Os Nguni eram um grupo bantu que vivia no Natal. Cerca do ano 1800, uma expedição Nguni atravessou os montes Libombos e entrou em Moçambique, comandada por Shochangane. Três outros clãs Nguni abandonaram também o Natal, nessa época. Um comandado por Zuangundaba, fixou-se na zona da Angónia. Dois outros, comandados por Ncaba e por Mzilikatzi, fixaram-se no sul do planalto do Zimbabwe onde vieram a dominar o Estado Rozwi.
Quais foram as causas que levaram estes grupos a abandonar as suas terras?
Veja a história dos Nguni do Natal para perceber
Quando os Nguni, povo de pastores, chegaram ao Natal, eles iniciaram a ocupação dessa terra fértil. A população cresceu e criavam-se constantemente novas aldeias, que se dedicavam principalmente à criação de gado. Os chefes dessas aldeias não estavam submetidos a um poder central e eram independentes.
Com o aumento da população, as terras férteis do Natal começaram a tornar-se escassas. Por isso, nos fins do século XVIII (18), alguns clãs são obrigados a emigrar, fixando-se noutras regiões. Surgiram assim três Estados Nguni: o Estado Swazi, chefiado por Sobuza; o Nduandue, chefiado por Zwide e o Mtetua (ou Zulu), chefiado por Dinguisuaio e, mais tarde, por Tchaka.
Bibliografia
NEWITT, Malyn. História de Moçambique. Mem-Martins, Publicações Europa-América, 1997.