A expressão Tigres Asiáticos é usada para se referir ao bloco económico formado por Hong Kong, Singapura, Coreia do Sul e Taiwan (Formosa). A denominação de “tigre” é dada em referência à agressividade destas economias, que na década de 60 eram relativamente pobres e possuíam certos indicadores sociais semelhantes aos de países africanos. A partir da década de 80, o perfil econômico dos Tigres Asiáticos começou a mudar significativamente; desta forma, passaram a apresentar grandes taxas de crescimento e uma rápida industrialização.

Tigres Asiáticos

Este apelido faz com que a gente se lembre do animal TIGRE, que é forte, agressivo e impetuoso. A economia desses países que são chamados de Tigres é assim, uma economia altamente competitiva e dinâmica, a produtividade é alta. Os funcionários das indústrias, ganham três vezes mais do que os dos países do 3° Mundo, embora bem menos do que os do 1° Mundo. São pessoas de uma cultura completamente diferente do mundo ocidental, lá existe muita disciplina e um grande respeito à hierarquia. São povos que sofreram com muitas guerras e ocupações e possuem uma história muito antiga.

O termo Tigres Asiáticos refere-se ainda, às economias desenvolvidas desde os meados da década de 1970 e 1980 em algumas regiões da Ásia (Singapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan), superando suas expectativas e ganhando força e destaque no cenário da economia mundial. Por sua agressividade na área da economia e devido à sua localização, estas regiões ficaram conhecidas mundialmente como os Tigres Asiáticos.

Origem dos Tigress

O surgimento dos Tigres teve origem no rápido crescimento da economia japonesa que com reformas agrárias garantiu um aumento significativo na renda dos fazendeiros da região criando um mercado local oportuno para diversas fábricas. O crescimento do Japão serviu como pontapé inicial para que os países do Pacífico passassem a apresentar uma economia produtiva e dinâmica.

Os Tigres Asiáticos eram relativamente pobres durante a década de 1960 e ofereciam mão-de-obra barata. Com isso atraiu o investimento de duas grandes potencias (Japão e EUA). Estes investimentos geravam renda para os tigres que souberam aproveitar o aquecimento da economia, passando a investir em reformas educacionais, criando uma força de trabalho de baixo custo e muito produtivas.

No período entre as décadas de 1960 e 1980 a Coreia do Sul ganhou destaque quando sua economia deu um salto fazendo-a passar de um dos países mais pobres e com menor desenvolvimento da região para uma nação de renda média e semi-industrializada. Servindo de exemplo para Taiwan cuja economia seguiu no mesmo rumo de desenvolvimento.

Hong Kong teve um dos crescimentos económicos mais notáveis da época, apesar das inúmeras desvantagens trazidas pelo período em que era colónia britânica. Graças ao mercado puro, conseguiu elevar sua renda para aproximadamente seis vezes a da China Continental. E Singapura, por sua vez, teve a economia alavancada quando na década de 1960 suas exportações chegavam a um percentual de 202 % de seu PNB (Produto Nacional Bruto).

Factores do desenvolvimento dos Tigres Asiáticos

Além de um sério panejamento Económico, outros factores favoreceram o desenvolvimento destes países. Os mais importantes são:

Investimento de capital estrangeiro, principalmente norte-americano e japonês, que via nesses países uma localização estratégica para fortalecer o capitalismo contra o socialismo, na época da Guerra Fria;

Exploração da força de trabalho, relativamente barata, que compensava a falta de matérias-primas – as férias são muito reduzidas, a jornada de trabalho elevada e a previdência social restrita;

Distribuição mais equilibrada de renda em relação a outros países capitalistas; Cooperação e transparência dos Estados;

 Economias voltadas fundamentalmente para o mercado externo e uma ética confucionista  estabelece um modelo socioeconómico que enfatiza o equilíbrio social, a consciência de grupo, a hierarquia, a disciplina e o nacionalismo. As grandes empresas são vistas como grandes famílias, viabilizando, muitas vezes, a ordem e a maior produtividade.

Economia dos Tigres Asiáticos

A economia desses países que são chamados de Tigres é altamente competitiva e dinâmica, a produtividade é alta. Os funcionários das indústrias, ganham três vezes mais do que os dos países do 3° Mundo, embora bem menos do que os do 1° Mundo. São pessoas de uma cultura completamente diferente do mundo ocidental, lá existe muita disciplina e um grande respeito à hierarquia. São povos que sofreram com muitas guerras e ocupações e possuem uma história muito antiga.

