A radiação de ondas curtas provenientes do sol, que é absorvida pela superfície do globo, converte-se em energia calorífica. A temperatura média junto a superfície do globo é de cerca de 15º C.
Este valor é, evidentemente, muito inferior ao da temperatura da fotosfera, que é de cerca de 6000oC. Em resultado deste facto, o globo terrestre emite radiação de ondas longas, principalmente entre 4,0µ e 80µ. Esta radiação é conhecida por radiação terrestre.
A absorção da radiação terrestre aquece o vapor de água, o dióxido de carbono e as nuvens da atmosfera. Em resultado desse aquecimento aquelas substâncias emitem, elas próprias, radiação de grande comprimento de onda. Parte desta energia é devolvida à superfície do globo que, recebe tanto a radiação de pequeno comprimento de onda, como a radiação de grande comprimento de onda proveniente da atmosfera.
Quando o céu não esta encoberto, parte da radiação terrestre escapa-se da ”janela da atmosfera”. Parte da radiação de grande comprimento de onda é absorvida pelo vapor de água, pelo dióxido de carbono e pelas nuvens e também transmitida para o espaço exterior.
Durante a noite cessa a recepção de radiação solar, mas os outros processos continuam. Há, portanto, uma perda de energia para o espaço durante a noite, em constante com o nítido ganho que se verifica durante o dia.
Referências bibliográficas
ANTAS, L. M.; Glossário de Termos Técnicos: Colecção Aeroespacial-Tomo I; Editora Traço; São Paulo, Brasil, 1979.
HIDROMETEO, Izdatel, Climatologia. Lenigradsky Universitete, 1989