A pedogeografia e uma ciência que estuda a distribuição dos solos, as associações, característica dos solos com a vegetação, drenagem, relevo, rochas, clima e o significado dos solos na economia e cultura de uma região.

 Solo Conjunto de materiais minerais, orgânicos, água e ar, não-consolidados, normalmente localizado à superfície da terra, com actividade biológica e capacidade para suportar a vida das plantas.

 O solo é um corpo natural organizado, cujo estudo é feito através de descrição e análise dos horizontes que o constituem.

Solo tem o seu limite superior na atmosfera ou, quando submerso, numa camada de água pouco profunda. Nos limites laterais transita gradualmente para águas profundas ou áreas estéreis constituídas por rocha ou gelo. O seu limite inferior é, talvez, o mais difícil de definir.

 O solo inclui os materiais próximos da superfície que diferem do material rochoso subjacente como resultado da interacção, ao longo do tempo, do clima, dos organismos vivos, do material originário e do relevo. Normalmente, a sua variação é gradual até ao limite inferior com o material originário, onde cessa a actividade biológica, e coincide com a profundidade de enraizamento das plantas perenes nativas.

Evolução histórica da Pedogeografia

Ao longo da história da pedogeografia o solo tem sido uma componente da natureza bastante familiar do homem que ele sempre dependeu para satisfazer as suas necessidades de localização, abrigo e alimentação. Neste contexto o interesse pela natureza a propriedade dos solos sempre fez parte da civilização humana pelo reconhecimento da acção do suporte das plantas e pelo suporte das populações de acordo com Simon Jon, os primeiros registos sobre as denúncia de uma distribuição de deferentes categorias dos solos e classificação dos solos registados de 4 a 5 mil anos a.c, onde o engenheiro chinês (yu), classificou alguns solos de acordo com a cor e estrutura.

Após a queda do império Romano foi somente no período de renascimento que houve em 1563, por Bernardo Polisse, (1499 – 1589), d.C., por coligação do livro‘‘ O uso dos solos na agricultura), onde escrevia o solo como fonte de nutriente mineral para as plantas.

Em 1445, Jennes sintetizou num livro todo conhecimento que tinha sobre o solo, até aquela dada tornando-se um livro obrigatório de consulta para quem prende estudar o solo.

Edofologia é o estudo do solo de ponto de vista de sua utilização pelas plantas.

No século XVIII, apareceu a teoria fisiológica de MITSCHERLLICH, dizendo que o solo era um mero reservatório passivo de nutrientes das plantas, considerando o solo como objecto estático, só como sustenta-se das raízes.

No início do século XIX, este conceito foi rejeitado com o aparecimento da teoria húmica de AVON thaer, que dizia serem apenas substâncias orgânicas responsáveis pela fertilidade dos solos.

Com o surgimento da teoria mineral de Justus Von Liebieg, em 1840, a anterior foi abandonada embora hoje se saiba que ela é verdadeira. Liebieg, determinou que eram substâncias minerais do solo, os alimentos das plantas que entravam no metabolismo vegetal. Logo em seguida HUMPHREEY Davy, apoio a teoria de Liebig, reconhecendo a importância da rocha matriz para a fertilidade dos solos. So não soube explicar porque a mesma rocha não determinava mas de um tipo de solo.

Com CARL Sprengel, de 1830 – 1840, apareceram os conceitos de que os solos é a função da influência do clima e dos seres vivos.

Vasili V. Dokuchaev, em 1887, após observações de solos na Rússia nas diversas latitudes estabeleceu a relação entre o clima e a génese e evolução do solo. A sua ideia foi dar valor excessivo ao factor clima em detrimentos de mas factores. Estabeleceu a primeira classificação do solo denominada de classificação climática.

Nikolai M. Sibirtizev, discípulo de Dokuchaev, modificou a classificação climática propondo a classificação dos solos em três zonas climáticas: Solos zonais, inter-zonais e azonais. Glinka, em 1927, estabeleceu o estudo dos solos a partir do conhecimento do perfil, em 1917, Wagner definiu o solo como um sistema disperso obedecendo as leis químicas de dispersão passando o solo assim a ser um corpo activo e não mas estático.

Milne, em 1935, efectuando pesquisas nas colónias Inglesas mostrou existir agentes erosivos que atacaram a rocha produzindo depósitos de matérias estabelecendo também a importância do relevo na formação dos solos.

Edofologia é estudo do solo de ponto de vista de sua utilização das pelas plantas.

Objeto de estudo da Pedogeografia

Tem como objecto de estudo o solo que a cobertura exterior da maior parte da superfície continental da terra.

Objetivos de estudo da Pedogeografia

Analisar as particularidades da distribuição espacial dos solos.

Compreender os factores de formação dos solos.

Analisar as propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos.

Conhecer as deferentes classificações dos solos.

Deferência entre Pedogeografia e Pedologia

A Pedogeografia é a ciência que estuda a distribuição dos solos, as associações, características dos solos com a vegetação, drenagem, relevo, rochas, clima e o significados dos solos na economia e cultura de uma região, enquanto Pedologia estuda a origem, morfologia, distribuição, mapeamento, taxonomia e classificação dos solos.

Bibliografia

ANJOS, António Dos. Módulo de Pedogeografia, CEDUCEM/BEIRA,2007.ANUSSE, Rafique.Pedogeografia,  GO139,CED-Nampula.2014.