Foi o actual chefe de Estado, à data da descoberta das dívidas ocultas, que terá indicado que fosse a Crédit Suisse a financiar o projecto da zona de protecção económica exclusiva. Esta revelação foi feita em tribunal pelo antigo Director de Inteligência Económica do Serviço de Informação e Segurança do Estado SISE, acusado de envolvimento no caso das 'dívidas ocultas' que lesaram o Estado moçambicano em 2.2 mil milhões de Dólares.
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Foi em resposta a uma pergunta colocada pela representante do Ministério Público, Ana Sheila Marrengula, ao réu António Carlos do Rosário, acusado de associação para delinquir, peculato e branqueamento de capitais, que o nome do actual Presidente da República, Ministro da Defesa à data da contratação e da descoberta das 'dívidas ocultas' voltou a ser mencionado.
"Quem indicou o Crédit Suisse como o banco a financiar o Projecto de Zona Económica Exclusiva?" questionou a representante do Ministério Público. "Foi o Ministro da Defesa que solicitou o Ministro das Finanças, o então Ministro da Defesa, na altura dos factos", respondeu o réu que, confrontado pelo Ministério Público, garantiu que provas existem.
"Eu peço para pedir ao seu advogado para juntar aos autos, a carta do então Ministro da Defesa, se é que não existem nos autos, ao Ministro das Finanças indicando que foi o Crédit Suisse e que solicita a emissão de garantias", disse António Carlos do Rosário ao referir que pensava "que já houvesse esses documentos [sobre a solicitação de Filipe Nyusi] nos autos, porque se lembra de terem sido entregues ao Ministério Público antes de ser preso".
Durante anteriores audiências, outros co-acusados indicaram no mesmo sentido que, na qualidade de então ministro da Defesa Nacional, Filipe Nyusi conduziu sessões do Comando Operativo das Forças de Defesa e Segurança, bem como aprovou o projeto de proteção da Zona Económica Exclusiva.
O nome de Filipe Nyusi volta assim a ser citado no julgamento do caso das 'dívidas ocultas' pelo décimo nono e ultimo réu arrolado neste que é o maior escândalo de corrupção de que há conhecimento no país. Desde finais de Agosto, 19 arguidos têm estado a responder à justiça nomeadamente sob a acusação de se terem associado em "quadrilha" e de terem lesado financeiramente o país.
No período 2013-2014, recorde-se, o executivo da época contraiu dívidas no valor de mais de 2.2 mil milhões de Dólares junto das filiais britânicas dos bancos de investimentos Crédit Suisse e VTB, em nome das empresas públicas MAM, Proindicus e EMATUM, sem conhecimento da Assembleia da República. https://amp.rfi.fr/pt/mo%C3%A7ambique/20211009-ultimo-r%C3%A9u-do-caso-das-d%C3%ADvidas-ocultas-aponta-o-dedo-a-filipe-nyusi
Foi o actual chefe de Estado, à data da descoberta das dívidas ocultas, que terá indicado que fosse a Crédit Suisse a financiar o projecto da zona de protecção económica exclusiva. Esta revelação foi feita em tribunal pelo antigo Director de Inteligência Económica do Serviço de Informação e Segurança do Estado SISE, acusado de envolvimento no caso das 'dívidas ocultas' que lesaram o Estado moçambicano em 2.2 mil milhões de Dólares.
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Foi em resposta a uma pergunta colocada pela representante do Ministério Público, Ana Sheila Marrengula, ao réu António Carlos do Rosário, acusado de associação para delinquir, peculato e branqueamento de capitais, que o nome do actual Presidente da República, Ministro da Defesa à data da contratação e da descoberta das 'dívidas ocultas' voltou a ser mencionado.
"Quem indicou o Crédit Suisse como o banco a financiar o Projecto de Zona Económica Exclusiva?" questionou a representante do Ministério Público. "Foi o Ministro da Defesa que solicitou o Ministro das Finanças, o então Ministro da Defesa, na altura dos factos", respondeu o réu que, confrontado pelo Ministério Público, garantiu que provas existem.
"Eu peço para pedir ao seu advogado para juntar aos autos, a carta do então Ministro da Defesa, se é que não existem nos autos, ao Ministro das Finanças indicando que foi o Crédit Suisse e que solicita a emissão de garantias", disse António Carlos do Rosário ao referir que pensava "que já houvesse esses documentos [sobre a solicitação de Filipe Nyusi] nos autos, porque se lembra de terem sido entregues ao Ministério Público antes de ser preso".
Durante anteriores audiências, outros co-acusados indicaram no mesmo sentido que, na qualidade de então ministro da Defesa Nacional, Filipe Nyusi conduziu sessões do Comando Operativo das Forças de Defesa e Segurança, bem como aprovou o projeto de proteção da Zona Económica Exclusiva.
O nome de Filipe Nyusi volta assim a ser citado no julgamento do caso das 'dívidas ocultas' pelo décimo nono e ultimo réu arrolado neste que é o maior escândalo de corrupção de que há conhecimento no país. Desde finais de Agosto, 19 arguidos têm estado a responder à justiça nomeadamente sob a acusação de se terem associado em "quadrilha" e de terem lesado financeiramente o país.
No período 2013-2014, recorde-se, o executivo da época contraiu dívidas no valor de mais de 2.2 mil milhões de Dólares junto das filiais britânicas dos bancos de investimentos Crédit Suisse e VTB, em nome das empresas públicas MAM, Proindicus e EMATUM, sem conhecimento da Assembleia da República. https://amp.rfi.fr/pt/mo%C3%A7ambique/20211009-ultimo-r%C3%A9u-do-caso-das-d%C3%ADvidas-ocultas-aponta-o-dedo-a-filipe-nyusi
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