As Cidades-estado estabeleceram igualmente relações comerciais com os países muçulmanos, o Egipto e, um pouco menos intensa com a Tunísia, a Argélia e Marrocos, e isto apesar da proibição do Papa. Comerciantes empreendedores penetraram mesmo na índia e Extremo Oriente. Os enormes lucros que os mercadores das cidades italianas retiravam do comércio eram colocados em bancos e na indústria.
A Itália muito cedo já tinha relações comerciais com África e Ásia, visto que todos portos destinavam se as cidades italianos com produtos diversos com fins comerciais, mesmos loiças indianas e Chinesas.
Génese das relações capitalistas na Itália
A Itália do norte e do centro atingira um elevado nível económico. A produção capitalista começou a desenvolver se aqui mais cedo do que em muitos países da Europa. Os primeiros Germes surgiram nas cidades mais evoluídas a partir dos séculos XIV e XV.
As cidades italianas faziam tal somas de negócios que se viram na necessidade de facilitar os pagamentos mediante o recurso ao credito por não haver espécie monetárias suficientes para as operações efectuadas. Assim nasceram os bancos de Florença, Arno e outras cidades, e numerosas empresas capitalistas, destinadas a realização de negócios a distancia, pagamentos internacionais e remessas de fundos,
Com a existência das corporações de industrias têxteis nas cidades já haviam o afluxo de mão-de-obra, razão pela qual esta forca de trabalho teve que se vender como mercadoria e assim já estava se dar o inicio do sistema capitalista e não só o próprio comercio incentivou se tal modo que houvesse a possibilidade de criação de instituições bancárias que também são características do modo de produção capitalista.
A manufactura baseava-se no trabalho manual, mas a produtividade subiu em flecha graças a uma grande divisão do trabalho; cada operário devia executar uma parcela do trabalho, uma só operação. Uma parte das operações era executada na oficina em Florença, e as outras no domicílio, por assalariados que viviam na cidade ou nos subúrbios e por pequenos artesão que perdiam a pouco a pouco a sua autonomia.
Em Veneza e Génova, os germes da indústria manufactureira afirmavam-se num ramo mais lucrativo, a construção naval. Surgiram também elementos de relações capitalista nas minas de Toscânia. A propriedade destas era dividida por parte e os empresários, membros das companhias, possuíam uma, ou várias.