Localização
O Japão é uma ilha isolada do continente, localizada na parte leste do Continente Asiático. Mesmo assim, sendo geograficamente isolada, foi a cultura que mais se adaptou a diferentes influências dentre os países de toda a Ásia. Uma das mais proeminentes e antigas influências foi a China, que deu ao Japão o Budismo.
Origem e formação
Em japonês, Nippon (Japão) quer dizer “País do Sol Nascente”. Segundo a lenda, o Império Japonês teria sido fundado em 660 a.C., por Jimmu, descendentes da Deusa solar Amaterasu.
O que se sabe ao certo, porém, é que os ancestrais dos japoneses eram oriundos do continente asiático e que chegaram às ilhas do Japão antes do nascimento de Cristo. Esses povos viviam em tribos, sabiam tecer pano, fundir ferro e plantar arroz em campos irrigados. Mas no terceiro século depois de Cristo, esses mesmos habitantes, que eram um povo pacífico, foram dominados por um grupo de guerreiros. Estes, por sua vez, foram divididos em clãs e passaram a constituir a elite de uma sociedade aristocrática.
Alguns clãs sobrepujaram os demais. Um deles era o clã que dominava a principal ilha do Japão e que se considerava descendente da Deusa Sol. Uma das primeiras medidas do clã foi elevar seu líder ao papel de sumo-sacerdote hereditário do reino e, mais tarde, ao de imperador.
Mas não demorou muito para que outros clãs começassem a usurpar o poder do imperador. O clã dos Soga, por exemplo, tornou-se hegemónico na corte por meio de casamentos com o clã imperial. Assim, o imperador, apesar de ser considerado descendente em linha direta da Deusa Sol, não detinha o poder. Dessa forma, era mais um símbolo religioso do que um chefe político. Quem realmente mandava eram os Uji, que governaram até o século XI, quando senhores de províncias, à frente de verdadeiros exércitos, desafiaram a autoridade do Estado.
Com o correr dos anos, esses senhores com seus exércitos valentes dispuseram-se em dois campos de batalha: de um lado o clã dos Taira e de outro o dos Minamoto. Surgem, então, nessa época no Japão, os Samurais. Samurai significa aquele que serve.
História da civilização
O governo que se curvava ao Shogun era chamado de “Shogunado”. Este foi o período em que os samurais começavam a aparecer e também em que os Mongóis tentaram invadir o Japão por duas vezes, sem contudo, obter sucesso. Na segunda tentativa a esquadra da Mongólia foi destruída por um tufão, isso mesmo, um tufão, que ficou conhecido como Kamikaze, ou seja, Vento Divino. O Shogunado Kamakura terminou em 1333 e a guerra civil estourou novamente. Em 1603, o famoso guerreiro Oda Nobunaga unificou o Japão e instituiu o Shogunado Tokugawa. Um século antes do aparecimento de Nobunaga, os mercantes portugueses trouxeram o cristianismo para o Japão. Quando Nobunaga assumiu o poder, exilou os cristãos e impôs uma política de isolamento. Tal isolamento, só acabou em 1855 quando navios de guerra americanos forçaram o Japão à reabertura. Por causa da tensão causada pelos ocidentais a era dos samurais e dos Shoguns sucumbiu, tendo início a Era Meiji.
Organização económico
A força japonesa começa a aparecer na Idade Feudal e alcança o ápice na Idade do Castelo., principalmente de seu exército. Infantaria, Arqueiros e Monges, constituiam o Ponto forte dos Japoneses; do começo ao fim do jogo. Do ponto de vista económico, as minas, moinhos e serrarias mais baratos dão aos Japoneses um grande impulso económico, principalmente nas fases iniciais. Suas galeras podem reconhecer rapidamente todo o mar e boa parte do território inimigo.
Organização Social
É um soldado que se coloca à disposição de um chefe, servindo-o com o mais alto grau de lealdade. Orgulhoso do seu posto, o samurai assume a responsabilidade honrosa de carregar as duas espadas, armas supremas da guerra, também veneradas como objetos sagrados.
Organização Política
Além das armas, o samurai precisava ter um conjunto de qualidades morais: veneração pelos ancestrais, obediência ao chefe, vida correta, bravura, respeito pelo adversário e noção do que é senso de honra. Fora isso, o samurai devia considerar a morte como o coroamento de sua existência. Assim, vencido no campo de batalha, o samurai preferia matar-se a ser feito prisioneiro.
Foi com o apoio dos samurais que os Minamoto triunfaram sobre seus rivais, os Taira. Yoritomo, o comandante-chefe dos samurais, fundou um governo militar e se fez proclamar Shogun (generalíssimo) pelo imperador, em 1192. Durante sete séculos, a classe dos guerreiros, conduzida pelos shoguns, fez reinar sua lei sobre o Japão.
Mitologia e religião
As religiões japonesas são algo difíceis de diferenciar da filosofia. Entenda-se por religião um movimento de crentes que venera algo que não consegue explicar, algo transcendental à razão humana; e filosofia uma forma de se viver, coerente com a criação de princípios pessoais; ou seja, você viver de acordo com o que acredita ser certo.
Por isso, pode-se concluir então que toda religião é por princípio uma filosofia, mas nem toda filosofia é uma religião.
No Japão, as religiões predominantes são o Xintoísmo (51,3%), o Budismo (38,3%), e outras (10,2%).
O Xintoísmo é uma religião que tem por base a adoração, por parte de diferentes clãs japoneses, de vários kami. O kami de cada clã era o (normalmente mítico) ancestral fundador do clã, e depois, os demais kami eram venerados sem uma ordem hierárquica fixa. Pode-se ver logo que para além de existirem vários kami, estes eram diferentes de clã para clã. Pensa-se que tenham existido, no mínimo, mais de 8 milhões de kami.
O Budismo, como hoje em dia o conhecemos, é uma religião na qual se venera uma entidade divina designada por Buda (nome pelo qual ficou conhecido Siddhartha depois de morrer e que significa O Iluminado). Contudo, o Budismo nem sempre foi uma religião, mas também uma filosofia de vida. Teve origem na Índia, cujo principal impulsionador foi Siddhartha, e ensina aos que querem dela aprender que, na vida, jamais devemos nos apegar a coisa alguma, pois quando nos prendemos às coisas sofremos, pois inevitavelmente um dia nós perderemos aquilo a que somos apegados.