia

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