Por: Delfina Estevão Bambo

Reino protista


O Reino Protista compreende os filos Protozoa (protozoários), e os filos das algas que são: Euglenophyta (euglenas), Chrysophyta (as clássicas algas diatomáceas), Pyrrhophyta (dinoflagelados), Chlorophytas (verdes), Rodophytas (vermelhas) e Phaeophytas (pardas).

Filo das algas


São eucariontes unicelulares, pluricelulares, microscópicas e apresentam formas isoladas e, raramente, coloniais. Possuem pigmentos como clorofilas, xantofilas e carotenos no interior de plastos. São encontradas na água salgada e na doce e a maioria faz parte do fitoplâncton.

Euglenófitas


O nome do grupo das euglenófitas deve-se ao gênero Euglena viridis, seu principal representante, comum na água doce, rico em matéria orgânica.

A Euglena é uma célula alongada, sem parede celular, uninucleada, com dois flagelos (sendo um rudimentar) e numerosos cloroplastos; é capaz de se orientar com relação à luz, graças ao estigma ou mancha ocelar, uma organela fotorreceptora localizada na parte anterior da célula.

Como os protozoários de água doce, a Euglena dispõe de vacúolo contrátil para regulação da quantidade de água na célula.

Crisófitas ou diatomáceas

As crisófitas são algas de cor amarelo-dourada e são representadas principalmente pelas diatomáceas, que fazem parte do fitoplâncton (chrisós = ouro, dourado).

A parede celular das diatomáceas não contém celulose, mas é reforçada por compostos de sílica que a torna rígida, transformando-a em carapaça, a frústula, formada por duas valvulas sobrepostas que se articulam para a entrada e saída de água.

Após sua morte, as crisófitas têm suas carapaças sedimentadas no fundo das águas, formando a “terra de diatomáceas”, industrializada no fabrico de filtros, isolantes térmicos (amianto) e de abrasivos para o polimento de metais. Todas as espécies são autótrofas fotossintetizantes e reproduzem-se por divisão direta binária. Há espécies dulcícolas e espécies marinhas.

Pirrófitas ou dinoflagelados


As pirrofíceas (do grego pyr = fogo) são assim chamadas devido à capacidade de emitir bioluminescência, fenômeno que pode ser percebido à noite, sobre a superfície do mar.

O nome das pirrófitas vem da cor avermelhada que a maioria das algas pertencentes a esse grupo apresenta.

São também conhecidas pelo nome de dinoflagelados. Têm, em geral, dois flagelos que lhes conferem mobilidade dentro da água doce ou do mar. Também fazem parte do

fitoplâncton. Às vezes, ocorre a superpopulação de pirrófitas conhecidas como dinoflagelados numa região do mar. A grande quantidade de catabólitos tóxicos eliminados por esses microrganismos na água acaba intoxicando peixes e outros animais aquáticos ou que deles se alimentam, provocando uma grande mortandade de peixes, tartarugas, gaivotas, etc. O fenômeno é conhecido como maré vermelha. Os principais exemplos de pirrófitas são Peridinium sp. e Ceratium sp.

São também conhecidas por dinoflagelados (2 flagelos).

Clorófitas (chlorophyta)


São algas verdes.

Clorófita, do grego khloros = verde+phyton = planta.

As clorófitas possuem representantes uni e pluricelulares, livres ou coloniais. Pelo fato de terem vários representantes terrestres, acredita-se que as clorófitas tenham dado origem a todas as demais plantas terrestres do reino. Há evidências que ajudam a confirmar esta hipótese, pois as clorófitas e as plantas terrestres têm os mesmos pigmentos fotossintetizantes (clorofilas a e b carotenóides), armazenam alimento na forma de amido e têm paredes celulares de celulose.

Rodófitas (rodophyta)

São algas vermelhas.

Rodófita, do grego rhodon = rosa + phyton = planta.

As rodófitas, de habitat predominantemente marinho, além das clorofilas, contêm pigmentos carotenóides e algumas ficobilinas que lhes conferem a cor vermelha característica.

As rodófitas geralmente crescem presas a rochas em profundidades do mar que variam de 0 a cerca de 200 metros.

Feófitas (phaeophyta)

São as algas pardas.

Feófita, do grego phalos = marrom + phyton = planta.

As feófitas, algas quase exclusivamente marinhas, além das clorofilas e carotenóides, têm em suas células fucoxantina, pigmento pardo que Ihes confere a cor característica. São geralmente muito grandes e muitas delas já apresentam tecidos constituindo órgãos denominados rizóides, estipe e lâminas. Esses órgãos assemelham-se respectivamente a raízes, caule e folhas das plantas superiores. Mas essa semelhança é apenas superficial, pois não existe correspondência entre elas quanto à organização interna. Não há formas unicelulares entre as feófitas.

O gênero Sargassum é muito comum no litoral brasileiro.

São muito conhecidas as algas do gênero Fucus em função de suas propriedades medicinais. Trata-se de uma alga parda, da mesma ordem do Sargassum, mas que não ocorre no Brasil.

