INTRODUÇÃO

Amor de perdição 3ºedição: Camilo castelo branco Europa américa uma obra que, pela violência emotiva e pela dignidade das paixões retratadas, está sempre no ápice do romance de paixão ardente e este é por muitos considerado o mais popular e obra de arte mais memorável e notário de Camilo castelo branco não só do mesmo mas também de entre a vasta gama dos romances portugueses.

Objetivo deste trabalho é resumir o obra em referência buscando compreender a linguagem do usado no texto, pelo autor e os personagens. Uma vez feito isso teremos o cumprimento de alguns dos objetivos da nossas disciplina.

 

Biografia de Camilo Castelo Branco

Camilo Castelo Branco (1825-1890) foi um dos maiores escritores portugueses do século XIX. "Amor de Perdição" foi sua novela mais importante. Suas novelas passionais fazem do escritor o representante típico do Ultra Romantismo em Portugal. Foi um dos primeiros escritores portugueses a viver exclusivamente do que escrevia. Recebeu o título de Visconde concedido pelo rei de Portugal, D. Luís I.

Infância e Juventude

Camilo Castelo Branco nasceu na freguesia dos Mártires, em Lisboa, Portugal, no dia 16 de março de 1825. Filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco e de Jacinta Rosa do Espírito Santo Ferreira, ficou órfão de mãe com um ano e de pai com 10 anos. Foi morar com uma tia e depois com sua irmã mais velha. Em 1841, com apenas 16 anos, casou-se com uma jovem de 15 anos, Joaquina Pereira, mas logo a abandonou.

Em 1843 ingressou na Escola de Medicina no Porto, mas se entregou à boemia e não conseguiu concluir o curso. Em 1845 publicou seus primeiros trabalhos literários. Em 1846 colaborou com o jornal O Povo. Nesse mesmo ano, fugiu com a jovem Patrícia Emília, mas a abandonou, poucos anos depois. No ano seguinte morreu sua esposa legítima e depois a filha do casal. Em 1850, passou por uma crise espiritual e ingressou no seminário do Porto, pretendendo seguir a vida religiosa.

Ainda em 1850, conheceu Ana Plácido, casada com um comerciante. Em 1859, Ana abandonou o marido e foi viver com Camilo. Em 1860 foi processado e preso por crime de adultério, mas foi absolvido no ano seguinte, passando a viver com Ana. O casal foi morar em Lisboa e depois em São Miguel de Seide, sempre com muitos problemas financeiros.

Amor de Perdição (Novela Passional)

Em 1863, Camilo publica "Amor de Perdição", onde se encontram todos os ingredientes da novela passional, caracterizada pelo desequilíbrio sentimental de seus personagens. Vendo-se diante de um amor proibido, os personagens buscam a solução para o seu sofrimento. Em “Amor de Perdição”, o autor revela o escândalo de sua situação de adultério pelo amor de Ana Plácido.

Em "Amor de Perdição", sua obra-prima, os sentimentos se submetem aos preconceitos e se põem em luta com as convenções sociais. Os heróis em conflito enfrentam a fatalidade do destino, conduzindo sua existência ao drama e à Tragédia.

Estilo Literário

As novelas passionais de Camilo Castelo Branco fizeram dele o representante típico do Ultra Romantismo em Portugal. Sua vida atribulada lhe deu inspiração para os temas de suas novelas. Sua produção literária é extensa, com mais de uma centena de obras. Produziu poesia, teatro, historiografia, contos, romances e novelas históricas de aventuras e passionais. Com as novelas passionais tornou-se uma destacada figura literária chegando ao auge de sua carreira de escritor.

Camilo Castelo Branco foi um dos primeiros escritores portugueses a viver exclusivamente do que escrevia. Em 1885 recebeu o título de Visconde concedido pelo rei de Portugal, D. Luís I. Em 1889, quando se tornou uma celebridade nacional como escritor, recebeu uma homenagem da Academia de Lisboa.

