Com o agravamento da crise, tradicionais instituições foram questionadas, e um clima de desordem e agitação foi tomando conta da vida das cidades. Diversos chefes militares entraram, sucessivamente, em luta pelo poder, marcando o processo de transição para o império. Entre os principasi acontecimentos desse processo destacam-se:

  • Em 107 a.C., o general Caio Mário tornou-se cônsul. Reformou o exército, instituindo o pagamento de salário (soldo) para os soldados.
  • Em 82 a.C., o genreal Cornélio Sila, representando a nobreza, derrotou Caio Mário e instituiu um governo ditatorial.

O Império

Apogeu e queda de Roma:

A partir de 27 a.C., Octávio foi acumulando poderes e títulos, entre eles, o de augusto, e o de imperador. Octávio Augusto tornou-se, na prática, rei absoluto de Roma. Mas não assumiu oficialmente o título de rei e permitiu que as instituições republicanas (Senado, Comício Centurial e Tribal etc.) continuasse existindo na aparência.

Alto império ( 27 a.c.-235 d.c)

O alto império foi a fase de maior esplendor desse período. Durante o longo governo de Octávio Augusto ( 27 a.C.-14 d.C.), uma série de reformas sociais administrativas foi realizada. Roma ganhou em prosperidade econômica. O imenso império passou a desfrutar um período de paz e segurança, conhecido como Paxá Romana. Após a morte de Octávio Augusto, o trono romano foi ocupado por vários imperadores, que pode ser agrupados em quatro dinastias:

  • Dinastia dos Julios-Claudius (14-68) – Tibério, Calígula, Cláudio e Nero;
  • Dinastia dos Flávios (69-96) –Vespasiano e Domiciano;
  • Dinastia dos Antoninos (96-192) – Nerva, Trajano, Adriano, Marco Arélio, Antonino Pio e Cômodo.
  • Dinastia dos Severos (193-235) – Sétimo, Severo, Caracala, Macrino, Heliogábalo e Severo Alexandre.

Baixo-império (235-476)

O baixo-império corresponde à fase final do período imperial. Costuma ser subdividido em:

  • Baixo-império pagão (235-305) – período em que dominava as religiões não-cristãs. Destacou-se o reinado de Diocleciano, que dividiu o governo do enorme império entre quatro imperadores (tetrarquia) para facilitar a administração. Esse sistema de governo, entretanto, não se consolidou.
  • Baixo-império Cristão (306-476) – nesse período, destacou-se o reinado de Constantino, que através do Edito de Milão, concedeu liberdade religiosa aos cristãos. Consciente dos problemas de Roma, constantino decidiu mudar a capital do império para a parte oriental. Para isso remodelou a antiga Bizâncio (cidade fundada pelos gregos) e fundou Constantinopla, que significava “cidade de Constantino”

Crise do Império

O Baixo-império foi sendo corroído por uma longa crise social, económica e politica. Entre os fatores que contribuíram para essa crise, destacam-se:

  • Elevados gastos públicos para sustentar a imensa estrutura administrativa e militar;
  • Aumento dos impostos para custear as despesas do exército e da burocracia administrativa;
  • Crescimento do número de miseráveis entre a plebe, os comerciantes e os camponeses;
  • Desordens sociais e politicas provocadas por rebeliões tanto das massas internas quanto dos povos submetidos.

Agravando ainda mais dessa situação social e económica, os romanos tiveram de enfrentar a pressão dos povos bárbaros. Chegou um momento em que os romanos perceberam que os soldados encarregados de defender Roma vinham dos próprios povos contra os quais eles (romanos) combatiam.

Divisão e Declínio do Império e Invasão Bárbara

Com a morte de Teodósio, em 395, o grande império Romano foi dividido em: Império Romano do Ocidente, com sede em Roma; e Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla.

A finalidade dessa divisão era fortalecer cada uma das partes do império para vencer a ameaça das invasões Bárbaras. Entretanto, o Império Romano do Ocidente não teve organização interna para resistir aos sucessivos ataques dos povos bárbaros.

Os bárbaros tinham exército eficientes, que contavam com soldados guerreiros, coesão interna das tropas e boas armas metálicas. Apesar de rudes, os bárbaros exibiam ideal e vigor. Roma, por sua vez, mostrava-se corrompida pela discórdia, pela indisciplina no exército e pela falta de entusiamo das populações miseráveis. É por isso que cerca de quinhentos mil bárbaros conseguiram desestabilizar o um império com mais de oitenta milhões de pessoas.

Em 476, o ultimo imperador de Roma, Rómulo Augusto, foi deposto por Odocro, rei do hérulos, um dos povos bárbaros.

Quanto ao Império Romano do Oriente, embora com transformações, sobreviveu até 1453, ano em que os turcos conquistaram Constantinopla

Bibliografia

ANDRÀ, Eusébio e UNICELA, Romeu pinheiro. Evolução do pensamento histórico, modulo I, CED’ UCEM-BEIRA, 2007;

ARRUDA, Jose Jobson de A. E PILETTI, Nelson. TODA HISTORIA, Editora Ática S.A., 4ª Edição, São Pulo, 1996, pag. 408.

GOMES, Raul Rodrigues. Introdução ao Pensamento Histórico. Edição Livro Horizonte, Lisboa 1987;

MARTINS, Paulo, e DIBBERN, Cynthia Helena. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Letras Clássicas e VernáculasUniversidade de são Paulo. s\d;

SILVA, António Alves et all. Introdução a Historia, 12º ano Escolaridade.

ROCHA, Ivan Esperança. Dominadores e dominados na palestina do Século I. História. São Paulo, 2004