O ciclo da água é um sistema ininterrupto e fechado (porque não se verificam alterações na quantidade total de água do planeta), em que ocorrem transferências de águas entre os oceanos, a atmosfera e os continentes nos seus três estados físicos (gasoso, liquido e sólido).

A radiação solar é a fonte de energia primordial da terra, que origina e mantem a circulação da água ao longo do ciclo. Assim, graças à radiação solar a água dos oceanos, mares, lagos e rios evapora, passando do estado liquido para o estado gasoso. Cerca de 84% do vapor de água presente na atmosfera deriva das grandes superfícies líquidas do planeta.

Os continentes contribuem com 16% do vapor de água da atmosfera, através da evaporação da água presente no solo e da libertação de água com origem nos processos vitais dos seres vivos (respiração, transpiração). Este processo designa-se evapotranspiração.

Nas regiões cobertas por gelo (nos polos e no topo das montanhas), assiste-se à sublimação, isto é, à passagem da água do estado sólido para o estado gasoso. No entanto, este processo tem pouca expressão no total de vapor de água fornecido pela superfície terrestre.

Os principais factores do ciclo da água são a radiação solar, que promove a evaporação, e a gravidade, que assegura a precipitação e o escoamento. Para além destes, hás ainda a considerar factores secundários como a temperatura, a humidade atmosférica, o vento, a nebulosidade, a natureza da superfície de evaporação e a natureza da área que recebe a precipitação.

O ciclo hidrológico – é, pois, um dos pilares fundamentais do ambiente, assemelhando-se no seu funcionamento, a um sistema de destilação global, que permite a renovação constante da água.

Portanto, em conclusão, o ciclo hidrológico desempenha um papel importante na atmosfera e na regulação do clima, constituindo também a base da existência da erosão sobre a superfície terrestre.