 

Doença e Morte

Camilo Castelo Branco viveu cercado de problemas e no fim da vida estava quase cego (em consequência de uma sífilis) e os dois filhos que tivera com Ana Palácios – um tinha problemas mentais e o outro era rebelde – que lhe causava muitos sofrimentos. Não suportando todos os abatimentos, Camilo suicidou-se com um tiro de pistola.

Camilo Castelo Branco morreu em São Miguel de Seide, Vila Nova de Famalicão, no dia 01 de junho de 1890.

Obras de Camilo Castelo Branco

Novelas Passionais

  • Onde Está a Felicidade? (1856)
  • Um Homem de Brios (1856)
  • Vingança (1858)
  • A Morta (1860)
  • Estrelas Funestas (1862)
  • Amor de Perdição (1862)
  • Estrelas Propícias (1863)
  • Amor de Salvação (1864)

Novelas de Aventuras

  • Os Mistérios de Lisboa (1854)
  • Duas Épocas na Vida (1854)
  • Livro Negro do Padre Diniz (1855)
  • O Esqueleto (1865)
  • O Demônio do Ouro (1874)

Novelas Históricas

  • O Santo da Montanha (1866)
  • O Judeu (1866)
  • O Senhor do Paço de Minães (1868)
  • Eusébio Macário (1879)
  • A Corja (1880)

Romances

  • Anátema (1851)
  • A Corja (1880)
  • A Brasileira de Prazins (1882)
  • Vulcões de Lama (1886)

Narrativas Satíricas

  • O Que Fazem as Mulheres (1858)
  • A Queda Dum Anjo (1866)

Poesia

  • Os Pundonores Desagravados (1845)
  • Nostalgias (1888)
  • Nas Trevas (1890)

Historiografia

  • Perfil do Marquês do Pombal (1882)

Memórias

  • Memórias do Cárcere (1862)

Capítulo I

Em 1801, Domingos Botelho exerce funções de corregedor em Viseu. Manuel, o filho mais velho, e Simão estudam em Coimbra segundo ano jurídico e Humanidades, respetivamente), enquanto as meninas preenchem a vida de D. Rita. Manuel escreve ao pai queixando-se do génio sanguinário do irmão este comprava pistolas, convivia com perturbadores, insultava os habitantes e incitava-os a lutarem com ele. Domingos Botelho admira a bravura do filho, mas Manuel insiste nas suas queixas e pede mesmo para seguir outro rumo. Com esse objetivo, vai para Bragança para se tornar cadete. Simão, por sua vez, passa nos exames, sendo perdoado pelo seu comportamento.

 

Aos poucos, D. Rita passa a ter desgosto por ter um filho como Simão. Este tem amigos e companheiros que a família não aprova escolhendo-os na plebe de Viseu, escarnece das genealogias e faz com que as irmãs mais velhas o temam. Também Domingos sente aversão por Simão.

Quando estão a terminar as férias, um dos criados de Domingos Botelho quebra, por acidente, umas vasilhas, enquanto dá de beber a um macho, sendo espancado pelos aguadeiros. Simão, que por ali passa, toma o partido do criado e acaba por partir muitas cabeças.

Capítulo II

O ambiente que encontra na Universidade é propício à exaltação. Contaminado pelo espírito revolucionário, defende um batismo de sangue. Torna-se jacobino e um apologista da ideia regicida.

Devido às suas ideias, é preso, mas consegue sair do cárcere académico por ingerência da família. Perde o ano letivo e vai para Viseu. Aí, a sua personalidade sofre uma mudança considerável, tendo na sua origem o facto de Simão estar apaixonado pela sua vizinha Simão Botelho amava. Ele tem 17 anos; ela, 15. A separar as duas famílias existe um ódio antigo, o qual teve na sua origem questões de justiça o facto de Domingos Botelho ter decidido contra os Albuquerque. Os dois apaixonados fazem planos.

