São os chuviscos, neblinas e garões típicas da Serra do Mar. Ocorre quando uma massa de ar úmidos provinda do oceano é forçada a subir a grandes altitudes por encontrar uma cadeia montanhosa (do grego Oro, “montanha”) em sua rota, sofrendo resfriamento e conadensando. As chuvas deste tipo atingem áreas de abrangência maiores do que as do caso anterior, tendo maior duração e menor intensidade.

Quando os ventos ultrapassam a barreira, se a maior parte do vapor de água já tiver condensado e precipitado, do lado oposto da montanha, a sotavento (direção de onde o vento sopra), projeta-se a sombra pluviométrica, dando lugar a áreas secas ou semiáridas causadas por esses ventos de ar seco, já que a umidade foi descarregada na encosta a barlavento (para onde o vento se dirige).  Na vertente oriental das Montanhas Rochosas dos EUA e Canadá esse vento, quente e seco, recebe o nome de Chinook e na Europa, Mistral, sendo estes, no entanto, frios.

Entretanto, o ar também pode ser obrigado a subir, quando passa do oceano para o continente sem a presença de uma barreira de montanha. No inverno ou à noite, quando a terra está mais fria do que a água do oceano o ar carregado de umidade é obrigado a subir ao encontrar com a massa de ar em contato com o continente, mais fria, portanto mais densa.