Malinowski defendia que as instituições desempenham funções específicas e assim contribuem para sustentar a ordem social. O mesmo autor avança que:

Malinowski

“Malinowski elegeu a “instituição” como unidade básica da sua análise funcionalista como guia no trabalho de campo, sendo esta concreta ou seja, pode ser observada como um agrupamento definido constituído pelos seguintes elementos: estatuto pessoal, normas, aparelhagem material, actividades e função. […]. Malinowski fez uma lista de tipos institucionais que podemos considerar arbitrariam embora não se possa negar a sua utilidade prática, na qual usou um princípio de integração”.

Malinowski, procurou resolver o problema do binómio natureza e cultura. A sua teoria repousa nos dois conceito que se cita: natureza humana e cultura.

Em torno dos mesmos ele avança que: “por natureza humana, exprimimos o determinismo biológico que impõe a civilização e […] indivíduos a realização de funções corporais tais como respirar, dormir, repousar, nutrir se, excretar e reproduzir se”.

A cultura é o resultado da natureza  humana , isto é, o todo integral constituído por implementos de bem de consumo, por cartas constitucionais para os vários agrupamentos sociais, por ideias e ofícios humanos, por crenças e costumes

A cultura como resultado da acção do Homem pode ser analisada tendo em conta: a educação, controle social, economia, sistemas de conhecimento, crença e moralidade e também modos de expressão criadora e artística.

O mesmo autor em jeito de conclusão sobre o essencial da teoria frisa que:

“Na teoria de Malinowski é necessário registar uma dosagem de explicação psicológica, preocupando-se em considerar a totalidade institucional dando-lhe uma certa autonomia, onde a cultura é essencialmente uma aparelhagem instrumental pela qual o homem é colocado numa posição melhor para lidar com os problemas concretos que se lhe deparam em seu ambiente, no curso da satisfação de suas necessidades, ou ainda, cultura é um sistema de objectos, actividades e atitudes, no qual a parte existe como meio para um fim.

Essas actividades e objectivos organizados em torno de tarefas importantes e vitais, em instituições como a família, o clã, comunidade local, tribo e as equipes organizadas de cooperação económica, política, legal e actividade educacional.”

Funcionalismo de Radcliffe Brown

Radcliffe – Brown fez os estudos sobre o parentesco em antropologia, tem como conceitos básicos da sua teoria estrutura e função. Na explicação do termos estrutura e função, considera a função como analogia entre a vida social e a orgânica de qualquer actividade periódica, como cerimónias fúnebres, punição de um crime.

Portanto a função enquanto estrutura constituída por uma serie de relações entre entidades unidas cuja continuidade se mantém graças as suas actividades. Entretanto a estrutura desempenha função. Há que realçar que seguidores do funcionalismo tentam explicar o funcionamento de uma cultura num determinado momento.

Método funcionalista

Um dos médotos da abordagem funcional é descobrir as convenções existentes em uma cultura e saber como funciona. Averiguar as funções de usos e costumes de determinada cultura que levam a uma identidade cultural, observação, entrevista.

As formas de pensar e agir de grupos diferentes devem merecer o maior respeito possível e, por isso, seria injusto a introdução deliberada de mudanças no interior dessas culturas, portanto, Para os antropólogos, a cultura tem significado amplo: engloba os modos comuns e aprendidos da vida transmitidos pelos indivíduos e grupos em sociedade.