 

Na véspera de Simão partir para Coimbra, Teresa é arrancada da janela. Simão ouve os gemidos da amada e sofre devido à sua impotência. Antes de partir, opção que considera melhor para si e para Teresa, recebe dela um bilhete. Diz-lhe que o pai ameaçara encerrá-la num convento, por causa dele, e pede-lhe que vá para Coimbra.

Simão torna-se estudante exemplar e vai escrevendo a Teresa, que, entretanto, deixa de temer o convento. Manuel Botelho regressa à universidade e estranha o irmão, quieto e alheado. Em fevereiro de 1803, Simão recebe uma carta surpreendente de Teresa.

Capítulo III

Neste capitulo Teresa e Rita, a irmã predileta de Simão, trocam olhares à janela. Vão falando, e Teresa chega a revelar o seu amor por Simão, pedindo-lhe que guarde segredo. A cumplicidade é descoberta, causando a ira de Domingos Botelho.

Tadeu de Albuquerque planeia casar Teresa com o primo, Baltasar Coutinho, crendo que, com a sua brandura, a filha esquecerá Simão. Mas, no diálogo com Baltasar, Teresa recusa a união. Dada a assertividade de Teresa, o primo diz-lhe que fará tudo para a salvar das garras de Simão.

Capítulo IV

A vida de Teresa parece regressar à normalidade (não entrara no convento, não se falava em casamento e Baltasar Coutinho estava ausente), até ao momento em que o pai lhe diz que, nesse dia, ela deve casar com Baltasar. Teresa responde descrevendo aquilo que lhe é pedido como um sacrifício e afirmando que odeia o primo. Tadeu amaldiçoa a filha e diz-lhe que ela morrerá num convento. Ao sobrinho Baltasar, diz que não lhe pode dar a mão de Teresa porque já não tem filha. Teresa acaba por não ser enviada para um convento, segundo o conselho do primo, e escreve uma carta a Simão contando-lhe o sucedido. Simão fica fora de si e planeia matar Baltasar, mas abandona esta ideia ao perceber que essa ação o afastaria de Teresa para Sempre.

O estudante resolve ir a Viseu para ver a filha de Tadeu. Como precisa de um sítio seguro onde ficar, o arrieiro recomenda-lhe a casa de um primo seu, que fica perto de Viseu. Simão envia uma carta a Teresa e combinam um encontro às onze horas, no dia do aniversário desta. À hora combinada, Simão fica surpreendido por ouvir música vinda de uma casa que ele sempre considerara triste e sem vida.

Capítulo V

Teresa é perseguida pelo primo, mas, assustada, regressa ao baile. Baltasar acaba por ser cruzar com Simão, que o interroga em tom ameaçador. Percebendo que Simão está armado com duas pistolas, Baltasar acaba por recuar. Simão só consegue distinguir um vulto.

 

Teresa escreve novamente a Simão e combinam novo encontro para a noite seguinte. Na casa onde o estudante estava alojado vive Mariana, filha do ferrador. Esta contempla demoradamente Simão e diz-lhe que adivinha para ele alguma desgraça por amor duma fidalga de Viseu. O ferreiro João da Cruz conta a Simão a história que o fazia dever um favor ao corregedor Domingos Botelho por causa deste, o ferreiro escapara à forca. O pai de Mariana também conhece Baltasar Coutinho e conta a Simão que o morgado de Castro Daire lhe pedira que matasse um homem a troco de dinheiro: esse homem era Simão Botelho.

 

Capítulo VI

João da Cruz e o cunhado, o arrieiro, executam um plano para ajudar Simão, conseguindo este estar com Teresa e sair sem ser visto. Depois disto, João da Cruz diz-lhe para seguir rapidamente para casa, temendo o ataque dos homens de Baltasar, que estariam escondidos. O ferreiro fica aflito ao perceber que não chegarão ao local a tempo de proteger Simão de uma emboscada. Este acaba por ser ferido com um tiro, e os criados de Baltasar Coutinho morrem às mãos de João da Cruz, que receia deixar testemunhas do sucedido e quer acabar as obras que começara. No fim, perante aquilo que considera crueldade o facto de o ferreiro ter matado um homem que estava ferido e tinha implorado pela sua vida, Simão teve um instante de horror do homicida.

