Entre os povos bárbaros, os germânicos foram os mais significativos para a formação da Europa Feudal.

A organização política dos germânicos era bastante simples. Em época de paz eram governados por uma assembleia de guerreiros, formada pelos homens da tribo em idade adulta. Essa assembleia não tinha poderes legislativos e suas funções se restringiam à interpretação dos costumes. Também decidia as questões de guerra e de paz ou se a tribo deveria migrar para outro local.

Em época de guerra, a tribo era governada por uma instituição denominada comitatus. Era a reunião de guerreiros em torno de um líder militar, ao qual todos deviam total obediência. Esse líder era eleito e tomava o título de Herzog.

Os germânicos viviam de uma agricultura rudimentar, da caça e da pesca. Não tendo conhecimento das técnicas agrícolas, eram seminómades, pois não sabiam reaproveitar o solo esgotado pelas plantações. A propriedade da terra era colectiva e quase todo trabalho era executado pelas mulheres. Os homens, quando não estavam caçando ou lutando, gastavam a maior parte de seu tempo bebendo ou dormindo

A sociedade era patriarcal, o casamento monogâmico e o adultério severamente punido. Em algumas tribos proibia-se até o casamento das viúvas. O direito era consuetudinário, ou seja, baseava-se nos costumes.

A religião era politeísta e adoravam as forças da natureza. Os principais deuses eram: Odim, o protector dos guerreiros; Tor, o deus do trovão; e Freia, a deusa do amor. Acreditavam que somente os guerreiros mortos em combate iriam para o Valhala, uma espécie de paraíso. As Valquírias, mensageiras de Odin, visitavam os campos de batalha, levando os mortos. As pessoas que morriam de velhice ou doentes iriam para o reino de Hell, onde só havia trevas e muito frio.