Quando morre um africano idoso é como se se queimasse uma biblioteca” (AMADOU HAMPATÉ-BÂ-1977).

As Fontes históricas são vestígios deixados pelos nossos antepassados na base dos quais os historiadores reconstituem a História.

Moçambique, assim como muitos países em desenvolvimento, enfrenta o problema da falta de pesquisa e registo de fontes, principalmente a ausência de fontes escritas. De modo particular, as sociedades da África meridional são predominantemente de tradição oral. Em Moçambique, assim como em outros países da região, tais fontes constituem o principal instrumento de comunicação e de pesquisa. A escrita é ainda um privilégio dos grandes centros urbanos, o que não quer dizer que as cidades estejam isentas da tradição oral. Nestes países, a tradição oral constitui o veículo que permite a transmissão de conhecimentos de geração para geração.

Quando falamos de tradição oral em relação à história africana, referimo-nos à tradição oral e nenhuma tentativa de penetrar na história e no espírito dos povos africanos terá validade se não (a menos que) se apoiar nessa herança de conhecimentos de toda espécie, pacientemente transmitidos de boca a ouvido, de mestre ao discípulo.

A principal fonte para o estudo da história de Moçambique, é a fonte oral. Além da fonte oral (Contos; Canções; Rituais; Danças; Conversas), existem outras fontes que o complementam como é o caso das fontes:

Material ou Arqueológica, exemplo: (Ruinas; Armas, lanças, arcos), Escrita, exemplo: (Livros; Circulares; Protocolos).