 

Capítulo VII

Simão recebe os curativos do ferrador mas piora dos seus ferimentos. Preocupa-o mais, no entanto, o facto de não ter novidades de Teresa. Esta envia-lhe uma carta em que conta o comportamento estranho do pai e do primo e se mostra muito preocupada por ter ouvido falar na morte dos criados de Baltasar. Simão responde-lhe de modo a tranquilizá-la. Baltasar e Tadeu de Albuquerque que fora conivente no atentado contra a vida de Simãoacabam por não se envolver no assassinato dos criados, uma vez que não havia provas contra o filho do corregedor.

 

Tadeu de Albuquerque toma a decisão de encerrar Teresa num convento do Porto. Assim, até que toda a documentação esteja tratada, Teresa fica num convento de Viseu. Leva consigo tinteiro, papel e o maço das cartas de Simão. As suas últimas palavras, dirigidas às irmãs de Baltasar, revelam orgulho e firmeza. Ao entrar no mosteiro, sente-se livre, porque o seu coração está livre, mas em breve percebe que está errada a respeito da vida monacal e que também ali reina a mentira e a falsidade.

 

Capítulo VIII

João da Cruz conta ao filho do corregedor que Mariana não tem querido casar, apesar dos vários pretendentes. Naquela casa, enquanto o ferreiro fala e a filha costura, com o seu avental de linho, vê Simão um quadro rústico, sublime de naturalidade.

Mariana continua a pressentir para Simão uma desgraça e conta-lhe que teve um sonho em que viu muito sangue e uma pessoa caída numa cova funda. Respondendo ao ceticismo de Simão, diz-lhe que tudo o que sonha acontece. Quando sabe que Teresa foi encerrada num convento, Mariana tem um assomo de alegria, que só um observador perspicaz veria. Na resposta, Simão revolta-se, condena a submissão e promete tirar Teresa do convento.

 

João da Cruz percebe que Simão está sem dinheiro. Mariana pensa numa forma de lho entregar sem que Simão pudesse recusar. Este acaba por perceber que é amado pela filha do ferreiro e sente-se bem com esse facto no amor que nos dão é que nós graduamos o que valemos na nossa consciência, apesar de saber que não poderia retribuir.

 

Capítulo IX

continando ao que havia combinado com a sua filha, João da Cruz, que tinha saído de casa, entrega dinheiro a Simão, dizendo-lhe que tinha sido enviado por D. Rita. Mariana age sem qualquer interesse, sabendo que Simão não lhe pertence. Teresa continua a enviar cartas a Simão e fala-lhe da vida pouco virtuosa do convento.

 

As diligências de Tadeu de Albuquerque chegam ao fim, e Teresa é enviada para o convento de Monchique. Procura avisar Simão, mas a mendiga que lhe levava as cartas é surpreendida. A informação chega a Simão porque a mendiga vai a casa do ferrador e conta o sucedido. Dominado pela raiva, Simão quer dirigir-se ao convento e libertar imediatamente Teresa. Mariana oferece-se para fazer chegar uma carta de Simão a Teresa e sofre em silêncio a sua dor.

 

Capítulo X

Teresa deseja que Simão não faça nada no momento da sua partida para o convento de Monchique, no Porto, porque isso seria muito perigoso. Enquanto regressa a casa, Mariana pensa na beleza de Teresa Simão ouve de Mariana o recado, mas mantém a ideia de ver Teresa antes de esta partir para o Porto.

 

Na carta que escreve, Simão considera Teresa perdida e dá a entender os seus intuitos quando afirma que o rancor sem vingança é um inferno. Quando Simão sai, de noite, escuta as palavras de Mariana e sente que ela é o seu anjo da guarda. Os dois despedem-se como se fosse para sempre.

