Como obter informações do homem moderno e sua dispersão
Estudar a ocupação do homem moderno nos distintos continentes é um verdadeiro desafio e requer abordagem multidisciplinar para interpretar dados que podem ter mais de 200 mil anos. O pesquisador Mathias Mistretta Pires, do Departamento de Biologia Animal da Unicamp afirma que existem três abordagens mais utilizadas para estudar a colonização na Terra: o estudo dos registros fósseis do Homo sapiens e o estudo dos materiais produzidos por esses indivíduos, ambas na arqueologia; assim como o estudo do material genético das populações atuais, na área da genética.
Os fósseis são importantíssimos, por serem evidências diretas da presença em uma determinada área. Já os materiais produzidos – como ponta de flecha, cerâmica – são evidências indiretas e, por isso, frequentemente não são utilizados como única evidência para comprovar a passagem do homem moderno, ou de qualquer outro hominídeo, por uma região.
Segundo Pires, após um arqueólogo encontrar um fragmento de fóssil ou um pedaço de cerâmica, ele irá estimar a idade do material, através da datação de rochas magmáticas ou carvão na região onde o material foi encontrado. Esse procedimento é feito porque, muitas vezes, o fóssil foi mineralizado e isso impossibilita a datação.
Já a partir do material genético das populações atuais, os cientistas conseguem inferir o movimento de dispersão das populações do passado, pois os eventos reprodutivos que deram origem a uma pessoa ficam, de certa forma, marcados no DNA. “Olhando para as características do material genético, é possível ter uma ideia de quais populações são mais aparentadas com as populações atuais”, afirma Pires. A técnica mais utilizada é o sequenciamento de DNA, sendo possível utilizar genes ou regiões específicas para realizar esse estudo (DNA mitocondrial ou gene Y) ou ainda, mais recentemente, com as novas técnicas, sequenciar o genoma todo de um organismo
Como obter informações do homem moderno e sua dispersão
Estudar a ocupação do homem moderno nos distintos continentes é um verdadeiro desafio e requer abordagem multidisciplinar para interpretar dados que podem ter mais de 200 mil anos. O pesquisador Mathias Mistretta Pires, do Departamento de Biologia Animal da Unicamp afirma que existem três abordagens mais utilizadas para estudar a colonização na Terra: o estudo dos registros fósseis do Homo sapiens e o estudo dos materiais produzidos por esses indivíduos, ambas na arqueologia; assim como o estudo do material genético das populações atuais, na área da genética.
Os fósseis são importantíssimos, por serem evidências diretas da presença em uma determinada área. Já os materiais produzidos – como ponta de flecha, cerâmica – são evidências indiretas e, por isso, frequentemente não são utilizados como única evidência para comprovar a passagem do homem moderno, ou de qualquer outro hominídeo, por uma região.
Segundo Pires, após um arqueólogo encontrar um fragmento de fóssil ou um pedaço de cerâmica, ele irá estimar a idade do material, através da datação de rochas magmáticas ou carvão na região onde o material foi encontrado. Esse procedimento é feito porque, muitas vezes, o fóssil foi mineralizado e isso impossibilita a datação.
Já a partir do material genético das populações atuais, os cientistas conseguem inferir o movimento de dispersão das populações do passado, pois os eventos reprodutivos que deram origem a uma pessoa ficam, de certa forma, marcados no DNA. “Olhando para as características do material genético, é possível ter uma ideia de quais populações são mais aparentadas com as populações atuais”, afirma Pires. A técnica mais utilizada é o sequenciamento de DNA, sendo possível utilizar genes ou regiões específicas para realizar esse estudo (DNA mitocondrial ou gene Y) ou ainda, mais recentemente, com as novas técnicas, sequenciar o genoma todo de um organismo