A partir da década de 70, a indústria electrónica para a exportação de produtos baratos traz prosperidade económica crescente e rápida para alguns países da Ásia. Coréia do Sul, Formosa (Taiwan), Hong Kong e Cingapura são os primeiros destaques. Dez anos depois, Malásia, Filipinas, Tailândia e Indonésia integram o grupo de países chamados Tigres Asiáticos.

As principais razões para o crescimento económico da época foram o baixo custo da mão-de-obra e a produção em larga escala para exportações. Estes países recebem esse apelido pelo grande avanço da produção industrial onde os seus produtos são vendidos em todo o mundo a preços baixos.

Características da economia dos tigres asiáticos

  • Legislação criminal autoritária e severa, incluindo castigos físicos;
  • Escolha da electrónica como sector industrial prioritário, voltado para a exportação;
  • Fazer altos investimentos na área da educação;
  • Atraem indústrias multinacionais, principalmente, a japonesa;
  • Possuem mão-de-obra barata e qualificada;
  • Cobram altos impostos para produtos importados;
  • Vendem produtos electrónicos a preços acessíveis;
  • Apresentam uma taxa de crescimento médio anual de 5%.

Política dos Tigres Asiáticos

A Política é autoritária, vigora em todos os tigres asiáticos durante os anos 70 e 80. Na Coreia do Sul, as mudanças de governo por meio de golpes de Estado, as perseguições a oposicionistas, os assassinatos políticos e os massacres de manifestantes e grevistas são a regra. Em Formosa, o regime autoritário de Chiang Kai-Shek prolonga-se até 1975. Entre 1975 e 1984, seu filho Chiang Ching-Kuo o substitui na chefia do Estado.

Em 1985 tem início um processo de transição lenta para a democracia, embora o Kuomintang permaneça no poder. Em Hong Kong vigora a plena autoridade do governador inglês. Em 1984 o Reino Unido e a China fazem um acordo para a devolução do território à soberania chinesa em agosto de 1997. A China se compromete a manter o sistema capitalista em Hong Kong durante 50 anos e a dar autonomia administrativa ao território. Singapura possui um sistema parlamentar autoritário, enquanto Malásia e Tailândia possuem monarquias parlamentares em que os militares exercem grande influência política.

Crise dos Tigres

A crise dos tigres iniciou-se em Janeiro de 1997 durando até meados de 1998. Foi disparada por um processo de fuga de capital e deflação de activos financeiros, tendo se iniciando pela Tailândia, Malásia, Indonésia e Filipinas. Suas repercussões adquiriram amplitude global quando aquele processo incorporou Coreia do Sul e Hong-Kong.

As moedas nacionais daqueles países mergulharam em queda livre em relação ao dólar, isto é havia a vulnerabilidade diante das desvalorizações cambiais, dada a proporção do endividamento em dólar.

Para contrariar o cenário, os tigres endividaram-se e conseguiram transitar do défice para superar o crescimento, ou seja, de devedores para poupadores deixando sua balança comercial positiva, no final da crise em 1998

Actualmente o modelo exportador dos tigres asiáticos está esgotado. O colapso capitalista mundial de 2007-2008 tem levado à bancarrota todos os mecanismos estruturados com o objectivo de continuar garantindo altas taxas de lucro para o punhado de especuladores financeiros que dominam o mundo. Os governos de todo o mundo, principalmente das potências imperialistas, esvaziaram os seus caixas e aumentaram exponencialmente o seu endividamento com o objectivo de salvar os especuladores da bancarrota, mas com resultados muito saudáveis e ao custo de ter levado o sistema capitalista à pior crise da sua história e com tendência contínua à deterioração.

 

Bibliografia

BENTO, Vítor, Os Estados Nacionais e a Economia Global, Almedina, Coimbra, 2004.

BONAGLIA, Frederico e GOLDSTEIN, Andreia, Globalização e Desenvolvimento, Editorial Presença, Lisboa, 2006.

CASTEL-BRANCO,Carlos Nuno. Determinantes do Desenvolvimento Económico nos Países Designados por “Tigres Asiáticos”Centro de Estudos Asiáticos. Maputo, 17 de Abril de 2007.

ESTUDO-PRATICO. Com.br. Os Tigres Asiáticos economia e mapa. 2012.

JUNIOR, J. T. e DICK, Vera Maria. Governo, Empresas Multinacionais e Empresas Nacionais: o caso da Industria Petroquimica.2010, 654 p.

MACEDO, Amanda et al. A Crise dos Tigres Asiáticos. Universidade Paulista, Jundiai, Maio, 2011