Na meia-noite de 20 de março de 1990, a Namíbia tornou-se independente. Milhares de namibianos assistiram a Sam Nujoma jurar solenemente o juramento do cargo ao secretário-geral da ONU, Perez de Cuellar, no estádio de Windhoek.

A guerra terminou com a independência da Namíbia em 21 de março de 1990 e nas eleições que se seguiram a SWAPO obteve 55 dos 72 lugares na Assembleia Nacional da Namíbia, que lhes permitiu formar um governo nacional A 17 de Dezembro de 1920, o Conselho da SociedadeDas Nações (SDN) ao abrigo do artigo 22º do Tratado de Versalhes (1919), concedeu a Namíbia à África do Sul para a administrar como parte integrante do seu território. A cedência do território ocorreu na sequência da derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) – A Alemanha perdeu todas as sua possessões coloniais e passou em regime de mandato ao Reino Unido para ser administrado pela sua ex-colónia do Cabo.

A Organização da s Nações Unidas (ONU) substituta da SDN na sua resolução 269 do Conselho de Segurança de 12 de Agosto de 1969 decretou o fim do mandato da África do Sul sobre o território, ao mesmo tempo que reconheceu a legitimidade da luta pela libertação da Namíbia, levada a cabo pela Organização dos Povos do Sudoeste Africano (SWAPO) desde 26 de Agosto de 1966.

A independência da Namíbia proclamada à 21 de Março de 1990, teve o engajamento dos PLF (países da linha da Frente), da SADCC, de países amigos e em particular a grande contribuição de Angola no apoio as forças que lutavam para a libertação e independência da Namíbia.

Angola ajudou politicamente, assim como militarmente a Namíbia. Neste contexto a África do Sul atacava e ocupava militarmente regiões do sul de Angola, alegando perseguição às forças da Swapo (braço armado para libertação da Namíbia), que tinham bases em Angola e também treinados por angolanos.

O processo para independência da Namíbia teve contornos difíceis que levou à confrontações direitas de forças regulares da África do Sul, que combatiam as forças armadas angolanas (FAPLA), que se batiam lado à lado com as forças armadas cubanas, que ajudavam o Governo e o Estado angolanos a defenderem-se da invasão estrangeira.

A situação na região da África Austral tornava-se intolerável e insustentável. O regime do Apartheid (da África do Sul), intensificava as suas acções belicistas no interior da Namíbia e nos territórios vizinhos.

Os Países da Linha da Frente e vários países progressistas, coordenaram esforços com as Nações Unidas sobre a aplicação da Resolução 435/78 do Conselho de Segurança de 29 de Setembro sobre a independência da Namíbia.

Perante este embrolho, as Nações Unidas empenhavam-se na busca de uma solução pacífica que pudesse pôr fim os confrontos na África Austral, assim como levar a Namíbia à independência.

Depois de várias sessões de negociação, na sede das Nações Unidas, a África do Sul concordaria conceder à independência da Namíbia e a retirada de suas forças militares do território angolano e em contra partida, Angola aceitava a retirada faseada das forças militares cubanas que apoiavam as forças angolanas.

Para além alcançar a independência econômica da África do Sul, a Namíbia introduziu a sua própria moeda em 1993. Em 1994, a África do Sul deu à Namíbia o seu enclave Walvis Bay. Isso deu à Namíbia o acesso ao seu próprio porto marítimo economicamente importante. As primeiras eleições na Namíbia também foram realizadas em 1994. A SWAPO manteve sua maioria absoluta e Sam Nujoma foi confirmado como presidente.