O que foi?

O franquismo é um termo usado para designar o período histórico e a ideologia, de carácter autoritário, em que se baseava a ditadura de Franco, instaurada na Espanha após a Guerra Civil Espanhola e o fim da Segunda República. O franquismo vigorou na Espanha entre 1930-1975 com a morte do Francisco Franco.

Guerra cível Espanhol

O franquismo como regime político acabou com a morte de Francisco Franco, que foi sucedido na chefia do Estado espanhol pelo Rei Juan Carlos I. A transição espanhola para um sistema político baseado na democracia parlamentar foi relativamente suave apesar de não estar esclarecido o destino dos 100 mil desaparecidos durante o regime franquista.

A Guerra Civil Espanhola deixou mais ou menos 1 milhão de mortos. De certa forma, ela serviu de demonstração do poder bélico que a Itália e a Alemanha vinham armazenando para a Segunda Guerra Mundial. Terminada a Guerra Civil Espanhola com a vitória dos autodenominados nacionalistas ou Movimiento Nacional, Francisco Franco passou a ser o Chefe do Estado. Os primeiros anos do regime franquista coincidiram com a Segunda Guerra Mundial, retribuindo ao auxílio que lhe fora prestado por Hitler e Mussolini durante a Guerra Civil: na frente oriental contra a URSS, a Espanha franquista colaborou com a “Divisão Azul” de infantaria, a “Legião Espanhola de voluntários” e a “Esquadrilha Salvadore”. Internamente, o regime praticou uma política económica autárquica que freou o desenvolvimento do país.

Características do Franquismo

O franquismo é baseado no nacionalismo, adaptado para a Espanha pelo movimento falangista, representado pelas Juntas de Ofensiva Nacional-sindicalista. As bases do regime franquista foram definidas pelo autoritarismo, unidade nacional espanhola, promoção do clero e religião católicos, nacionalismo castelhano, militarismo, corporativismo nos moldes fascistas, anti-comunismo e anti-anarquismo.

Economicamente, o governo buscou criar sindicatos ligados unicamente ao governo e demais medidas de cunho proteccionista. A partir do final da década de 50, contudo, o governo franquista passou a adoptar medidas cada vez mais liberais, época que ficou conhecida como “milagre espanhol”, pois houve um forte crescimento da economia.