Os textos administrativos são textos de carácter documental, de comunicação entre instituições e utilizam-se no mundo do trabalho.
Existem diferentes tipos de textos de natureza administrativa, tais como: Requerimento, Convocatória, Acta, Carta Comercial, Ofício, Curriculum Vitae, etc.
Carta comercial
A carta é um meio de comunicação ao qual recorremos para nos comunicarmos com os outros. De acordo com o tipo de comunicação, as cartas apresentam diferentes características.
Tipos de carta
- Carta pessoal, familiar ou privada. É a carta que dirigimos a um amigo, a um familiar, …
para lhe comunicarmos os nossos sentimentos, desejos, opiniões.
- A Carta comercial. É a carta que se escreve para oferecer um produto, fazer um pedido ou formular uma reclamação. Pode-se entender a carta comercial como um documento escrito, trocado por empresas ente si ou entre as empresas e os seus clientes e vice-versa, visando iniciar, manter ou encerrar transacções. Incluem ainda as cartas de candidatura a emprego e as cartas de resposta a anúncios. A carta comercialpode dividir-se ainda em:
Carta de oferta: quando o objectivo é dar a conhecer um produto, uma firma, serviço que se possa prestar, etc.
Carta de informação: quando o objectivo é apenas informar.
Carta de pedido: quando o objectivo é fazer uma encomenda.
Carta de reclamação: quando o objectivo é apresentar uma queixa ou protestar contra um mau serviço.
Estrutura do texto da carta Comercial
A carta comercial pressupõe relações de negócio, pelo que quem a escreve provavelmente desempenhará um papel nessa relação negocial. São partes que constituem uma carta comercial:
Cabeçalho – é a parte do texto onde se redigem elementos que identificam a firma ou indivíduo remetente; o destinatário, as referências e o Assunto da carta.
Corpo da carta (Desenvolvimento) é a parte do desenvolvimento do assunto. O corpo da carta inicia com o vocativo ou saudação inicial – que é a parte que antecede o texto em que o remetente utiliza, para com a pessoa a quem se dirige, uma expressão de deferência, de acordo com a intimidade que os liga.
Encerramento – é o último parágrafo da carta e precede a assinatura do remetente. Apresenta um aspecto bastante formal e contém normalmente um verbo no gerúndio.
Pos-scriptum ou P.S. ("pós-escrito") – local onde é mencionado, com brevidade, um assunto que não diz respeito ao texto, ou que, embora diga, foi esquecido por lapso.
Tipo de linguagem
A carta comercial recorre a uma linguagem técnica, objectiva, directa, simples e clara.
A linguagem deve ser técnica de acordo com a área específica, isto é, uma linguagem adequada à área. Exemplo: os termos técnicos da oficina não são os mesmos da contabilidade.
A linguagem deve ser objectiva, de modo a não suscitar várias interpretações;
A linguagem deve ser directa, de modo a suprimir palavras e frases desnecessárias;
A linguagem deve ser simples e clara, de modo a ser entendida ou compreendida por qualquer leitor.
Como redigir uma carta comercial
Para redigir uma carta comercial é necessário o uso de regras específicas:
1ª regra: indicar, no canto superior esquerdo, quem escreve e a quem se escreve na linha abaixo no canto superior direito, com os respectivos endereços. Na linha a seguir, indicar as referências (s/r – sua referência; n/r – nossa referência). A data vem mais abaixo, à direita. Indicar o assunto da carta.
2ª regra: deixar um espaço, no mínimo de duas linhas e iniciar o corpo da carta começando pela saudação, depois o texto, a fórmula de despedida e no final a assinatura do remetente, o seu nome e o cargo que exerce.
3ª regra: Fazer uma pequena introdução explicando a razão de ser da carta e incluir num parágrafo cada questão que se quer colocar.
4ª regra: Construir um texto claro, coerente e conciso.
5ª regra: usar uma linguagem precisa e apropriada ao nível do destinatário.
Conjugação pronominal
O que acontece quando acoplamos um pronome à uma forma verbal. A forma verbal liga-se ao pronome. Na unidade um, conjugamos os verbos irregulares. Aqui um novo elemento aparece: o pronome. O que é um pronome? Pronome significa o que é a favor do nome, isto é, uma palavra que substitui o nome (como a própria palavra sugere).
Conjugação pronominal – chama-se conjugação pronominal quando os verbos estão conjugados com os pronomes. Existem, no entanto, algumas diferenças que são dependentes dos pronomes usados. Com os pronomes pessoais: o, a, os, as, lo, la, los, las, nos, nas…
Exemplos:
Sorriu para os filhos e acarinhou-os. (Aqui o pronome os está em vez do nome filhos)
Quis vê-la pela última vez. (o pronome la está em vez de um nome feminino que nos remete ao pronome pessoal ela).
Estes são os túmulos dos meus avós, observem-nos bem. (o pronome nos está em vez do nome os túmulos).
Pronomes pessoais reflexos
São pronomes pessoais reflexos me, te, se, nos, vos.
Conjugação pronominal reflexa é a conjugação feita com os pronomes me, te, se, nos e vos e chama-se reflexa porque o sujeito pratica e sofre ao mesmo tempo a acção que ele próprio pratica. O pronome aparece como complemento direito.
Exemplos:
Conjugação pronominal recíproca (pronomes pessoais Recíproco)
É a conjugação feita com os pronomes pessoais do plural (nos, vos e se), exprime uma relação de reciprocidade na acção praticada.
Conjugação pronominal recíproca, Modo conjuntivo
Verbo Subscrever-se
Presente | Pretérito imperfeito | Futuro |
Que nós nos | Se nós nos subscrevêssemos | Se nós nos subscrevermos |
Se passivo
O se é pronome passivo, quando não se refere ao sujeito da frase. Por outras palavras, o elemento se, por vezes, é empregue com a função de um pronome passivo.
Exemplo: vendese a casa. – A frase está na voz passiva.
Na voz activa seria: a casa é vendida
Os pronomes usados na conjugação pronominal são: me, te, se, nos, vos, lhe, lhes.
Formas combinatórias e contracções dos pronomes: lho = lhe +o; no-la = nós + (l)a; ma = me+a; tas = te+ as
fonte: mozescolla