Aspectos conceptuais
A evolução científica do século XVII, XVIII e XIX, nesta ultima que atingiu o seu ponto mais alto e caracterizada pela topografia e pela sua temática.
No que diz respeito a Cartografia Temática exigem três grandes ramos: Cartografia Geral, Temática e Especial. Existem autores que confundem a os conceitos de temática e Especial. Para Oliveira 1993 (apud Rodrigues, 2008), adepto da divisão em três categorias, os Mapas Gerais atendem a diversos níveis de usuários comportando-se como uma espécie de “mapa mural”, ou seja, um documento de orientação, com informações muito generalizadas e insuficientes para determinadas necessidades. Tratando-se dos Mapas Especiais e Temáticos, ele aborda os dois tipos como documentos voltados para um público específico, mas não evidencia a distinção entre o que é “especial” e o que é “temático”.
O ideal para Duarte1991 (apud Rodrigues, 2008) seria a permanência do conceito de Cartografia Geral e a junção do Especial com o Temático. Mesmo sem acordo, o que se tem estabelecido é a característica dos mapas específicos ou temáticos. O Mapa Temático reportaria certo número de conjuntos espaciais resultantes da classificação dos fenómenos que integram o objecto de estudo de determinados grupos científicos
A Cartografia como linguagem é um sistema de comunicação segundo (KOLÁCNY, SALICHTCHEV apud RODRIGUES, 2008).
O processo de comunicação é realizado em etapas e reúne a confecção e o uso do mapa. De acordo com Martinelli 1991 (apud Rodrigues, 2008), a utilização dos mapas estimula a operação mental, ocorrendo assim uma interacção entre o mapa e os processos mentais do usuário. Tal processo envolve muito mais que a “percepção imediata dos estímulos”. A memória bem como, a reflexão, a motivação e a atenção são excitadas. Nas outras etapas também ocorre um processo de cognição entre as partes.
Sendo a representação gráfica uma linguagem, Bertin (apud Rodrigues, 2008) diz que, deve ser criada para reter, compreender e comunicar observações, deve por sua vez, ser bidimensional atemporal e destinada à vista. A representação gráfica se estrutura a partir da percepção visual organizada de três componentes sensíveis: a variação das manchas visíveis e as duas dimensões do plano (X, Y). Um rectângulo pintado de preto em um papel, por exemplo, está em um determinado lugar na folha, em relação às duas dimensões do plano (X, Y). Esse objecto, além de ter uma localização, pode assumir seis modulações visuais sensíveis, constituindo as variáveis visuais MARTINELLI, 1998 (apud RODRIGUES, 2008).
Representação gráfica dos dados
Representação gráfica é um sistema de signos que permite a transcrição de relações de diferença, de ordem ou proporcionalidade existentes entre objectos existentes na realidade. Este sistema estrutura a construção das imagens a partir de uma gramática, com leis apoiadas da percepção visual: Semiológica Gráfica BONIN 1998 (apud RODRIGUES, 2008). Para o francês J. Bertin, o ponto inicial do trabalho é a afirmação geral de que é a comunicação e é feita por meio de marcas no papel.
Análise dos dados
Analise esta muito ligada a cartografia que se concentra se estudos femininos a serem motejados e utiliza canto para determinar conteúdos de novos contos. Extensão – é a relação entre o número maior e o menor da série quantitativa considerada.
Elementos de Representação Geométrica do Espaço – Transcrição Gráfica
Os elementos de representação geométrica do espaço correspondem ás maneiras de se colocar graficamente, a informação em um mapa durante o seu panejamento.
Ponto – não tem dimensão, representa apenas a posição (localização). Podem ser utilizados nesse caso os próprios pontos, figuras geométricas e evocativas.
Linha – é unidimensional representa apenas direcção. Refere-se aqueles elementos cujo desenvolvimento requer um traçado.
Área – é bidimensional, representa a largura e comprimento. Trata-se da representação de elementos que ocupam ou pressupõem ocupar uma dada extensão sobre uma determinada superfície.
Volume – é tridimensional e representa o comprimento, a largura e a altura de determinado componente temático.
Escalas de Mensuração
Mensurações – no espaço geográfico referem-se a pontos, linhas, áreas e volumes. A mensuração é a atribuição de um número ao atributo de um objecto ou fenómeno segundo regras definidas. O processo de mensuração forma a escala (ROSA & BRITO, 1996 apud RODRIGUES, 2008).
São estabelecidas quatro escalas de mensuração: nominal, ordinal, intervalo e razão.
- a) Escala Nominal – é qualitativa e é usada principalmente como processo classificatório na identificação das várias classes em que um determinado facto ou fenómeno possa ser decomposto. Ex. Categorias de uso do solo em um mapa temático;
- b) Escala Ordinal – usada nos casos de organização de fenómenos ou observações (qualitativas) segundo uma ordem (grandeza ou preferência). Ex. escala de dureza dos minerais;
- c) Escala de Intervalo – tem todas as características de uma escala ordinal, porém, os intervalos entre os valores associados são conhecidos e cada observação pode receber um valor numérico. Ex. Variações das altitudes em curvas de nível;
- d) Escala de Razão – referindo-se a um nível de mensuração em que a escala tem todas as características de uma escala de intervalo, sendo o ponto zero uma origem verdadeira. Ex. Escala métrica.
As Variáveis da Retina ou Visuais – Elementos Gráficos
A retina é um órgão sensível ao olho e todas as variações são percebidas por ela com a designação de variáveis da retina, tendo propriedades perceptivas específicas a baixo enumeradas:
- a) Tamanho – usado para representar dados quantitativos. Para a sua representação, usam-se as formas básicas (círculos, quadrados, rectângulos, triângulos). Varia do grande, médio e pequeno. Ex. População total de Massinga;
- b) Valor – é usado para representar ocorrências ordenadas, através de cor ou do branco ao preto, passando pelos tons cinza. Ex. Faixas de altitude;
- c) c) Granulação – consiste na variação da repartição entre preto a branco, onde a proporção permanece constante;
- d) Cor – consiste na variação das cores do arco-íris, sem variação de tonalidade, tendo as cores a mesma intensidade e é usada para representar qualitativos (selectivos).
- e) Orientação – representa dados qualitativos (selectivos) em substituição à cor, no caso de ocorrência em pontos. A orientação corresponde às variações de posição entre o vertical, o oblíquo e o horizontal.
Bibliografia
RODRIGUES, Sílvio, Carlos, luís Humberto de Freitas souza, comunicação gráfica, bases conceiptuais para o entendimento da linguagem cartográfica, GEOUSP – Espaço e Tempo, São Paulo, Nº 23, 2008, pp65-76,2008.