Uma rede de transporte é um conjunto interligado de rotas específicas, onde circulam transportes. Estas redes (em estudos matemáticos também conhecidas por grafos) são constituídas por um conjunto finito de nós e arcos. Os nós são geralmente os pontos de maior relevância da rede, sendo as ligações entre os nós feita pelos arcos.

Existem várias redes de transportes, tais como:

  • Rede urbana – rede localizada num meio urbano ou citadino (ex: estrada local);
  • Rede rodoviária – rede de longo percurso (ex: autoestrada);
  • Rede ferroviária – rede de caminho-de-ferro (ex linha de alta velocidade (TGV));
  • Rede aérea – rede de transportes aéreos (não existe delimitação das vias neste caso, pois o espaço aéreo não restringe a circulação dos transportes a um local exacto);
  • Rede Marítimas – rede de transportes marítimos que ocorre nas águas oceânicas (ex: Navios).

Os sistemas e as redes de transportes, enquanto um tipo específico de rede geográfica, ainda que tenham conhecido extraordinário desenvolvimento técnico, ainda hoje não oferecem possibilidades vantajosas de fluidez de forma homogênea entre as diferentes atividades, lugares e gentes, porque em sua maioria são voltadas às ações mais eficientes de uma economia hegemônica que se pretende onipresente e mais tecnicamente eficaz.

Não é por acaso que diferentes redes de transportes “clandestinas” e “não-racionais” (por excelência construções horizontais, que se dão “de baixo para cima”), aparecem onde a sociedade não se encontra de forma minimamente assistida pelas redes e serviços públicos de transporte.

É preciso rever as questões políticas que implicam a constituição das redes de transporte e o seu uso, garantindo a possibilidade de fluidez e de movimento para maior número de agentes, oportunizando usos mais justos do território.

O território dos países pobres exemplifica o uso diferenciado e fragmentado que é feito das redes e dos sistemas de transporte no interior da nação, tal como é o caso do território Moçambicano. Os sistemas de transporte público urbano, especialmente nas grandes cidades Moçambicanas (justo onde a demanda por este serviço é maior), ocorrem, na maioria das vezes, sob péssimas condições. Há escassez sobretudo de redes, sejam as redes de serviços (por exemplo, as linhas urbanas de autocarros que não atendem as demandas por movimento) ou ainda das redes técnicas exigentes de sistemas de engenharia dispendiosos (como é o caso da escassez das linhas de ferro).