Conceito

São instrumentos teórico conceituais por meio dos quais se pode compreender e explicar os fenómenos relativos à acção humana que chega a ultrapassar o nível interno dos Estados, cujo objectivo é tornar o mundo cada vez mais compreensível entre os seus interlocutores, e que nalguns casos prevê possíveis explicações para o futuro.

A Evolução

A evolução teórica das Relações Internacionais foi marcada por profundos debates, em que as teorias emergentes e as teorias dominantes entraram em choques entre elas, com destaque para os debates dos anos 1930, 1950 e 1970.

No Grande Debate de 1930 a corrente emergente do Realismo que acredita no direito e na ordem internacional que decorrendo directamente da correlação de forças entre aqueles que detêm maior poder. Por outro lado, consideram que o direito prevalece somente enquanto não colidir com os interesses daqueles Estados que dispõem de recursos para impor seus interesses aos demais, se opôs à corrente dominante Liberal – Idealista que defende a perfectibilidade humana, no Direito Internacional e nas possibilidades de haver paz entre os Estados. A realização desses ideais depende do aperfeiçoamento das instituições internacionais, que por sua vez, deve resultar da cooperação entre os estadistas.

O Grande Debate de 1950, cujo conteúdo foi de ordem metodológica, opôs os Behavioristas a Tradicionalistas, estes que procuravam formular teorias que pudessem dar conta das relações internacionais em toda sua abrangência. O interesse dos críticos Behavioristas era de elevar sua credibilidade, por meio da introdução de metodologias científicas, que previam o comportamento dos Estados, mediante o uso de metodologias adequadas – os modelos matemáticos.

O grande Debate de 1970, também conhecido como Debate dos Paradigmas, em que Robert Keohane e Joseph Nye – estudiosos norte-americanos foram os seus protagonistas contra as teses centrais da corrente Realista. Ambos co-editaram as duas principais obras em defesa das teses da  Interdependência Complexa: Transnational Relations and World Politics (1971) e Power and Interdependence: World Politics in Transition (1977). As reflexões desses autores tinham, como base empírica, algumas significativas mudanças, que ocorriam no sistema internacional, dentre as quais, destacavam-se o abandono do padrão-ouro de Bretton Woods ; o primeiro choque do petróleo; o fim da Guerra do Vietnã; e o início das tensões comerciais entre os Estados Unidos e o Japão.

 

Bibliografia

CASTRO, Thales. Teoria das Relações Internacionais; FUNAG, Brasília, 2012, 580 p.

GONÇALVES, Williams. Relações Internacionais, 38p.

[On Line] Disponível Via WWW.URL.relínter,webs.com/oquesoasrelaesint…, As relações Internacionais.