Através dos mapas isotérmicas linhas que unem lugares com a mesma precipitação), é possível observar a distribuição mundial da precipitação. Assim, destaca-se uma faixa de valores de precipitação elevados, próxima do Equador. Também nas regiões temperadas se encontram precipitações elevadas, principalmente nas áreas próximas do litoral. Em contrapartida, as regiões polares apresentam valores muito reduzidos de precipitação, juntamente com as regiões tropicais, particularmente as que se encontram no interior dos continentes.
Podemos concluir que a precipitação apresenta uma distribuição muito irregular no planeta, em virtude de vários factores. Um dos mais importantes é a localização dos centros de pressão atmosférica.
Na região do Equador, ocorre a convergência de ventos com direcções contrárias (baixas pressões equatoriais), que originam chuvas do tipo convergente.
Para além disso, as altas temperaturas, que nesta região se registam durante todo o ano, fazem aumentar a evaporação, resultando chuvas muito abundantes do tipo convectivo.
Nos polos, o frio intenso origina movimentos descentes do ar (altas pressões polares), que não causam subida do ar e posterior arrefecimento. Desta forma, os níveis de precipitação são muito baixos.
Nas regiões temperadas, a precipitação volta aumentar, fruto dos contactos entre massas de ar distintas que promovem a ocorrência de chuvas do tipo frontal.
Finalmente, junto aos trópicos, localizam-se zonas de pressão alta, onde o ar apresenta um movimento descendente, que não potencia a condensação e a consequente precipitação.
O factor proximidade ou afastamento do mar desempenha um papel importante na variação da precipitação. As áreas litorais apresentam valores mais elevados de precipitação do que os do interior, porque recebem a influência dos ventos húmidos provenientes dos oceanos.
As correntes marítimas, ao apresentarem diferentes valores de temperatura, influenciam a ocorrência de precipitação.