Reprodução


Assexuada

– Bipartição (ou cissiparidade): em algas verdes unicelulares zoósporos (com flagelos): algas verdes (maioria) e algumas pardas. Dentre os três filos de algas (clorofíceas, feofíceas e rodofíceas), a cissiparidade ocorre apenas nas formas unicelulares das clorofíceas como no género Chlamydomonas.

– Esporulação - aplanósporos (sem fagelos): algas verdes (raro), pardas e vermelhas.

Sexuada

A reprodução sexuada é feita pela união de gâmetas produzidos em gametângios.

Metagênese (alternância de geração)

Uma geração de indivíduos diplóides (esporófitos) alterna-se com uma geração de indivíduos

haplóides (gametófitos). Os esporófitos produzem esporos, enquanto que os gametófitos produzem gametas.

Importância das algas


As algas aquáticas constituem a base nutritiva de muitos animais. São consideradas como uma grande fonte de proteínas e, por isso, estão sendo desenvolvidas técnicas para o cultivo de certas algas que servem como alimento para o homem. Mais de 70 espécies de algas marinhas, principalmente as vermelhas, são atualmente usadas como alimento. As algas planctônicas (flutuantes) têm grande importância como produtores primários. Enquanto realizam a fotossíntese, aumentam a quantidade de O2 do meio.

Certas algas marinhas vermelhas e pardas produzem grande quantidade de hidrocolóides (substâncias que embebem água), usados comercialmente. Como exemplo, podemos citar a algina, retirada das algas pardas; o ágar e carragenina, retirados das algas vermelhas. Essas substâncias são usadas como estabilizadores em doces e sorvetes.

Os diatomitos ou “terra de diatomáceas” (sedimentação de carapaças de diatomáceas) têm larga aplicação na indústria. São usados como material refratário ao calor, como filtros de líquidos corrosivos.

Podem causar também mortalidade de peixes por redução da quantidade de O2 do meio. O discutido fenômeno da maré vermelha, que tantos danos causa às populações de animais marinhos, principalmente dos peixes, é provocado pela abundância de pirrófitas.

As cores das algas

A diversidade de cores das algas está diretamente relacionada às diferentes proporções de pigmentos que trabalham com a clorofila na absorção das cores correspondentes do espectro solar (luz branca). À medida que a luz branca atravessa a água, seus comprimentos de onda vão sendo absorvidos. As cores com maior comprimento de onda - como o vermelho e o laranja - são as primeiras a serem absorvidas. Dessa forma, em profundidades maiores, penetra apenas a luz azul. Cada grupo de alga absorve uma faixa diferente do espectro da luz branca, o que, além de possibilitar o máximo aproveitamento de luz, em diversas profundidades, minimiza a competição.

Filo protozoa

O que são protozoários?

São seres unicelulares, em sua maioria uninucleados, microscópicos, aclorofilados, heterótrofos e predominantemente aquáticos, no entanto, podem ser encontrados no meio terrestre na forma cística e inclusive no meio orgânico como simbiontes, comensais ou parasitas.

Importância

Este grupo apresenta uma importância médica enorme devido a uma dúzia de doenças que acometem o homem, sendo que algumas delas podem matar como, por exemplo, a malária, a doença de Chagas, a disenteria amebiana e a toxoplasmose.

Os fósseis de amebas radiolárias e foraminíferas servem de indício para a pesquisa de petróleo.

Organização celular


Na estrutura de um protozoário temos:

– Membrana plasmática

– Citoplasma

– Núcleo

– Organelas

Membrana

É uma delgada película de natureza lipoprotéica, também denominada plasmalema, e presente em todos os protozoários, realizando como principais funções:

– A proteção

– A contenção do citoplasma

– A osmose

Citoplasma

É toda a parte intema da célula, exceto o núcleo, de natureza coloidal e que varia de plasmagel a plasmassol. Este mecanismo, nas amebas, é o responsável pela emissão de prolongamentos citoplasmáticos denominados pseudópodos.

Organóides

São estruturas intracelulares que funcionam como se fossem verdadeiros “órgãos”.

Exemplos: mitocôndrias, ribossomos, complexo de Golgi, etc.

Núcleo

Geralmente os protozoários são uninucleados, entretanto, a Giardia e o Paramecium são binucleados; já a Opalina é plurinucleada.

Classificação dos protozoários


A sistemática deste filo está baseada nas organelas de locomoção e nutrição.

    1. Classe Rhizopoda ou Sarcodina – quando apresentam pseudópodos. Exemplo: Amebas.

 

    1. Classe Flagellata ou Mastigophora – quando possuem flagelos. Exemplo: Tripanossomo.

 

    1. Classe Sporozoa - quando não há organela de locomoção. Exemplo: Plasmodium sp.

 

    1. Classe Ciliata - quando possuem cílios durante toda a vida. Exemplo: Paramecium.



Bibiografia


AMARAL, L; MENDES, F, Ciências da natureza matemática e suas tecnologias, São Paulo, S/A.