Simão chega ao convento e aguarda pela madrugada, quando chega a comitiva que levaria Teresa. Nessa comitiva está Baltasar. Teresa reafirma, perante o pai, a intenção de entrar num convento. Troca algumas palavras com Baltasar, evidenciando sentir por ele repugnância. Simão aparece e, depois de ofensas trocadas com Baltasar, este aperta-lhe a garganta, morrendo em seguida com um tiro dado pelo filho de Domingos Botelho.

 

Capítulo XI

Domingos Botelho toma conhecimento da prisão do filho e pede ao juiz de fora que trate Simão como qualquer outro criminoso, afirmando que não protege assassinos por ciúmes e que desconhece aquele homem. A partir das palavras do juiz, fica a saber-se que Simão afirmara ter matado o algoz da mulher que amavae negara tê--lo feito em legítima defesa.

 

Simão é alojado num dos melhores quartos do cárcere, mas nu e desprovido do mínimo conforto. Recebe o almoço que sua mãe enviou e uma carta desta, pela qual fica a saber que o dinheiro que lhe fora dado era, afinal, do ferrador João da Cruz. Simão recusa o almoço, e o criado que lho levara acredita na sua demência.

 

Mariana, em lágrimas, visita Simão na cadeia. Este diz-lhe que não tem família e pede-lhe que lhe compre uma banca, uma cadeira, tinteiro e papel. Simão fica a saber que Teresa fora levada para o Porto depois de ter perdido os sentidos. Mariana diz a Simão que será uma irmã para ele.

 

Capítulo XII

Sabe-se também que o pai de Simão se manteve severamente inflexível e impediu que as cartas de Rita chegassem ao filho. Aos que lhe pediam que intercedesse a favor de Simão, respondia que a forca era para todos. Só decidira agir devido ao pedido desesperado de um membro da família, António da Veiga tio-avô muito velho e venerando, segundo dizia a carta da irmã de Simão. No início de março de 1805, Simão é transferido para as cadeias da Relação do Porto.

 

No dia do julgamento, Simão assume o crime e reage com violência quando é pronunciado o nome de Teresa Clementina de Albuquerque. Depois da sua condenação à forca, Mariana, profundamente transtornada, é levada nos braços do seu pai. Entra depois num delírio, pedindo que a matem. Simão chora depois de perceber o quanto Mariana o ama até ao extremo de morrer. Devido à demência, Mariana deixa de visitar Simão. Este, consciente de todo o sofrimento que causara, não opta pelo suicídio por considerar a forca a morte um triunfo quando se age por honra e por considerar cobardia escolher a morte quando não há esperança.

 

Capítulo XIII

Teresa parte para o Porto com uma criada, Constança, que tivera por ela um raio de piedade e que a informara sobre a prisão de Simão. Pede que a deixem fugir para se despedir de Simão, mas a criada fá-la mudar de ideias. Chega ao convento de Monchique, no Porto, sendo recebida pela sua tia, a abadessa. A esta conta Teresa todos os acontecimentos e, juntas, leem as cartas de Simão. Sem forças para a rebelião, começa a aceitar a morte. Por conselho da tia, deixa de escrever a Simão.

Teresa vai adoecendo, e os médicos julgam-na incurável. Ao saber disto, Tadeu de Albuquerque pensa apenas na sua honra, que quer deixar imaculada. Quando sabe que Simão havia sido condenado à morte, Teresa lamenta apenas o facto de ainda estar vivaEm diálogo com o capelão, Teresa ainda tem forças para argumentar a favor da união das almas esposas no Céu. Quando o seu estado piora, o pai decide tirá-la do convento, para o que também contribui o facto de Simão

ter sido transferido para uma prisão no Porto. Antes de partir, Teresa recebe ainda uma carta do condenado. Nesta, Simão pede-lhe que não morra porque ainda há esperança de uma absolvição ou comutação da sentença e ele amá-la-á em toda a parte, mesmo no degredo. Teresa sente a dor da contradição de estar perto da morte e ter esperança.

