Estrutura etária, sexual da população moçambicana
A estrutura etária e sexual da população é a composição da população por grupos de idades e por sexo. O gráfico 4 (pirâmide etária) que se segue demonstra a composição da população moçambicana por diferentes faixas de idade e por colunas sexuais (Homens e Mulheres).
Analisando esta pirâmide, podemos depreender o seguinte:
A base é larga, o que significa que a proporção de crianças e jovens é maior e isto mostra, que as taxas de natalidade e fecundidade são altas;
A proporção de adultos e velhos vai se estreitando ao longo do corpo até ao topo da pirâmide, reflectido a reduzida esperança de vida;
A população de sexo feminino está em maior proporção que a do sexo masculino;
Concluindo; a população moçambicana é jovem e, é típica de um país em desenvolvimento.
Estrutura Sectorial da População Moçambicana
A população em termos económicos, pode ser: economicamente activa, aquela que está em condições de trabalhar e população dependente ou passiva, a que não está em condições de trabalhar (crianças e idosos).
A população economicamente activa, ocupa-se das mais diversificadas actividades, agrupadas em sectores, a saber:
Sector primário: comporta actividades como: agricultura, pecuária, pesca, silvicultura, caça e recolecção. De salientar que este sector, absorve a maior parte da população, uma vez que, a maioria da população moçambicana vive no campo (meio rural).
Sector secundário: congrega as seguintes actividades: indústria (transformadora e extractiva) e construção civil e obras públicas.
Sector terciário: abrange serviços de educação, saúde, comércio, transportes, comunicações, banca e seguros.
Actualmente, devido ao desenvolvimento económico, científico e tecnológico, pode se falar do sector quaternário, contemplando os cientistas, investigadores e outros profissionais das tecnologias de ponta.
Importância do estudo da estrutura etária
O estudo da estrutura etária e sectorial da população é importante, pois, permite efectuar com segurança a planificação da vida do País, nas mais diversas esferas: social (educação, saúde, habitação, etc.) e mercado de emprego. E, também é possível analisar a distribuição da população economicamente activa por sectores de actividades.
Distribuição Geográfica da População Moçambicana
A população moçambicana, encontra-se distribuída de forma desigual ao longo do Território Nacional, devido à influências de vários factores, tais como:
Naturais – clima, relevo, vegetação, solos, recursos de água, riqueza do subsolo, etc.
Socioeconómicos – desigualdade em termos de nível de desenvolvimento social e económico entres as regiões: Sul, Centro e Norte do País.
Histórico-Políticos – o passado colonial, e as guerras de libertação nacional e de desestabilização.
Principais problemas demográficos
Principais problemas demográficos em Moçambique
Moçambique, é um País em desenvolvimento com uma taxa de crescimento da população relativamente alta, e que conta com uma população maioritariamente jovem, o que coloca ao Estado Moçambicano certos desafios relacionados com problemas demográficos, sendo de destacar os seguintes:
No domínio da educação – a prevalência duma alta taxa de analfabetismo, dificuldades na absorção de crianças em idade escolar, superlotação das turmas, sobretudo nos centros urbanos, falta de salas de aula, entre outros.
No domínio da saúde – apesar dos esforços em curso, para minimizar as dificuldades no sector, ainda constituem preocupação, a falta de médicos, hospitais, centros de saúde e fármacos.
Desemprego – este mal social, verifica-se sobretudo, nos centros urbanos, lugar onde converge o movimento migratório campo-cidade (êxodo-rural). O aumento de número de desempregados provoca o surgimento de fenómenos, tais como: a marginalidade, a mendicidade, a criminalidade, a prostituição, etc.
Habitação – neste domínio, importa destacar que, constitui um grande problema, a falta de boas condições de habitabilidade, o surgimento de bairros suburbanos com imóveis construídos com base num material precário.
Alimentação – o país é produtor de uma grande diversidade de alimentos. Mas, denota-se na população problemas graves de desnutrição crónica; derivados de hábitos alimentares pouco apropriados. Campanhas estão sendo levadas a cabo junto às comunidades, com o intuito de sensibilizá-las sobre a necessidade de mudança de atitude no tocante ao hábitos alimentares.
Ambiente – nos centros urbanos e na periferia dos mesmos, verifica-se uma degradação da qualidade de ambiente, devido a exploração intensiva de recursos, superlotação de imóveis, produção de resíduos sólidos, entre outros problemas.