Capítulo XIV

Teresa recusa-se a sair do convento e diz que a morte reparará todos os erros da sua vida. Acrescenta que só sairá do convento como cadáver e que a morte será uma glória: A minha glória neste longo martírio seria uma forca levantada ao lado da do assassino. A prelada informa que não tirará Teresa à força, como deseja o pai, deixando-o dominado por uma hedionda raiva.

Tadeu de Albuquerque tenta, então, apelar às autoridades judiciais, sem sucesso. Vários desembargadores parecem inclinados à clemência» a respeito da situação de Simão. Um deles, que fora amigo de D. Rita Preciosa, fala-lhe mesmo da grandeza daquele homem de dezoito anos e critica Tadeu de Albuquerque por não ter permitido que a sua filha amasse tal homem, de genealogia tão ilustre.

 

Capítulo XV

No dia 13 de março de 1805, na cadeia do Porto, Simão tem perto de si as cartas de Teresa, o que escrevera no cárcere de Viseu e o avental de Mariana. Aí escreve as suas reflexões, quando é interrompido por João da Cruz, que lhe diz que Mariana voltou ao seu juízo. Simão pede-lhe que entregue uma carta no convento de Monchique, o que vem a acontecer.

 

Capítulo XVI

Ao visitar Simão na cadeia, é recebido com grande frieza. Simão nega esmolas, dizendo que só as receberia de Mariana, que estava ao seu lado. Nessa tarde, Manuel é visitado pelo desembargador e pelo corregedor do crime. O desembargador informa-o de que Simão será condenado a dez anos de degredo na Índia. Acrescenta que a absolvição é impossível, uma vez que Simão confessa o crime, descrevendo-o como um doido desgraçado com sentimentos nobilíssimos.

 Sobre Teresa, informa que recuperara a saúde. O desembargador e o corregedor partem desconfiados, pensando que Manuel tem consigo uma mulher casada com quem fugira sua concubina e não a irmã. Na carta que escreve a Domingos Botelho, o corregedor relata o encontro.

Domingos Botelho percebe o que sucedera e acaba por interferir. Manda a amante do filho regressar aos Açores e condena o seu filho por ser um desertor. O narrador tece comentários sobre as expectativas dos leitores, referindo o facto de existir, no Frei Luís de Sousa, uma morte por vergonha. Quando obtém o perdão, Manuel Botelho muda de regimento para Lisboa.

 

Capítulo XVII

João da Cruz está em casa com a sua cunhada, Josefa, e sofre com as saudades de Mariana. Decide, então, ir visitá-la ao Porto. No entanto, aparece um cavaleiro encapotado que o mata devido a um crime antigo. O narrador tece considerações sobre as incoerências da índole deste homem em quem os instintos sanguinários coexistiam com a nobreza da alma. Josefa escreve a Mariana para lhe dar a notícia. Mariana sofre, temendo a demência. Simão trata-a como irmã e amiga da sua alma.

 

Capítulo XVIII

Mariana vai a Viseu recolher a herança paterna. Vende as terras e deixa a casa a sua tia, tomando a decisão de seguir Simão. Este não fica surpreendido, mas teme que Mariana desconheça a dura realidade do degredo. A filha de João da Cruz diz nada temer: Verá como eu amanho a vida. Simão diz que há de viver com o peso de se sentir responsável pelo seu destino. Mariana responde-lhe dando a entender que o acompanhará na morte. Simão repete que se sente infeliz por não poder fazer de Mariana sua mulher, mas acaba por aceitar que ela o acompanhe.

 

Mariana passa a sentir um secreto júbilo, que preenche o seu coração. Este, sendo de mulher, tem ciúmes de Teresa, ciúmes que eram infernos surdos. Por vezes, lamenta que Simão sofra por Teresa, mas nunca hesita quando se trata de ajudar na comunicação entre os dois apaixonados.

Domingos Botelho acaba por voltar a interceder pelo filho e consegue que a pena do degredo seja alterada e Simão cumpra a sentença na prisão de Vila Real.

 

Capítulo XIX

Depois de dezanove meses de prisão, Simão sonha com «um raio de sol. Já não tem ânsia de amar. Para ele, os dez anos presos são piores do que o degredo. Teresa tinha-lhe pedido que aceitasse esses dez anos, com a esperança de poderem casar. Se Simão partisse para o degredo, ela perdê-lo-ia. Simão responde dizendo que é preferível a morte: Caminhemos ao encontro da morte. A pátria e a família merecem a sua abominação.

Na resposta, Teresa despede-se, sabendo que o seu fim está próximo: Vejo a aurora da paz. Simão deixa de falar, perturbando ainda mais Mariana, que permanece ao seu lado.

Em março de 1807, Simão recebe uma intimação para partir na primeira embarcação que levantava âncora do Douro para a Índia. Depois desta notícia, Simão começa a ter acessos de loucura. Teme não ver Teresa e morrer longe dela, considerando-a uma mártir.

Capítulo XX

Antes de partir, Simão contempla o convento de Monchique. Nele vê um vulto, o de Teresa. Na véspera, despedira-se e ela enviara uma trança dos seus cabelos. Nesse mesmo dia, à noite, Teresa despede-se de todas as freiras com um beijo. Na manhã seguinte, lê todas as cartas de Simão. São elas hinos à felicidade prevista. Depois, emaça-as com fitas de seda dos raminhos de flores que Simão atirara para o seu quarto. Compara a sua vida às pétalas das flores, quase todas desfeitas, e entrega o maço de cartas à sua criada, Constança. Ora e aceita um caldo para a viagem. Pede depois à criada que a leve ao mirante, de onde vê Simão.

No momento em que Teresa o vê, Simão recebe as cartas que ela lhe fizera chegar. Quando o navio parte, Simão ainda acena ao ver Teresa. Ela é já um cadáver que saiu da sepultura, desaparecendo pouco depois. Também Simão é já um morto: como o cadáver embalsamado. Mais tarde, depois de o navio ficar retido devido ao mau tempo, Simão recebe a notícia dada pelo comandante: Teresa morrera. O comandante comove-se perante a dor de Simão e a atrocidade do quadro e diz-lhe quais foram as últimas palavras de Teresa Simão, adeus até à eternidade

CONCLUSÃO

Eu Teresa cheguei a conclusão de que o amor de Simão botelho e Teresa de Albuquerque, ambos de origem nobre, amam-se desde a adolescência. Mas, como suas famílias são inimigas, o amor enquanto a família está contra, e doce e amargo é isso que consegui notar neste livro de romance, isto faz com que não haja possibilidade deles se casarem, uma vez que o pai forca a Teresa para casar-se com seu primo, Baltazar Coutinho.  E ela recusa-se a obedecer e vai para o convento de que está no porto.


Por outro lado isto é, Simão, após uma discussão com Baltazar, mata-o. entrega-se à justiça, é preso e condenado à forca. Sua pena, porém, é comutada por degredo na índia.
no convento, Teresa, diante de tanta desgraça, definha a cada dia e morre. Simão, a caminho do exílio, em péssimo estado de saúde, quando sabe do destino da amada, também morre.

 

Há ainda outra morte, a de mariana. Apaixonada por Simão, e como jamais teria seu amor, contenta-se em servir de intermediária entre ele e Teresa, entregando as cartas apaixonadas, dando notícias de um e de outro. Quando Simão viaja para cumprir sua sentença, mariana o acompanha apenas para poder estar junto dele e, ao vê-lo morto, atira-se ao mar.

Enquanto Simão ama a Teresa este é amado pela marina que não é amado pelo Simão, este livro mostra claramente que o amor, mal amado é mal amor, uma vez que quem amamos somos proibidos de amar e quem nos não amamos, é quem nos ama. Afinal como devemos amar a amada e não amar quem nos ama. É uma pergunta conclusiva, Simão quer a Teresa e está também e a Marina quer Simão e este não o ama e no final três mortes por causa de amor que não se pode viver.